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SEGUREX 2011

Por • 20 Mar , 2011 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE Print Print

Visitamos em 18 de Março de 2011 na Feira Internacional de Lisboa o Salão Internacional de Protecção e Segurança. Sendo o único evento deste género que se realiza em Portugal, de dois em dois anos, quem se interessa por esta área de actividade tem aqui uma amostra do que se vai fazendo entre nós e mesmo algumas novidades em termos tecnológicos.

A Feira Internacional de Lisboa acolheu mais um SEGUREX. A sua organização irá em Outubro deste ano irá cooperar com a EXPOSEGURA em Luanda e em 2013 voltará a Lisboa.

A Feira Internacional de Lisboa acolheu mais um SEGUREX. A sua organização irá em Outubro deste ano irá cooperar com a EXPOSEGURA em Luanda e em 2013 voltará a Lisboa.

O SEGUREX, segundo os seus promotores, abrange os “sectores da Segurança de Pessoas e Bens, Segurança no Trabalho, Protecção e Combate a Incêndios, Socorro e Salvamento, Segurança na Circulação e nos Transportes, Informática e Comunicações“. Ocupou dois pavilhões da FIL (3 e 4) e áreas de exposição exteriores para demonstrações. Diz ainda a organização que “Empresa, Entidades Públicas e Organismos Oficiais fazem do SEGUREX um Evento de interesse para a Sociedade em geral“. Houve muito para ver e ainda um extenso programa de seminários, encontros, apresentações técnicas, muito na área das soluções tecnológicas que por cá se vão desenvolvendo (e importando), sobretudo para emprego nas áreas acima referidas, a maioria para uso civil.

Ou seja, para nós aqui no Operacional o evento – que aconselhamos sempre a visitar – não deixa contudo de ter um interesse relativamente limitado, uma vez que o seu forte não são claramente os aspectos ligados às Forças Armadas e à Defesa Nacional, e mesmo as Forças de Segurança já investiram mais neste tipo de actividades, tendo em vista despertar o tal “interesse da sociedade em geral”. É certamente discutível, sobretudo quando o dinheiro é escasso, se é remunerador investir recursos numa actividade que não é prioritariamente destinada a promover a área da Defesa e Segurança, esta última entendida na sua vertente militar e policial.

Nesta foto-reportagem fique claro que apenas se pretende dar uma ideia das áreas de actividade que nos interessam e não apresentar uma visão global da feira nem fazer qualquer balanço da mesma. Não é essa a nossa preocupação, queremos sim transmitir o que quisemos ver e de algum modo avaliar isso mesmo e só.

Certamente sinal dos tempos de crise, mas algumas opções tomadas na área institucional são no mínimo discutíveis. Uma foi aquela de ocupar um enorme espaço de exposição com uns painéis alusivos à Empresa de Meios Aéreos, sem qualquer equipamento em presença e, quase ao lado, a Guarda Nacional Republicana – aparentemente quem mais equipamentos expõe no certame – visivelmente “empacotada” num canto. Outra a ausência do Exército que, ao contrário da edição anterior não participou, e – desconhecendo nós os motivos embora talvez já os tenhamos referido acima – não deixa de ser uma lacuna enorme pelo potencial de equipamentos que poderiam ser vistos, alguns dos quais até recentes e utilizados em operações.
Ainda assim o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Defesa Nacional ocupam espaço de muito relevo no conjunto dos expositores, proporcionado aos visitantes um contacto com materiais e equipamentos que de outro modo não são facilmente vistos pelo público em geral.
Uma nota final apenas, antes de dar lugar às fotografias: o facto da “viatura de transporte de pessoal com protecção balística da Unidade Especial de Policia” da Streit – que ficou conhecida do grande público por “blindado da PSP” fruto de um incrível processo politico-mediático – ser uma das estrelas do certame atraindo uma curiosidade enorme dos visitantes profissionais.

A área do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR apresentava materiais da valência Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (USARBREC)...

A área do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR apresentava materiais da valência Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (USAR/BREC)...

...e também da Matérias Perigosas (HAZMAT/MT), na qual o pessoal está habilitado e equipado para trabalar em ambiente NRBQ (Nuclear, Radiológico, Biológico e Quimico).

...e também da Matérias Perigosas (HAZMAT/MT), na qual o pessoal está habilitado e equipado para trabalhar em ambiente NRBQ (Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico).

Uma das 8 viaturas da GNR que num futuro que se espera próximo começem a vigiar sistematicamente a costa portuguesa.  Estão equipadas com radares de origem espanhola (Indra) e complementam 20 estações fixas que deverão cobrir toda a costa do continente.

Uma das 8 viaturas que num futuro que se espera próximo estejam operacionais. Estão equipadas com radares de origem espanhola (Indra) e complementam 20 estações fixas que deverão cobrir toda a costa do continente no âmbito do "Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da Costa Portuguesa (SIVICCC).

