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FUNCHAL, UM ROTEIRO MILITAR A VISITAR!

Por • 27 Nov , 2019 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE Print Print

Depois de quase uma centena de metros nas entranhas do Pico da Cruz que domina o Funchal, descendo por uma escadaria apertada, saímos para o ar-livre e…uma vista espectacular sobre o Oceano Atlântico, as Ilhas Desertas e o anfiteatro natural onde se desenvolve a cidade. Esta vista é um dos trunfos do “turismo militar” que o Exército está a dinamizar no Funchal, através do Roteiro do Turismo Militar.

A antiga Bataria Independente de Defesa da Costa n.º 2 instalada em 1940, no Pico da Cruz, Ilha da Madeira, manteve-se operacional durante a Guerra Fria e só foi desactivada em 1996. Sempre sob controlo militar – ao contrário de muitas outras no Continente – o que a salvou, é hoje um Núcleo Museológico aberto ao público. Autêntica pérola do Património Histórico Militar português do século XX – ao nível do melhor que há no estrangeiro e não há melhor em Portugal – integra o Roteiro do Turismo Militar da Madeira do Exército Português, em desenvolvimento.

Bataria do Pico da Cruz

Além das escolas da Região Autónoma da Madeira esta fortificação do século XX tem outro público específico, maioritariamente anglo-saxónico mas que está a crescer em todo o mundo: os que gostam de história militar. Esta antiga Bataria de Artilharia de Costa aqui instalada em 1940 durante a 2.ª Guerra Mundial para defender o porto e possíveis locais de desembarque inimigo, manteve-se durante a Guerra Fria e esteve operacional até 1996. Está num estado de conservação excepcional.

Durante a 1.ª Guerra Mundial o Funchal foi por duas vezes atacado por submarinos alemães, em 1916 e 1917, os quais causaram avultados danos materiais na cidade, afundaram navios na baía e provocaram nestas últimas acções dezenas de mortos entre os tripulantes e mesmo quase uma dezena de portugueses que numa barcaça abasteciam de carvão a canhoeira “La Surprise”. A reacção portuguesa veio de batarias instaladas no Fortes de São Tiago e da Vigia, mas sem qualquer efeito,  as nossas peças tinham alcances inferiores às dos submarinos que bombardearam o Funchal.

Com o início da 2.ª Guerra Mundial em 1939, e logo das operações alemãs no Atlântico, o governo de Portugal decidiu tomar precauções e Salazar mandou elaborar os estudos que conduziram ao Plano de Defesa da Ilha da Madeira que contemplava entre outros aspectos a instalação de unidades de artilharia de defesa da costa e antiaérea.

Esta bataria trata-se de “…uma obra fortificada da Artilharia de Costa, incluindo três plataformas das peças e respectivos paiolins, com galerias de comunicação e órgãos de comando e serviços… …teve a sua construção iniciada em 5 de Julho de 1940, num local escolhido pelo seu perfeito domínio sobre os dois melhores locais de desembarque existentes na Ilha da Madeira: a Baía do Funchal e a extensa Praia Formosa… …139 dias após o inicio da fortificação, em 21 de Novembro de 1940, foi entregue à denominada Bataria Independente de Defesa da Costa n.º 2…”. Aqui foi feito fogo real pela primeira vez logo nesse mês de Novembro de 1940 e embora mantendo-se operacional até 1996, os últimos exercícios de fogos reais com munições calibre 15cm foram algures na década de 70, passando-se depois a realizar tiro com os redutores de calibre 40mm (os quais aliás estão hoje expostos na bataria), sobretudo para evitar causar danos nas construções que cada vez mais iam surgindo no litoral da ilha.

Recebeu três peças Krupp de fabrico alemão, modelo 1898 calibre 15cm, e tem várias galerias subterrâneas com o necessário para ali se viver e combater.

