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SERVIÇOS DE (POUCAS) INFORMAÇÕES

Por • 15 Out , 2011 • Categoria: 02. OPINIÃO Print Print

Francisco d’Almeida aborda hoje um assunto que, inacreditavelmente, continua nas páginas dos jornais. Não se compreende na verdade se estamos perante um amadorismo atroz ou algo mais grave? Seja como for os prejuízos para o país mesmo que não visíveis são reais. Aqui está a fundamentada opinião de Francisco d’Almeida sobre “casos” nos Serviços de Informações da República.

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SERVIÇOS DE (POUCAS) INFORMAÇÕES

Quem será o inteligente que tem feito propostas tão pouco inteligentes para solucionar os assuntos que dizem respeito à comunidade de informações?
É que não podiam apresentar um candidato menos qualificado para a função de fiscalizador dos Serviços de Informações da República Portuguesa (SI’s) do que aquele apresentado esta semana na Assembleia da República (AR) e chumbado pelos deputados.
E esta realidade deveu-se também ao facto de este senhor procurador não ter feito o trabalho de casa e ter aceitado o putativo cargo no Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP) sem conhecer absolutamente nada do âmbito dos SI’s.
Direi mesmo: é um completo desconhecedor da actividade destas. Assim, como poderia querer ser um fiscalizador da mesma e dos SI’s?

O processo das “secretas” continua a ser muito mal gerido pelas entidades responsáveis pela direcção estratégica dos mesmos mas também pela sua direcção política. Onde incluo a iminência parda que “controla” este processo e que se julga sabedor de tudo o que respeita a esta matéria.

Até neste processo, e apesar de todas as criticas feitas ao controlo efectivo das maçonarias sobre os SI’s, é visível o avental dos (mal) frequentadores das lojas a manobrar na colocação de alguém “certo” nos lugares vagos.
O simples facto de ter sido considerada a proposta daquele ex-director de um dos SI’s, que se demitiu nas circunstâncias (aparentes) por demais conhecidas, para futuro Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa – depois de bem informados sobre o seu perfil que era por demais conhecido – demonstra a “competência” desses cardeais para tratar destes assuntos.

Assim não vamos lá. Este pessoal das “lojas” conseguiu destruir o trabalho de toda a comunidade de informações.

Fontes? Agora nem vê-las, porque não estão para ser incriminadas quando julgavam que a sua actividade estava legitimada pelo interesse nacional.
Afinal, parece que o produto do seu trabalho era aproveitado no interesse pessoal de gente mal formada mas muito “bem considerada” e aventalada.

Agora assoem-se a esse guardanapo e o melhor a fazer é… não fazer nada.

Aliás é o que acontece de momento. Produção de informações? Zero.

Uma chamada de atenção: ponha-se gente comprometida com o actual sistema de informações a endireitar e a reescrever a actividade dos SI’s e irão ver mais do mesmo.
Continuem a aconselhar-se com os criadores do actual sistema e com os causadores de toda esta confusão e irão ver mais umas centenas de funcionários desmotivados a pesar no orçamento da Nação e sem nada contribuir para a segurança e objectivos nacionais.

Esperava mais e melhor, confesso, dos actuais responsáveis políticos. Mas já não espero agora, porque perdi essa esperança.
Agora, a todos aqueles esforçados técnicos que se sentem enganados por quem os devia respeitar, apenas posso dizer: Lamento a vossa má sorte.

Francisco d’Almeida, 14OUT2011

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AFINAL QUEM NOS ESCUTA?

O que os SI’s dizem deles próprios:

Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa;

Sistema de Informações da República Portuguesa;

Serviço de Informações de Segurança;

Centro de Informações e Segurança Militar.





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