O Cabo-Chefe Safara Borregoda Unidade de Controlo Costeiro da GNR já operou o anterior sistema LAOS e irá agora trabalhar com os novos equipamentos. Portugal investiu 25,5 milhões de euros neste projecto que deveria estar operacional em Agosto de 2011, cobrindo, 24 horas sobre 24 horas a linha de costa até uma distãncia de 24 milhas nauticas.

O Cabo-Chefe Safara Borrego da Unidade de Controlo Costeiro da GNR já operou o anterior sistema LAOS e irá agora trabalhar com os novos equipamentos. Portugal investiu 25,5 milhões de euros neste projecto que deveria estar operacional em Agosto de 2011, cobrindo 24 horas sobre 24 horas a linha de costa até uma distância de 24 milhas náuticas.

As operações especiais da GNR já dispõem de espingardas sniper "anti-material". Na foto a AW 50, calibre .50.

As operações especiais da GNR já dispõem de espingardas sniper "anti-material". Na foto a AW 50, calibre .50.

A investigação criminal que em tempos esteve apenas a cargo da PJ e agora também a PSP (e a GNR) efectuam levou a PSP a dotar-se de equipamento e formação adaptada a essas missões.

A investigação criminal esteve em tempos apenas a cargo da PJ, mas agora também a PSP (e a GNR) as realizam estando a PSP dotada de equipamento e formação adaptada a estas tarefas.

As viaturas e equipamentos que que fiscalizam o trânsito não faltaram. No tripé o radar "Multanova" MUVR-6FD.

As viaturas e equipamentos que que fiscalizam o trânsito não faltaram. No tripé o radar "Multanova" MUVR-6FD.

Uma das carreiras de tiro móveis da PSP que tem como missão primária permitir o treino de tiro ao pessoal da PSP independentemente da zona do país onde prestem serviço.

Uma das carreiras de tiro móveis da PSP que tem como missão primária permitir o treino de tiro ao pessoal da PSP independentemente da zona do país onde prestem serviço.

Uma das principais atracções do evento, uma das viaturas de transporte de pessoal com protecção balistica da Unidade Especial de Policia, da "Streit". Pode transportar 11 pessoas (incluindo o condutor), tem um motor de 6.300 cm3, 350 Cv de potência e 7.500 kg de peso.

Uma das principais atracções do evento, uma das viaturas de transporte de pessoal com protecção balística da Unidade Especial de Policia, da "Streit". Pode transportar 11 pessoas (incluindo o condutor), tem um motor de 6.300 cm3, 350 Cv de potência e 7.500 kg de peso.

Pedro Simões da Força Especial de Bombeiros Canarinhos (FEB), "força especial de protecção civil dotada de estrutura e comando próprio, integrada no dispositivo operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil". Dispõem de 3 Companhias.

Pedro Simões da Força Especial de Bombeiros Canarinhos (FEB), "força especial de protecção civil dotada de estrutura e comando próprio, integrada no dispositivo operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil".

Interior de um dos veículos da Protecção Civil que constituem um "Centro Táctico de Comando" (CETAC). Este centro quando actua completo dispõe de 7 veículos, 9 tendas e tem capacidade para trabalhar com 90 pessoas. Joaquim Santos que nos apresentou o CETAC lembra que pode ser usado para ocasiões em que estajam envolvidos muitos meios (grandes catástrofes por exemplo).

Interior de um dos veículos da Protecção Civil que constituem um "Centro Táctico de Comando" (CETAC). Este centro quando actua completo dispõe de 7 veículos, 9 tendas e tem capacidade para trabalhar com 90 pessoas. Joaquim Santos que nos apresentou o CETAC lembra que pode ser usado para ocasiões em que estejam envolvidos muitos meios (grandes catástrofes por exemplo).

A Protecção Civil tambem já tem Recuperadores Salvadores próprios para operar nos seus meios aéreos. Ao fundo a viatura do "CETAC" que estava exposta.

A Protecção Civil também já tem Recuperadores Salvadores próprios para operar nos seus meios aéreos. Ao fundo a viatura do "CETAC" que estava exposta.

Viatura e equipamentos para resgate em montanha da protecção civil.

Viatura e equipamentos para resgate em montanha da protecção civil. Até pode ser que todos não sejam muitos para as necessidades, mas é impossível não notar uma certa "duplicação" ou pelo menos "paralelismo", entre a Protecção Civil e o GIPS da GNR.

A Empresa de Meios Aéreos...

A Empresa de Meios Aéreos este ano limitou-se a expor estes painéis e a passar uns filmes da operação com helicópteros.

O Corpo de Fuzileiros marcou presença no espaço da Marinha com alguns dos seus meios habituais.