A Bataria tem galerias subterrâneas quer na área das peças quer nos postos de observação/observatório. A guarnição de mais de 100 militares podia ali viver e combater. O edifício do Comando Operacional da Madeira foi ali construído nos finais dos anos 80 do século XX. Mais à direita fica o Regimento de Guarnição n.º 3 que mantém o Núcleo Museológico da Bataria.

Nestas duas imagens é bem evidente a localização escolhida para a sua instalação.

Uma das muitas visitas escolares estava em curso durante a nossa reportagem. Além das explicações dos militares e da informação escrita disponível, assistem a um vídeo de uma sessão de fogo real algures nos anos 80 (?).

A generalidade dos sectores da Bataria está identificado com legendas ou mesmo quadros explicativos como este em que se mostram imagem da época em que funcionavam junto aos memos locais. Atrás de cada peça havia – enterrados – dois destes paiolins, um para as munições (este) e outro para os invólucros/cargas. O envio das munições para a guarnição no exterior era através daquele orifício na parede com as “calhas de transporte” (na imagem uma com um projéctil amarelo.

Impressiona não só a dimensão de alguns assessórios, como a sua quantidade, e estado de conservação.

Ao longo dos anos a unidade foi guardando mesmo os primeiros assessórios que entretanto foram substituídos/modernizados e assim hoje a panóplia destes artigos é enorme. As munições de 15 cm não eram das maiores – no Continente havia as 23,4 cm – mas ainda assim não são pequenas.

Todo o espaço nas galerias era aproveitado, nomeadamente para colocar os beliches da”guarnição”.

Parte dessas camas são agora expositores onde se estão a colocar os muitos elementos museológicos disponíveis. Em breve estarão protegidos por acrílico.

As galerias até têm espaço muito razoável, permitem andar bem em pé, agora o acesso às peças é mesmo exíguo e requer cuidados.

Ao contrário do que aconteceu em muitas batarias no Continente que depois de serem desactivadas foram mesmo abandonadas pelo Exército, esta estava junto ao Regimento de Guarnição n.º 3 – criado em 1993, herdeiro entre outras unidades das sucessivas: Bataria Independente de Defesa da Costa n.º 2; Bataria de Artilharia de Guarnição N.º 2; Grupo de Artilharia de Guarnição N.º 2 – e ao edifício do Comando Operacional da Madeira, em 1990.

O Regimento de Guarnição n.º 3 do Exército preservou as armas e mais do que isso, são inúmeros os assessórios desde aparelhos de pontaria a munições (inertes), passando por mapas, camas, telefones, ferramentas e as próprias instalações subterrâneas, e ainda os observatórios, mais acima, também subterrâneos, junto ao Pico, estes em estado de preparação para poderem ser visitados mais atrasados, mas também em óptimo estado de conservação.

Acresce a estas instalações – que já são visitadas – um agradável espaço junto à entrada principal da Bataria onde há por exemplo uma peça antiaérea rodada, calibre 40mm, 39.55T1 (de origem francesa), designada entre nós por M/42 60, está previsto a instalação de um bar e esplanada de apoio ao este espaço museológico.

11 Aqui está a Krupp 15cm modelo 1898. Atrás da arma, ao centro a pequena porta da escadaria de acesso, e depois de cada um dos lados, as protecções dos orifícios por onde se recebiam os projécteis e os invólucros/cargas.

Ao contrário de muitas outras armas noutras baterias em Portugal – mesmo as que estão cuidadas como a da Bataria da Lage ou do Forte do Alto do Duque  – estas não foram (e muito bem!) desmilitarizadas, logo têm todos os seus componentes .

Depois da visita às galerias subterrâneas um passeio pelo exterior para tomar contactos com as enormes peças. Só tubo pesa 5 toneladas e em 1940 o transporte para este local e a sua instalação em tempo recorde – numa construção feita à força de braços – foi uma obra notável.

Estes intercomunicadores do PO para as peças já foram dos últimos melhoramentos introduzidos no sistema de comunicações interno.

Mesmo junto ao Pico, os Observatórios/Postos de Observação fortificados.

