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O 14 DE INFANTARIA

Estamos perante um livro a vários títulos interessante. Desde logo porque um Regimento de Infantaria meteu mãos à obra e o publicou. Não há na realidade, no Exército, muitos casos destes.

A capa é ilustrada com um desenho do artista Viseense Pedro Albuquerque [1]

A capa é ilustrada com um desenho do artista Viseense Pedro Albuquerque

Também porque tem um manancial de informação de carácter histórico significativo, sobre o Regimento de Infantaria 14 e das unidades das quais herdou tradições – a Infantaria das Beiras. Como é evidente pela leitura a recolha desta informação até agora dispersa por vários pontos do país, não foi trabalho de somenos.
Bem concebido do ponto de vista do design, textos bem articulados com fotos – quer de carácter histórico quer actuais – gravuras, mapas e muitas reproduções de peças museológicas da unidade. É por fim um cuidadoso trabalho de impressão.


Sendo naturalmente um livro institucional, como se percebe pelo Índice, é uma obra de inegável valor histórico e um importante suporte de divulgação do Exército. Acresce que o livro inclui um CD, muito bem feito, onde é possível, entre outras coisas, “viajar” pelos principais pontos da unidade. Da porta-de-armas à cozinha, da carreira de tiro ao parque de viaturas, das casernas à piscina e por aí adiante.

Unidades antecessoras do RI 14 participaram na I Guerra Mundial, em África e na Europa. Principais acções e condecorações mas também as baixas esão no livro. [2]

O RI 14 participou na I Guerra Mundial, em África e na Europa. Principais acções e condecorações mas também as baixas estão no livro.

Fotos de arquivo do Regimento, algumas pouco ou nada conhecidas, enriquecem muito a obra. [3]

Fotos de arquivo do Regimento, algumas pouco ou nada conhecidas, enriquecem muito a obra.

Os "infantes das beiras" já correram meio mundo! Dos Açores (na foto) a Timor, passando por África, França, Balcãs, Iraque e Afeganistão [4]

Os "infantes das beiras" já correram meio mundo! Dos Açores (em cima) a Timor (foto seguinte à esquerda), passando por África, França, Balcãs (foto seguinte à direita), Iraque e Afeganistão

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Nos anos 50 e 60 foram construídos dezenas de quartéis novos no âmbito da "Comissão Administrativa das Novas Instalações para as Forças Armadas", entre os quais o de Viseu. [6]

Nos anos 50 e 60 foram construídos em Portugal dezenas de quartéis novos no âmbito da "Comissão Administrativa das Novas Instalações para as Forças Armadas". O "14" foi um deles, vendo-se aqui o antigo quartel (1842 a 1951).

O obreiro do extraordinário Real Forte "Principe da Beira" no Brasil, junto à fronteira com a Bolivia, foi comandante de Almeida e residiu na Casa da Ínsua em Penalva do Castelo. [7]

O obreiro do extraordinário Real Forte "Príncipe da Beira" no Brasil, junto à fronteira com a Bolívia, foi ajudante de ordens do Governador de Almeida e mandou construir a Casa da Ínsua em Penalva do Castelo.

Índice:
Mensagens: Comandante do Regimento; Vice-Chefe do Estado Maior do Exército e Director Honorário da Arma de Infantaria; Presidente da Câmara Municipal de Viseu; Governador Civil de Viseu;
História do RI 14: Antecedentes; Guerra Peninsular (1801-1814); Da Monarquia Liberal à Implantação da República (115-1910); Da Implantação da República à I Guerra Mundial (1910-1914); I Guerra Mundial (1914-1918); Entre Guerras (1919-1938); II Guerra Mundial (139-1945); Anos 50; Guerra do Ultramar (1961-1974); 25 de Abril de 1974; De 1977 a 2009; Forças Nacionais Destacadas.
Actividade Contemporânea
Herança de Património Histórico e Unidades Antecessoras com ligação ao RI 14
Estandartes, Guiões e Brasões de Armas
Personalidades do RI 14
O 14 de Infantaria e os seus Quartéis Permanentes
O RI 14 na Toponímia Viseense
Corpo de Oficiais e de Sargentos do RI 14 em 2009

