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MISSÕES EXTERIORES EM DESTAQUE

Por • 26 Jan , 2009 • Categoria: 11. IMPRENSA Print Print

Da esquerda: Tenente-General PILAV Mimoso Carvalho, Adjunto Planeamento/Operações ; General Luís Valença Pinto, CEMGFA; Contra-Almirante Mina Henriques, Chefe de Estado-Maior do Centro de Operações Conjunto

Da esquerda: Tenente-General PILAV Mimoso Carvalho, Adjunto Planeamento/Operações ; General Luís Valença Pinto, CEMGFA; Contra-Almirante Mina Henriques, Chefe de Estado-Maior do Centro de Operações Conjunto

Uma nova política de comunicação em relação às missões exteriores levadas a cabo pelas Forças Armadas está em marcha. E já tardava como é reconhecido pelo próprio Chefe do Estado-Maior General das Força Armadas. O General Valença Pinto assumiu hoje no Restelo, perante uma plateia de jornalistas convocados para uma conferência de imprensa, o “pontapé de saída” para uma comunicação regular com os “média” e através destes com a população portuguesa. Finalmente, disse Valença Pinto, foi possível reunir condições, técnicas e outras, para voltar a colocar online – e renovada – a página internet do EMGFA que há longos meses estava em manutenção. “No nosso entendimento esta página internet será o elemento corrente de divulgação quotidiana das actividades do EMGFA e das Forças Nacionais Destacadas… o que nos interessa é chegar à opinião pública, aos portugueses, com transparência“, disse o CEMGFA, não descartando ainda a possibilidade de dar alguma regularidade aos encontros com a comunicação social.
A divulgação das missões exteriores em Portugal, ao contrário da generalidade dos países aliados, carecia sem dúvida de um impulso e este será certamente um primeiro passo na direcção certa. Quem queira saber mais sobre estas missões, de fonte oficial, volta a ter agora à sua disposição o www.emgfa.pt mas naturalmente, sendo positivo, não esgota as necessidades de informação de muitos. A presença – com a regularidade possível – de jornalistas nos teatros de operações, seria um dos possíveis passos seguintes. O povo português, o contribuinte, tem o direito de saber o que fazem seus militares em missões exteriores e isso, exceptuando o caso pontual das visitas de altas entidades aos teatros de operações, não tem vindo a acontecer. Mas sem dúvida que se parece estar no bom caminho. Note-se que na última década não há memória do CEMGFA convocar uma conferência de imprensa que não fosse para tratar dos dolorosos casos de baixas nos teatros de operações exteriores.

O sistema de video conferência, embora com limitações, permitiu aos comandantes das FND darem a sua avaliação da situação nos teatros de operações exteriores

O sistema de vídeo conferência, embora com limitações, permitiu aos comandantes das FND darem a sua avaliação da situação nos teatros de operações exteriores

Usando um sistema de vídeo conferência foi possível aos jornalistas presentes colocar questões aos comandantes das forças no Kosovo, Líbano, Afeganistão e Mar do Norte.  Embora o tempo disponível fosse escasso e as limitações técnicas deste tipo de equipamento não permitissem uma conversação fácil, alguma curiosidade sobre aspectos das missões foi ainda assim satisfeita e não ficaram perguntas sem resposta.

Seguiu-se uma visita ao Centro de Operações Conjunto, o local onde se acompanham, 24horas sobre 24horas, todas as missões exteriores nas quais Portugal tem unidades empenhadas em forças multinacionais. É também a partir daqui onde, em caso de necessidade, o CEMGFA pode exercer o comando operacional de uma força exclusivamente nacional, como por exemplo as operações de contingência em África. Aqui trabalham em sistema de turnos 20 oficiais e sargentos dos três ramos, podendo em caso de crise ser reforçado para responder às necessidades inerentes ao exercicio do comando e controlo das forças em operações.

O Centro de Operações Conjunto funciona ininterruptamente 365 dias por ano e dispõe dos meios de comando e controlo necessários ao acompanhamento diário da situação das FND
O Centro de Operações Conjunto funciona ininterruptamente 365 dias por ano e dispõe dos meios de comando e controlo necessários ao acompanhamento diário da situação das FND

Nova missão no Afeganistão
No decurso de uma comunicação de carácter organizacional e estatístico sobre as missões que os três ramos das Forças Armadas cumpriram em 2008 e uma previsão para 2009, ficou a saber-se que neste primeiro trimestre o nosso contingente no Afeganistão será aumentado dos actuais 34 militares, para um número não especificado mas que se julga não andará longe da centena. Actualmente a Operational Mentor and Liaison Team (OMLT) “de Guarnição” portuguesa – ou seja uma equipa de instrutores – apoia uma unidade do Exército Afegão nos arredores de Cabul, em Pol-i-Charki. Ali em instalações afegãs que albergam cerca de 3.000 militares, os portugueses formam 50 elementos do estado-maior dessa unidade que são responsáveis pelos aspectos logísticos e administrativos. Até Março será enviada uma nova OMLT mas destinada a apoiar a formação do estado-maior de uma brigada do Exército Afegão, denominada por isso “OMLT de Brigada”. Em princípio a sua actuação será também limitada  à área da capital. Este novo empenhamento levará também à criação de um Módulo de Apoio e de uma Unidade de Segurança que passará a apoiar ambas as OMLT.
Também até Março próximo e pelo período de um ano, as Forças Armadas Portuguesas vão fornecer uma Equipa de Saúde que servirá, sob comando francês, no Hospital Militar do Aeroporto de Cabul.
Portugal disponibilizou-se ainda para enviar – se necessário – pelo período de três meses, entre Setembro e Novembro de 2009, um novo Destacamento Aéreo C-130 para apoiar o período eleitoral no Afeganistão.

SNMG 1
Iniciou-se em 23 de Janeiro de 2009 e decorre pelo período de 1 ano nova missão do Standing NATO Maritime Group 1 que merece destaque. Não só porque tem um comandante português, o Contra-Almirante Pereira da Cunha, como vai percorrer mares nunca antes navegados por unidades navais da NATO. A missão iniciou-se no Ferrol (Espanha), onde Pereira da Cunha recebeu o comando desta força de 8 navios – da Alemanha, Canadá, Dinamarca, Espanha, EUA, Noruega e Portugal – das mãos de um almirante espanhol, largou para o Atlântico Norte (onde se encontra nesta data), e actuará em diversos exercícios multinacionais, conduzirá operações de luta contra o terrorismo no Mediterrâneo Ocidental (Operação “Active Endeavour”) e seguirá viagem para o Índico, Sudoeste Asiático e Oceânia.
Além do comando da força e de oficiais no seu estado-maior a Marinha participa nesta força com duas fragatas da classe “Vasco da Gama”. Actualmente a “Álvares Cabral” incluindo o destacamento de voo (helicóptero Lynx MK95), uma secção de Fuzileiros e de uma equipa de mergulhadores-sapadores. A partir de Agosto a  caberá à “Corte Real” da mesma classe, terminar a missão.

4fnd-resumo-2009

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