Nas galerias interiores dos PO – as camas recolhidas – os equipamentos que permitam transmitir os dados de tiro às armas depois de efectuadas as observações e cálculos.

Cá fora percebe-se bem porque foi este local escolhido!

Junto a esta AA 40mm – que já na entrada da Bataria – será instalado um bar de apoio e esplanada. A vista merece bem!

Bataria do Pico de São Martinho

Um quilómetro a Norte, no Pico de São Martinho, outra bataria agora de Artilharia Anti-Aérea Fixa foi instalada em 1942 também para defesa do Funchal. A vista espectacular e as quatro peças britânicas Vickers calibre 9,4 cm M/40 MK II, estiveram operacionais até 1969, agora também elas têm nova missão a cumprir!

O material Vickers 9,4cm fixo, foi aqui colocado em 1942 e esteve operacional até 1969. Agora está a ser “pronto para revista”, tem nova missão a cumprir!

Esta Bataria está no interior da Unidade de Apoio da Zona Militar da Madeira que veio ocupar este local quando o Grupo de Artilharia de Guarnição Nº 2 foi extinto em 1993. Mais uma vez, o facto da Bataria estar no interior de uma unidade que nunca foi abandonada acabou por garantir a sua preservação. Está em adiantado estado de preparação para receber visitas tendo já as peças sido recuperadas e algumas até já pintadas (inicio de Novembro de 2019).

Não vamos aqui desenvolver a história destas unidades mas não deixamos de assinalar que uma outra bataria antiaérea fixa foi instalada “do outro lado” do Funchal, em Palheiro Ferreiro. O pessoal inicial de ambas as batarias fazia parte de forças expedicionárias enviadas do Grupo de Artilharia Contra Aeronaves N.º 1 de Cascais.

Segundo alguns autores o material 9,4cm, não só pelas suas características mas também pela localização das batarias podia fazer fogo contra alvos de superfície reforçando a artilharia de costa. O material mais ligeiro e móvel, isto é, as 4cm (como a que vimos no Pico da Cruz) e as metralhadoras pesadas quádruplas de 20mm e 12,7mm (que o RG 3 mantém em depósito para fins museológicos), estava destinado a bater alvos a muito baixa e baixa altitude, e imagino que deverão também vir a ser expostos. As armas de Palheiro Ferreiro viriam a ser desmontadas em 1994.

Além das armas estas batarias incluíam um conjunto de equipamentos, pelo menos parte importante deles (ou todos, não sabemos!) ainda estão em depósito: preditor mecânico; radar, geradores, projectores de iluminação, parabolóides de escuta, altímetros, binoculares, e outros.

A Bataria de Artilharia Antiaérea no Pico de São Martinho e a sua localização relativa no Funchal e ao Pico da Cruz e RG 3.

Os trabalhos estão a correr em bom ritmo, não faltará muito para esta bataria estar pronta a ser visitada.

Da esquerda o Coronel Paulo Vaz, comandante da Zona Militar da Madeira em regime de suplência, Major-General Carlos Perestrelo antigo Comandante da ZMM, Tenente-Coronel Afonso Rodrigues, comandante da Unidade de Apoio da ZMM e um funcionário da firma que está a reparar as armas.

Mais uma vez aqui a localização/vista sobre o Funchal, as Desertas e o Oceano, antes um “factor táctico” a levar em linha de conta, agora é um trunfo turístico.

Dois ou três dias depois de deixarmos o Funchal uma das 9,4cm já estava assim: impecável!

Roteiro do Turismo Militar da Madeira

Estas duas autênticas pérolas do património histórico-militar português do século XX e também da história da 2.ª Guerra Mundial estão incluídas no Roteiro do Turismo Militar da Madeira que está em marcha e que tem uma peça fundamental no pequeno mas bem organizado Museu Militar da Madeira e deverá ainda incluir o Paiol Geral do Funchal, invulgar construção militar cedido à Liga dos Combatentes. Já lá iremos.