Muito há para ler e ver no livro sobre o “14” e tem aspectos pouco usuais, mas curiosos, como as biografias de alguns oficiais ligados à unidade e à região que se distinguiram no panorama militar nacional, entre outros: Luís de Albuquerque (1739-1797) que, quando capitão, foi Governador e Capitão General o Estado de Cuiabá e Mato Grosso no Brasil, onde fundou várias cidades e povoações e construiu o célebre Real Forte “Príncipe da Beira” junto à Fronteira com a Bolívia; um oficial inglês, James Ward Olivier (1777-1811), que aqui combateu os Franceses em várias batalhas e em Elvas morreu vitima de ferimentos, cumprem-se por agora 200 anos; Ribeiro Arthur (1851-1910) que entre outras coisas importantes na sua carreira militar era escritor e um artista de primeiro plano tendo deixado um legado extraordinário, até hoje muitas e muitas vezes reproduzido, as aguarelas (quase 300!) de uniformes militares portugueses entre 1760 e o inicio do século XX.

O livro inclui também reproduções de obras de artistas contemporâneos de algum modo ligados ao Regimento ou a Viseu, como é o caso de Aires dos Santos (o 25 de Abril de 1974), major-general Amaral Vieira (M-11 no Kosovo), Jorge Braga da Costa (frontaria do edifício do Comando) e Pedro Albuquerque (parte central do edifício do comando, na capa).

Uma obra deste tipo certamente contribui para um espírito regimental que não sendo muito arreigado nos últimos tempos do serviço militar obrigatório – o tempo de permanência na unidade era reduzido e naturalmente “não voluntário” – bem pode agora vir a desenvolver-se. E para isso como é sabido muito contribui o conhecimento, mesmo o culto, da história dos que “nos antecederam”. Ao mesmo tempo, e até pelas referências à sociedade civil e ao envolvimento das autoridades locais no livro, só pode ajudar a melhorar uma relação que de há muito, em Viseu, é excelente.

O CD tem muita informação e fotos que permitem uma visita virtual à unidade e a muitas das suas actividades, tudo bem explicado. [8]

O CD tem muita informação e fotos que permitem uma visita virtual à unidade e a muitas das suas actividades, tudo bem explicado.

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Para cada local (aqui a porta-de-armas), várias fotos ilustram o que ali se faz [10]

Para cada local (aqui a porta-de-armas), várias fotos ilustram o que ali se faz.

Podemos mesmo "viajar" por quase todos os locais... [11]

Podemos mesmo "viajar" por quase todos os locais. Das cozinhas...

...à instrução de tiro... [12]

...à instrução de tiro...

...passando pelas viaturas "clássicas" que ainda têm de funcionar... [13]

...passando pelas viaturas "clássicas" que ainda têm de funcionar...

...ao último grito da tecnologia em viaturas blindadas de rodas, a Pandur II 8X8, que já estão em Viseu. [14]

...ao "último grito" da tecnologia em viaturas blindadas de rodas, a Pandur II 8X8, que já estão em Viseu.


O livro é uma Edição de 2009 do Regimento de Infantaria N.º 14, com coordenação do Coronel de Infantaria Rui Moura (comandante da unidade em 2008 e 2009) e colaboração do Major de Infantaria Anselmo Dias.  Só foi possível  com o patrocínio de 3 empresas privadas (Casa da Ínsua;Visabeira; Montebelo), da Câmara Municipal de Viseu e dos Governos Civis de Viseu e da Guarda . Teve ainda apoios de mais 22 entidades públicas e 2 privadas. O design esteve a cargo da 100SÍVEL e foram impressos 1.200 exemplares na Peres-Soctip.
ISBN: 978-989-20-173-3

O CD distribuído com livro é da autoria de Daniel Silva.

Os interessados em adquirir o livro (incluindo o CD) – preço 25,00€ –  podem contactar o Regimento de Infantaria N.º 14:
Av. Regimento de Infantaria Nº14
3510-104 VISEU

Tel: 232 424 196 / 7 / 8
Fax: 232 424 186
Tlm: 961 345 556

ri14@mail.exercito.pt