No mesmo ano em que Angola conhecia momentos de terror, centenas de jovens portugueses foram voluntários para as Tropas Para-quedistas. Sabiam qual o seu destino e queriam estar na linha da frente. Muitos voltaram a Tancos agora, 50 anos depois.

A Brigada de Reacção Rápida e a Escola de Tropas Pára-quedistas associaram-se à iniciativa da União Portuguesa de Pára-quedistas

Promovida pela União Portuguesa de Pára-quedistas (UPP) em parceria com a Escola de Tropas Pára-quedistas, decorreu em 27 de Outubro de 2011, no lugar que lhe é próprio – Tancos, Casa-Mãe dos Militares Pára-quedistas Portugueses – o encontro dos pára-quedistas que terminaram o curso de para-quedismo militar em 1961.

50 anos depois da imposição do seu brevêt militar de pára-quedista, os então alunos dos 11º, 12º, 13º, 14º e 15º Cursos de Pára-quedismo e 1º Curso de Enfermeiras Pára-quedistas, juntaram-se para recordar tempos idos.
A presença de antigos comandantes e instrutores, familiares e amigos, entre os quais se realça a primeira senhora a saltar em pára-quedas na Península Ibérica – D. Isabel Rilvas – conferiu um muito agradável ambiente revivalista que as cerca de 400 pessoas puderam disfrutar.

No ano de 1961 foram brevetados 786 cidadãos e 6 cidadãs enfermeiras. Da pesquisa efectuada na procura de contactos, concluiu-se que já terão falecido cerca de uma centena, alguns dos quais durante os conflitos em África, resultando o conhecimento final de contacto de 286. Destes, 95 não puderam vir ou não foi recebida resposta, tendo sido devolvidas 10 cartas por ” desconhecidos no endereço”. Dos residentes na Austrália, África do Sul, Canadá e Brasil vieram alguns; outros pediram o envio dos testemunhos do cinquentenário do seu brevêt.

No decurso do programa do encontro foram lembrados os “Boinas Verdes” de 1961 caídos na defesa do Ultramar, aliás os primeiros mortos em combate que as Tropas Pára-quedistas sofreram:
– Brevêt 277 – Sol. Pq. Joaquim Afonso Domingues
– Brevêt 476 – Sol. Pq. Joaquim Raimundo Ricardo
– Brevêt 485 – Alf. Pq. Manuel Jorge Mota da Costa
– Brevêt 522 – Sol. Pq. Manuel Sequeira de Campos
– Brevêt 781 – Sol. Pq. António Manuel da Costa
– Brevêt 824 – PCb. Pq. Claudino Almeida Cunha

Se muitos destes "boinas verdes" se encontram regularmente nos tradicionais "almoços das companhias do Ultramar" ou no "23 de Maio", para alguns foi um reencontro com décadas de intervalo!

Este tipo de cerimónia, “50 anos de brevet militar”, está a assumir um carácter de regularidade e a UPP pretende que, ano após ano, tal evento se repita, sempre com o apoio da Escola de Tropas Pára-quedistas da Brigada de Reacção Rápida, entidades também elas interessadas em manter este singular elo de ligação entre os para-quedistas de ontem e os de hoje.
Cada um dos homenageados recebeu um certificado e medalha comemorativos dos 50 anos da sua condição de Pára-quedista.
No momento da desconcentração, restou a alegria dos que se reencontraram passados dezenas de anos e a enorme vontade de novo reencontro por alturas do centenário dos cursos! Esta é uma geração de gente muito resistente!

Tancos, 2011. Há 50 anos, do então Regimento de Caçadores Pára-quedistas, partiram para Angola as primeiras tropas portuguesas idas da Metrópole em reforço do Ultramar. Entre eles, muitos destes "boinas verdes".

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DIA DOS PÁRA-QUEDISTAS E DA ESCOLA DE TROPAS PÁRA-QUEDISTAS

1968 – 2008 “MONUMENTO AOS MORTOS EM COMBATE”: SÍMBOLO, MEMÓRIAS E SENTIMENTO

23 DE MAIO DE 2010: REENCONTRO EM TANCOS

OS 54 ANOS DA ESCOLA DE TROPAS PÁRA-QUEDISTAS (ETP)

ESCOLA DE TROPAS PÁRA-QUEDISTAS ASSINALA 53º ANIVERSÁRIO

«23 DE MAIO»: DIA DA ESCOLA DE TROPAS PÁRA-QUEDISTAS

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XIX CONGRESSO DA UNIÃO EUROPEIA DE PÁRA-QUEDISTAS