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UM ANO DE VIDA NA BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA

A Brigada de Reacção Rápida pela sua juventude como unidade constituída e pela singularidade da sua composição será, estamos certos, das forças menos conhecidas no panorama militar nacional. Paradoxalmente, com algumas das unidades que a compõem passa-se o contrário: Pára-quedistas, Operações Especiais e Comandos, quem não os conhece? Agora a unidade como um todo e as restantes forças que a integram, aqui estão, pela primeira vez em livro.

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Na altura em que a Brigada de Reacção Rápida (BrigRR) se aproxima do seu 6.º aniversário apresentamos aqui um livro que explica bem o que é esta grande unidade do Exército, uma das suas 3 brigadas. Publicado no final do mandato do anterior comandante – Major-General Raúl Cunha [1], que assina a “nota de abertura” – a obra, teve por objectivo declarado «...sintetizar um vasto conjunto de actividades desenvolvidas pela BrigRR ao longo de pouco mais de um ano, pretende-se mais do que simplesmente divulgar aquilo que foi realizado pelo Exército Português no seio desta Brigada, dar a conhecer o elevado espírito de missão daqueles que nela prestam serviço e a sua total disponibilidade e empenho em servir o Exército e Portugal…».
O índice da obra mostra bem o seu conteúdo, mas não podemos deixar de destacar a parte respeitante às diversas Forças Nacionais Destacadas que a BrigRR enviou para o Kosovo e Afeganistão, os exercícios em Portugal e no estrangeiro, e as acções de cooperação bilateral com diversos países amigos incluindo PALOP’s. Muito detalhado também e talvez matéria pouco conhecida, a respeitante à preparação das forças para as NATO Response Forces (artilharia e operações especiais). É interessante constatar, porque parece-nos que não há muito essa ideia na opinião pública, o número enorme de realizações anuais que a brigada executa, aos quais naturalmente se juntam os períodos de preparação para as missões nas FND e as próprias missões exteriores, além das atribuições às NRF ou à Força de Reacção Imediata das Forças Armadas Portuguesas. Também aqui uma certeza, já constatada noutras unidades e ramos das Forças Armadas: todos os dias acontecem actividades que mereciam ser divulgadas!
De realçar também os capítulos relativos aos apoios prestados à sociedade civil nomeadamente no respeitante aos incêndios e à actividade aeroterrestre, bem elucidativo, entre outros, no respeitante à certificação do C-295M, no processo do Centro de Excelência Aeroterreste e do projecto NH-90 no Exército Português com dados pouco conhecidos.
Uma última palavra para a Formação (20% de toda a formação do Exército é ministrada na BrigRR) onde nos é mostrado o panorama respeitante a esta área na Escola de Tropas Aerotransportadas, Centro de Tropas de Operações Especiais e Centro de Tropas Comando.

A Brigada de Reacção Rápida à data da sua constituição foi considerada por muitos atípica quer na sua constituição quer nas missões que pode levar a cabo como brigada. As principais unidades que a compõem perderam grande parte da autonomia de que dispunham e “tiveram que se juntar”. Na realidade conhecendo a história das forças que a compõem algumas dificuldades eram fáceis de prever e a sua articulação mesmo do ponto de vista operacional e táctico não seria tarefa de somenos. A realidade é que a brigada funciona desde Maio de 2005 e os seus militares têm cumprido com os maiores elogios e condecorações as missões atribuídas, algumas em cenários de guerra.

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O livro, elaborado por uma reduzida equipa de trabalho (ver ficha técnica), tem formato 30X22,5 cm, 168 páginas, centenas de fotografias muitas do nosso colaborador Alfredo Serrano Rosa, mapas e quadros, design atraente, boa qualidade gráfica e, sinal dos tempos de orçamentos reduzidos, foi patrocinado por firmas civis (Mundo Português; Salão Internacional do Vinho, Pesco e Agro-Alimentar; Mundiventos). Entidades autárquicas e outras também apoiaram a iniciativa (Câmaras Municipais de Vila Nova da Barquinha, Entroncamento, Leiria, Lamego, Tomar; e as empresas, Rioquimica e A. Faria da Silva).

Dentro de dias, a 29 de Setembro de 2011, a BrigRR assinala em Tancos, já com o seu novo comandante em plenas funções – Major-General Campos Serafino [3] – o 6.º aniversário da sua criação no âmbito da chamada “Transformação do Exército”. Sendo certo que nos tempos em que vivemos cada vez é mais longínqua a probabilidade de uma unidade de escalão brigada ser empregue no estrangeiro, seja ela ligeira, pesada ou de reacção rápida (mesmo unidades de escalão companhia parecem ter os dias contados, qualquer dia só empenhamos assessores!), não há dúvida que as capacidades desenvolvidas na BrigRR – habituada como poucas ao trabalho conjunto – continuam a ser parte importante das nossas reais necessidades e daquelas em que há probabilidade de emprego.

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