O Corpo de Fuzileiros marcou presença no espaço da Marinha com alguns dos seus meios habituais o mesmo acontecendo com a Policia Marítima que apresentou veículos e uniformes/equipamento, algum bem recente.

Em primeiro plano um equipamento de mergulho em circuito fechado que na Marinha é usado quer pelo Destacamento de Acções Especiais quer pelos Destacamentos de Mergulhadores Sapadores (na foto). Estes também procedem à inactivação de engenhos explosivos em terra (ver "fato EOD" em segundo plano).

Em primeiro plano um equipamento de mergulho em circuito fechado que na Marinha é usado quer pelo Destacamento de Acções Especiais quer pelos Destacamentos de Mergulhadores Sapadores (na foto). Estes também procedem à inactivação de engenhos explosivos em terra (ver "fato EOD" em segundo plano).

O Serviço de Combate à Poluição do Mar por Hidrocarboretos, expôs Recuperador Aqua-Guard" RBS 10D-3, adaptado a um "velho" mas fiável Unimog Mercedes.

O Serviço de Combate à Poluição do Mar por Hidrocarbonetos da Autoridade Marítima, expôs Recuperador "Aqua-Guard" RBS 10D-3, adaptado a um "velho" mas fiável Unimog Mercedes (série 404).

Um dos HMMWV 1165A1/B3 da Força Aérea que serviu no Afeganistão equipado com toda a sua parafernália de equipamento, sobretudo comunicações, muito do qual de última geração.

Um dos HMMWV 1165A1/B3 da Força Aérea que serviu no Afeganistão equipado com toda a sua parafernália de equipamento, sobretudo comunicações, muito do qual de última geração.

O facto dos militares que explicam aos visitantes o que estão a ver, como era o caso do Segundo Sargento Miguel Pereira, que serviu no Afeganistão e no Índico,

O facto dos militares presentes serem pessoas com experiência operacional, como era o caso do Segundo Sargento Miguel Pereira, que serviu no Afeganistão e no Índico, constitui um "valor acrescentado" para os visitantes.

A EMPORDEF que reune uma dúzia de empresas participadas pelo Estado, apresentou um espaço relativamente discreto.

A EMPORDEF, Empresa Portuguesa de Defesa (SGPS), S.A. que reúne uma dúzia de empresas participadas pelo Estado, nas áreas da Aeronáutica, Comunicações, Espaço, Naval, Munições e Explosivos e Simulação e treino, apresentou um espaço relativamente discreto.

A HK esteve presente mas através da firma portuguesa "Cacicambra", ou seja, apresentou produtos civis.

A HK esteve presente mas através da firma portuguesa "Cacicambra", ou seja, apresentou produtos civis.

O mercado mundial dos UAV está fortissimo mas em Portugal as Forças Armadas continuam a não dispor de qualquer deste tipo de equipamento em uso operacional. Vontade não falta!

O mercado mundial dos UAV está fortíssimo mas em Portugal as Forças Armadas continuam a não dispor de qualquer deste tipo de equipamento em uso operacional. Vontade não falta!

Esta firma que representa vários equipamentos militares "de ponta", optou por apresentar em Lisboa um clássico, o Jeep CJ 6.

Esta firma que representa vários equipamentos militares "de ponta" em várias áreas, optou por apresentar em Lisboa um clássico, o Jeep CJ 6.

A "Milicia" uma das poucas firmas fornecedoras das Forças Armadas que esteve no SEGUREX, apresentou o uniforme camuflado "Multicam" que previsivelmente irá equipar alguns dos militares portugueses que servem no exterior.

A "Milícia" uma das poucas firmas fornecedoras das Forças Armadas que esteve no SEGUREX, apresentou o uniforme camuflado "Multicam" que previsivelmente irá equipar alguns dos militares portugueses que servem no exterior.

Muita gente não sabe, mas uma das "estrelas" do desfile do Dia da GNR de 2010 (este veículo para instrução de condução em todo o terreno) foi lieralmente construído manualmente pelo Sargento-Mor GNR Eduardo Bexiga (na foto à civil, com o Cabo Adolfo Clérigo). Na situação de Reserva mas mantendo o seu espirito de missão, pegou numa Mitsubishi Stakar L-200 acidentada e inutilizada e...nasceu esta peça que continua ao serviço.

Muita gente não sabe, mas uma das "estrelas" do desfile do Dia da GNR de 2010 (este veículo para instrução de condução em todo-o-terreno) foi literalmente construído manualmente pelo Sargento-Mor GNR Eduardo Bexiga (na foto à civil, com o Cabo Adolfo Clérigo). Na situação de Reserva mas mantendo o seu espírito de missão, pegou numa Mitsubishi Stakar L-200 acidentada "nos fogos e em mais umas peças daqui e dali" e...nasceu esta peça que assim voltou ao serviço do GIPS.

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