Aqui chegados convém lembrar que a oferta turística da Madeira já inclui o Percurso Histórico-Militar do Centro do Funchal da Câmara Municipal do Funchal, em pleno funcionamento. Tem 17 paragens sobretudo edifícios, muitas fortificações que foram militares ao longo dos séculos e inclui o Museu Militar da Madeira (do Exército) na Fortaleza de São Lourenço, onde também se encontra o Comando da Zona Militar da Madeira.

Percurso Histórico-Militar: Miradouro de Santa Catarina; Fortaleza do Ilhéu; Forte de São José da Pontinha; Fortaleza de São João do Pico; Muralhas da Rua Major Reis Gomes; As baterias de Santa Catarina, São Lázaro e Fontes; A Fortaleza e Palácio de São Lourenço; Baluarte Joanino e fontes de João Dinis; Baluartes de Mateus Fernandes; Baluarte do Castanheiro; Baluarte do Governador; Reduto da Alfândega; Portão dos Varadouros; Fortaleza de São Filipe do Largo do Pelourinho; Muralhas da Ribeira de João Gomes; Muralha do Morro da Pena; Forte novo de São Pedro; A Muralha do Corpo Santo; Fortaleza de São Tiago; O molhe de cais de São Tiago; largo de Santa Maria Maior ou do Socorro.

O Paiol Geral do Funchal está neste momento recuperado e tem boas condições para integrar o Roteiro. Está desde 2008 entregue à Liga dos Combatentes que dele cuida e lhe dá uso. Na imagem, à direita, o tenente-coronel Bernardino Laureano, presidente do Núcleo do Funchal, um dos maiores do país em número de associados, que aqui inclui alguns estrangeiros.

Paiol Geral do Funchal

Trata-se de um invulgar edifício, circular, actualmente está em muito bom estado de conservação, foi cedido à Liga dos Combatentes, que utiliza também na sua área várias construções recentes (gabinetes de trabalho, biblioteca, capela, bar, miradouro) mas mantém o edifício principal como espaço polivalente. “…A história deste prédio militar remonta ao princípio do seculo XIX fruto da necessidade de se encontrar uma solução para retirar da fortaleza do Pico toda a pólvora que lá se encontrava armazenada e que constituía perigo para a cidade do Funchal… …concluídas as obras em 1825, conforme ficou inscrito na porta exterior do edifício, sob as armas reais (das poucas que nos edifícios militares escaparam à purga republicana de 1910), acabou por perder utilidade já no século XX com a evolução dos sistemas de armas que obrigou à construção de outros paióis. Passou então a ser utilizado como arquivo da Zona Militar da Madeira…”

A arquitectura do Paiol é digna de registo, o local também, e o seu interior pode bem albergar elementos de interesse museológico. As actividades normais do Núcleo da Liga decorrem em modernas instalações muito bem “anexadas” ao edifício.

Pelas suas características e localização, mesmo que nos pareça o edifício original necessite de alguma definição sobre a sua ocupação, é certamente uma mais-valia se for integrado no Roteiro Histórico Militar.

Museu Militar da Madeira

Nascido nos anos 90 do século XX o museu passou por várias vicissitudes, esteve fechado uns anos, e actualmente podemos caracterizá-lo do seguinte modo. Tem três áreas principais dedicadas, à Madeira no Contexto da Expansão Portuguesa, à História Militar da Madeira e às Fortificações e infraestruturas militares da Região. Do seu acervo podemos destacar: “…uma colecção que diz respeito a peças e morteiros de artilharia, em bronze, de várias origens e épocas, do qual merece lugar de destaque um morteiro em Bronze de grandes dimensões de fundição portuguesa de 1704; outra colecção de armamento ligeiro, composta por várias espingardas e mosquetes de pederneira de finais do século XVII e princípios do século XVIII… … o conjunto arquitectónico da antiga Casa da Guarda, com tectos em abóboda e as magníficas portas originais em madeira de Til, espécie pertencente à Laurissilva da Madeira…”

Factos histórico-militares do século XX na Madeira ou nos quais os militares madeirenses tiveram participação relevante estão aqui lembrados com peças seleccionadas, sobretudo armas, e painéis com fotografias e texto: 1.ª e 2.ª Guerras Mundiais; Revolta da Madeira em 1931; Invasão do Estado do Estado Português da Índia; Guerra do Ultramar; Missões de Paz.

