Aquilo que parecia uma verdade adquirida – o uso do calibre 5,56mm – veio a ser posta em causa sobretudo com a experiência do Afeganistão – mostrando que o calibre 7,62mm não morreu. Como em muitas coisas na vida deve-se ter cuidado com as verdades absolutas. Nada melhor do falar com quem sabe e tentar ir além das generalidades e ideias feitas.
Poucas coisas reúnem tanto consenso na opinião publicada em Portugal como esta afirmação que serve de título. Para muitos é uma verdade absoluta e o mal dos males. Logo, para os políticos no governo, uns cortes no seu número são uma oportunidade como poucas de ficar bem na fotografia.
Serão as Forças Armadas Portuguesas tão caras como nos querem fazer crer? Quem é militar, quem vive o dia-a-dia nos quartéis em território nacional ou nas operações exteriores onde convive com militares de outros países, tem dificuldade em acreditar.
Aguiar Branco terá dito que poderíamos, Portugal e Espanha, “edificar capacidades militares”, justificando que “não podemos ter a ilusão de que, sozinhos, vamos ter força para poder ser atores de segurança, já não secundários mas irrelevantes, como é exigível em termos de defesa nacional”. Olhando para as Forças Armadas e o complexo militar-industrial de Espanha, parece-me que este Pooling & Sharing Ibérico, não sendo impossível, não se afigura nada fácil…para Portugal.
Vem este texto a propósito de um documento intitulado «Defesa Nacional – Uma análise integrada – Fevereiro de 2012», que circula pela internet e que terá sido elaborado por uma “Fundação Oliveira Martins”.
Aqui no Operacional este Agosto de 2012 manteve a tradição, tivemos menos visitas. Percebe-se porquê. Desde logo porque publicamos menos artigos, mas também talvez os nossos leitores estejam mais longe dos seus computadores. Boa altura para fazer um balanço parcial do ano de 2012.
A edição Setembro 2012 desta revista mensal com “quartel-general” em Londres, é dedicada à “coisa militar” numa perspectiva global. Tem de tudo um pouco, mesmo o mais inesperado. Esta abordagem à temática é uma lufada de ar fresco, merece ser lida!
João José Brandão Ferreira, tenente-coronel piloto-aviador na situação de reforma, volta a escrever no “Operacional”, lembrando a quem quer persistir no erro, todo o mal que já foi feito e que sem dúvida envergonhou – ou devia! – a Instituição Militar e muitos militares e políticos.
As fortificações da cidade de Elvas foram recentemente classificadas como Património da Humanidade pela UNESCO. O Museu Militar de Elvas (MME) é parte integrante deste magnífico exemplo de arquitectura militar que durante séculos esteve na primeira linha de defesa do território continental português.
O Coronel José Mansilha recorda aqui aspectos muito pouco conhecidos do pára-quedismo nacional como, entre outros, o facto de ter sido em Angola que se captou no nosso país a primeira imagem ar-ar, de um pára-quedista em queda-livre, ele próprio, sendo fotógrafo o então capitão Bragança Moutinho.
