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AINDA SOBRE O “BARRACUDA” EM CACILHAS

Por • 7 Jul , 2019 • Categoria: 14.TURISMO MILITAR Print Print

O processo de musealização do antigo NRP “Barracuda” tem sido longo e penoso mas se quisermos ser optimistas sempre podemos dizer que vai andando! Esta semana estivemos em Cacilhas e fomos ver o “ponto da situação”. A última vez tinha sido há 5 anos e alguma coisa melhorou. Como aqui escrevíamos em 2014, tenhamos esperança!

O antigo Navio da República Portuguesa Barracuda, em Cacilhas desde 2013, está agora pintado e assente numa estrutura metálica definitiva.

As últimas notícias vindas a público sobre este processo datam de Novembro de 2017 e davam conta das operações de elevação do submarino dentro da doca e a sua colocação numa posição definitiva.  Recorda-se que o “Barracuda” encontra-se desde 2013 na Doca 1 da ex-H. Parry & Son, em Cacilhas, ao lado da fragata “D. Fernando II e Glória” e a poucos metros do Cais da Transtejo e dos terminais do Metro Transportes do Sul e dos autocarros Transportes Sul do Tejo.

Após a conclusão desta complexa intervenção, preparada nos últimos meses, pela Câmara Municipal de Almada e Marinha Portuguesa, o Barracuda ficará apoiado num «berço definitivo», composto por uma estrutura metálica, que está a ser montada por fases, e que eleva o submarino mais de três metros, a contar do fundo da doca.

(…)

Esta operação de elevação visa tornar o submarino Barracuda mais visível e, ao mesmo tempo, facilitar o seu acesso, a partir do exterior, tendo em conta a criação do futuro núcleo museológico do Museu de Marinha em Cacilhas, fruto de um protocolo, assinado a 19 de dezembro de 2011, entre o Município de Almada e a Marinha Portuguesa.” (in rostos.pt 15NOV2017)

 

Leia aqui o artigo e veja as fotos que publicamos quando o Barracuda terminou o serviço na Marinha Portuguesa: “BARRACUDA” TERMINOU SERVIÇO ACTIVO

Em 2014

«…Quase que encostado à “D. Fernando II e Glória”, não havendo soluções em espaço “mais turístico” por exemplo em Lisboa, os antigos navios de guerra estão apesar de tudo num local relativamente acessível por transporte fluvial e autocarros e junto a um parque de estacionamento automóvel. Este último é ao mesmo tempo uma desvantagem incómoda, uma vez que os navios ficariam bem melhor com uma envolvente diferente. Claro que só ali se desloca quem queira mesmo ver os navios, não é local de passagem de turistas nem está junto a outros pólos turísticos que potenciem o número de visitantes. Por esse mundo fora há variadíssimos casos de navios aproveitados para fins museológicos e, regra geral, estão bem mais acessíveis, mas…ainda assim, foi uma solução bem melhor do que deixar estes antigos meios navais da Marinha Portuguesa a apodrecer. Acredita-se que a Câmara de Almada e a Marinha fazem o que podem para divulgar este seu “pólo” museológico, que mostra a quem o visita interessantes fragmentos da nossa história…»

Leia aqui o artigo e veja as fotos que publicamos em 2914: O “BARRACUDA” EM CACILHAS

 

 

E em 2019?

Nisto que escrevemos há 5 anos talvez haja uma mudança para melhor e essa é a relativa à afluência de turistas. Não sabemos se isso se reflecte por exemplo na fragata “D. Fernando II e Glória”, mas na verdade o fluxo de visitantes a Cacilhas tem aumentado. Sendo certo que procuram sobretudo a restauração e a zona da Rua do Ginjal, é possível que ainda assim o “Barracuda” quando estiver aberto ao público possa disputar alguns desses visitantes. Isso também irá naturalmente depender da infra-estrutura de apoio museológico que seja criada e claro da divulgação. Por vezes neste tipo de museus, até um simples bar/esplanada com uma boa vista para o Tejo pode fazer a diferença!

Actualmente o submarino está com bom aspecto exterior – está pintado – mas a sua visualização é dificultada pelas redes de protecção e pela impossibilidade de se chegar junto ao submarino/doca. Imagino que seja por questões relativas à segurança das pessoas, mas ao mesmo tempo é pena que num processo tão longo – já vai em 8 anos! – não se adeqúe a vedação a uma melhor visualização do exterior do “Barracuda”. Enquanto não se pode entrar pelo menos que o exterior se possa ver e fotografar em condições. Hoje em dia como é sabido a fotografia é omnipresente nas mãos de todos, as redes sociais potenciam a actividade turística – quantos não procuram um determinado local porque viram uma bela foto no Facebook ou no Instagram? – e não só tivemos que andar a fazer habilidades para fotografar o “Barracuda” sem a rede como vimos outros fazer o mesmo.

 Todos os prazos sucessivamente anunciados foram ultrapassados mas vamos continuar a aguardar e esperar que um dia se possa entrar no “Barracuda” e partilhar um pouco aquilo que foi a experiência dos marinheiros portugueses que durante 42 anos nele navegaram em defesa dos interesses nacionais. Tenhamos esperança! 

 

 

Leia no Operacional sobre Submarinos:

OS SUBMARINOS DA MARINHA PORTUGUESA – 4.ª EDIÇÃO

A HISTÓRIA DO U-534

“BARRACUDA” TERMINOU SERVIÇO ACTIVO

O “BARRACUDA” EM CACILHAS

VISITA AO SUBMARINO “ESPADON”

AN AUSTRALIAN BEAUTY

Leia no Operacional sobre musealização de navios de guerra:

O MONITOR HMS M.33 EM PORTSMOUTH

VISITA AO HMS BELFAST

O “BUFFEL”

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