logotipo operacional.pt

JANEIRO DE 2019, PÁRA-QUEDISTAS NOVAMENTE EM COMBATE NA RCA

Por • 16 Jan , 2019 • Categoria: ., 04 . PORTUGAL EM GUERRA - SÉCULO XXI, 11. IMPRENSA, EM DESTAQUE Print Print

A 4.ª Força Nacional Destacada (Conjunta) que está actualmente na República Centro Africana, composta maioritariamente por militares do 2.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, esteve nestes primeiros dias de Janeiro de 2019, envolvida em violentos combates na região de Bambari, a cerca de 400 de Bangui, capital da República Centro Africana. Veja aqui na íntegra a entrevista sobre este assunto concedida à SIC Notícias pelo CEMGFA, Almirante Silva Ribeiro, e as imagens recolhidas pelo 2.ºBIPara no teatro de operações.

O Almirante Silva Ribeiro explicou detalhes das operações na entrevista à SIC Noticias e não se cansou de elogiar os militares da 4.ª FND e em especial os Pára-quedistas, terminando mesmo a sua intervenção com o lema da “Casa Mãe” das Tropas Pára-quedistas Portuguesas: “Que Nunca Por Vencidos Se Conheçam”.

Não sendo a primeira vez que esta força do 2.º BIPara actua em Bambari – aliás contingentes anteriores também ali foram empenhados – os combates destes dias foram dos mais violentos que os portugueses enfrentaram na RCA até hoje, estendendo-se até Bokolobo, “reduto” de Ali Darassa chefe do grupo armado “União para a Paz” que provocou os confrontos.

Segundo o EMGA em 10JAN2019 «…Os capacetes azuis portugueses estiveram 5 horas em combate direto com elementos do grupo armado ex-Seleka UPC (União para a paz na República Centro-Africana), com o objetivo de proteger civis e restabelecer a paz, entrepondo-se entre o grupo opositor e a população civil indefesa. Os militares portugueses encontram-se todos em segurança. 

A ofensiva por parte deste grupo armado foi levada a cabo com recurso a armamento pesado, numa desmonstração de capacidade de controlo do comércio local, colocando civis no fogo cruzado durante o confronto com as Forças Armadas centro-africanas (FACA). As organizações governamentais têm tentado a todo o custo impedir a presença de combatentes no centro da cidade, que disputam recursos e a cobrança ilegal de impostos à população. A entrada do grupo armado em Bambari provocou a debandada precipitada da população para fora da cidade, ameaçando a estabilidade, a segurança e a liberdade de circulação…»

Curiosamente Ali Darassa foi entrevistado em 2017 pelo jornalista português da TVI, Rui Araújo, exactamente em Bokolobo, base agora destruída pelos Páras. Já nessa altura era possível ver que os “guerrilheiros” estavam fortemente armados e apresentavam organização e meios.

Em 2017 a TVI esteve em Bokolobo e entrevistou o chefe do grupo armado que atacou os portugueses.

Sobre a actuação em Bambari e depois em Bokolobo, a 60 km de Bambari, onde se situava o “quartel-general” do grupo armado liderado por Ali Darassa que conseguiu fugir, não evitando contudo a destruição da sua base, remetemos para a entrevista ao CEMGFA, Almirante Silva Ribeiro, feita na SIC  Notícias em 13JAN2019 que pode ser aqui vista na integra, bem assim como imagens dos combates, recolhidas no teatro de operações pelos militares do 2.ºBIPara e divulgadas pelo Estado-Maior General das Forças Armadas:

Para ver a entrevista do Almirante Silva Ribeiro à SIC Noticias, clique: QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM.

As Pandur II 8×8 tiveram nesta operação o seu “baptismo de fogo” a nível mundial! Esperamos voltar a este assunto.

Baptismo de fogo para as PANDUR II 8×8

Esta operação sobre a qual a seu tempo certamente se saberão mais detalhes, fica também marcada pelo emprego das Pandur 8X8 II em combate, o que acontece pela primeira vez. As Pandur portuguesas já actuaram quer no Kosovo quer na Lituânia, mas em Bambari foi realmente o seu “baptismo de fogo”. Esperamos em breve voltar a este assunto.

A acção dos Páras portugueses e o emprego das Pandur foi amplamente noticiado em sites e blogs dedicados à temática da Defesa e Forças Armadas quer em França tradicionalmente mais atenta a esta região de África quer mesmo em países anglo-saxónicos. A este facto não será estranho a divulgação de imagens video e fotografias dos combates, sem as quais certamente o assunto teria pouca visibilidade nestes meios internacionais e mesmo em Portugal. 

 

Estes pára-quedistas de hoje mostraram mais uma vez à evidência que o recrutamento, formação e treino das tropas paraquedistas, continua a produzir combatentes capazes de enfrentar as mais difíceis condições operacionais, mesmo com limitações em termos de equipamento, armamento e outras. O peso da história certamente motiva, mas foi no terreno enfrentando o inimigo que estes boinas verdes voltaram a mostrar que em Tancos formam-se militares completos, capazes de se empenharem e vencerem as mais difíceis tarefas que o país lhes determine.

 

Sobre a RCA pode ler no Operacional

Sobre a actividade das tropas portuguesas na RCA, clique e leia também no Operacional:
EXÉRCITO ENVIA BLINDADOS PANDUR PARA A RCA
NOVOS LANÇA GRANADAS AUTOMÁTICOS CHEGAM AO EXÉRCITO
REPÚBLICA CENTRO AFRICANA: APOIO “DE RETAGUARDA” AOS PÁRAS
PORTUGAL NA RCA, DE VITÓRIA EM VITÓRIA ATÉ…
NA REPUBLICA CENTRO AFRICANA OS PORTUGUESES NÃO PARAM
COMANDANTE DA FND PORTUGUESA NA RCA FALA AO OPERACIONAL
FORÇA PORTUGUESA NA REPÚBLICA CENTRO AFRICANA
PÁRAS PRONTOS PARA A REPÚBLICA CENTRO AFRICANA
DEFESA NACIONAL E FORÇAS ARMADAS, O PIOR E O MELHOR DE 2017
MILITARES PORTUGUESES EM ÁFRICA AO SERVIÇO DA ONU E UE
PRIMEIRO-MINISTRO VISITA MILITARES PORTUGUESES NA REPÚBLICA CENTRO AFRICANA
BRIGADEIRO-GENERAL PORTUGUÊS COMANDA EUTM-REPÚBLICA CENTRO AFRICANA
MISSÃO NA RCA – REPÚBLICA CENTRO AFRICANA
MISSÕES EXTERIORES PARA AS FORÇAS ARMADAS EM 2017

OS PÁRAS EM COMBATE NA RCA, A OPERAÇÃO “SUKULA”

COMUNICAÇÃO SOCIAL DE SERVIÇO PÚBLICO E MILITARES EM OPERAÇÕES

"Tagged" como: , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Comentários não disponíveis.