O Museu Militar do Funchal, na Fortaleza de São Lourenço está aberto ao público e dispõe de áudio-guias em 4 línguas o que julgamos ser inédito no panorama nacional dos museus militares.

Os três principais espaços do Museu foram muito bem adaptados á finalidade e, mais recentemente está a expandir-se para a zona da Cisterna e da cave da Torre Joanina.

Uma única nota menos boa neste museu militar do Exército, a abordagem escrita no painel alusivo à Guerra do Ultramar – com o título “os ventos da história…” – não nos pareceu correcta, carece de algum distanciamento, tem linguagem próxima da usada pelos que nos combateram. Foi uma guerra como tantas outras, não se percebe esta politização. De relevar o facto de mais de 15.000 madeirenses terem combatido em Angola, Moçambique e Guiné.

Trata-se de um pequeno mas bem organizado museu, está aberto ao público com horário e mostra-nos os factos marcantes dos últimos 600 anos de actividade militar na Madeira. Além dos áudio-guias em 4 línguas (português, inglês, francês e alemão) que julgo mais nenhum militar em Portugal tem, dispõe agora de uma sala de “efeitos digitais” (e outros…surpresa!), onde assistimos a filme em 3D no qual em 7 minutos seis séculos de presença militar são apresentadas num registo quase épico, emocionante mesmo, não fugindo aos desaires que também os houve. 

Ainda no Palácio de São Lourenço, integrado no Museu mas no Baluarte Joanino foi possível já este ano abrir novas salas ao público, “…permitindo a exposição da evolução da Bandeira Nacional e, desta forma, dar início ao trabalho com o Serviço Educativo do Museu Militar… …expostos alguns quadros que mostram o sistema defensivo do Funchal no princípio do século XIX.”

O Coronel Luís Guerra Neri Director do Museu Militar da Madeira numa acção do Serviço Educativo

Fora dos olhares do público mas representando muito trabalho que certamente a seu tempo trará efeitos positivos no conhecimento da História Militar, também visitamos os Arquivos da Zona Militar da Madeira.

Guarda ao Palácio, Pelotão do RG 3 e Banda Militar da Madeira participam na Cerimónia de Arriar da Bandeira Nacional do passado Domingo, 3 de Novembro de 2019.

Uma nota final para um acto com as maiores tradições na Madeira, aos primeiros domingos de cada mês, e feriados, muitos madeirenses e turistas assistem ao hastear e ao arriar da Bandeira Nacional com a Banda Militar da Madeira no Palácio de São Lourenço. Em 2018, Alberto João Jardim, antigo Presidente do Governo Regional resumia assim a sua importância:

O Quartel-General da Madeira, na Fortaleza de São Lourenço, para além da História acumulada entre as suas paredes e de concretizar a estampa urbana do Funchal, consagra uma pedagogia de Pátria ao longo de sucessivas gerações.

Desde miúdos, com as cerimónias ao domingo junto do seu mastro principal, logo nos fomos apercebendo do Valor e significado da Bandeira e do Hino Nacional, mesmo antes da iniciação escolar.

Bem como, relacionado, intuíamos o significado e a necessidade da Instituição Militar.

Ainda pela mão dos nossos pais, ao primeiro toque de clarim aprendíamos o porquê e o quando do ficar em sentido. Enquanto os carros paravam e as pessoas porventura sentadas, se levantavam. Em tempos de usar chapéu, as cabeças descobriam-se em respeito…

 

Sobre o Exército na Madeira, leia:

UM DIA NO REGIMENTO DE GUARNIÇÃO N.º 3 – FUNCHAL

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