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DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO DO CURSO « CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL »

Por • 13 Dez , 2011 • Categoria: 10. DISTINTIVOS, INSÍGNIAS E CONDECORAÇÕES Print Print

INTRODUÇÃO

Com a apresentação gráfica e heráldica do distintivo de qualificação do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL», fica concluída a série dos quatro distintivos aeroterrestres recém-aprovados pelo Despacho Nº166/CEME/11.

É importante referir e assinalar que a sua ordem evolutiva é propositada e regulada, permitindo, somente, que o militar habilitado nesta área use o distintivo de maior grau técnico, impedindo assim a exibição nos uniformes regulamentares de distintivos da mesma área, mas de menor grau técnico, simultaneamente.

Versão metálico do distintivo de qualificação «CHEFE DE SALTO». (Col. Sucena do Carmo)

Versão metálica do distintivo de qualificação «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL». (Col. Sucena do Carmo)

Acresce que independentemente do número de cursos que o militar disponha no seu currículo, o mesmo Despacho determina que o militar só possa usar nos “bolsos superiores dos dólmanes e camisas” cinco distintivos de Cursos, Qualificações ou Funções.

Num futuro artigo (separado), operacional.pt irá divulgar algumas curiosidades da história do “nascimento” destes distintivos de qualificação aeroterrestre, desde o ano 2009 (ano em que um grupo de sargentos do QP se disponibilizou para dar corpo a este projeto), ilustrado com desenhos, imagens e outros rascunhos das diversas ideias sobre estes distintivos e sua evolução. Apresentaremos, ainda, algumas imagens de distintivos propostos, mas não aprovados, e faremos uma breve explicação sobre a controversa “questão da inscrição da denominação dos cursos/letras” no meio-voo dos distintivos, como nasceu, e a sua extrema importância no controlo da futura contrafacção dos mesmos, entre outros factores a considerar, pois as imagens impressas no documento oficial não as reproduzem.

A frequência do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» abrange conhecimentos técnicos sobre os equipamentos (paraquedas; sistemas de segurança; inspeção; consolas; GPS; cargas de acompanhamento), metereologia, planeamento de sessões de saltos, técnicas de largada e lançamentos.

A frequência do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» abrange conhecimentos técnicos sobre os equipamentos (paraquedas; sistemas de segurança; inspeção; consolas; GPS; cargas de acompanhamento), metereologia, planeamento de sessões de saltos, técnicas de largada e lançamentos.

O «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» está habilitado a fazer o controlo das sessões de saltos de abertura manual realizados a altitudes fisiológicas e não fisiológicas.

O «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» está habilitado a fazer o controlo das sessões de saltos de abertura manual realizados a altitudes fisiológicas e não fisiológicas.

SIMBOLOGIA HERÁLDICA DO DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO « CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL »

Descrição:

– uma calote tipo “ASA” de um paraquedas de abertura manual, aberta; ao centro, entre os cordões de suspensão uma espada antiga em pala com meio-vóo, sustida por um ramo de louros, ambos à sinistra; sobreposto na espada, um capacete com máscara de oxigénio, tudo de prata.

Simbologia e alusão das peças:

– A CALOTE de um paraquedas tipo “ASA”, aberta, é o símbolo falante das Tropas Paraquedistas e identifica o domínio da técnica do salto em “Queda-Livre”;

– A ESPADA antiga simboliza o caráter de forças de incursão e o seu elevado estado de prontidão operacional;

– O CAPACETE com MÁSCARA DE OXIGÉNIO faz alusão ao operador “SOGA” e à capacidade de atuação em pequenos grupos, infiltrados por aeronaves de longo alcance, através de saltos realizados a altitudes fisiológicas e não fisiológicas;

– O RAMO DE LOUROS simboliza o mérito técnico do Curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL», penúltimo grau evolutivo no domínio das técnicas aeroterrestres;

– O MEIO-VOO representa a mobilidade estratégica das forças aeroterrestres.

Os esmaltes significam:

– A PRATA, humildade e integridade.


Ser oficial ou sargento do QP, e possuir o Curso de Queda-Livre Operacional são pré-requisitos para a frequência do Curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL».

Ser oficial ou sargento do QP, e possuir o Curso de Queda-Livre Operacional são pré-requisitos para a frequência do Curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL».

ALGUMAS REGRAS DE ATRIBUIÇÃO DO DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO DO CURSO «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL»

ALGUNS PRÉ-REQUISITOS E OBJECTIVOS:

O candidato (oficial ou sargento do QP) antes de iniciar a frequência do Curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL», já deve estar habilitado com o Curso de Queda-Livre Operacional (SOGA).

Após a conclusão, o curso habilita oficiais e sargentos do QP a desempenhar as seguintes funções:

– Controlo de sessões de saltos de abertura manual realizados a altitudes fisiológicas e não fisiológicas;

– Planeamento, supervisão e apoio de infiltrações em paraquedas realizadas a muito grande altitude.

O planeamento, a supervisão e apoio de infiltrações em paraquedas realizadas a muito grande altitude, são objetivos do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL».

O planeamento, a supervisão e apoio de infiltrações em paraquedas realizadas a muito grande altitude, são objetivos do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL».

DADOS TÉCNICOS PARA O FABRICO DO DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL»

Cores:
– totalmente em prata velha e/ou fosca;

Dimensões:
– altura – 5,5 cm X largura – 3,7 cm

– diâmetro da máscara de oxigénio: 1,6 cm

Desenho gráfico do distintivo de qualificação «CHEFE DE SALTO» com as dimensões oficiais. (Foto de Sucena do Carmo)

Desenho gráfico do distintivo de qualificação «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» com as dimensões oficiais. (Foto de Sucena do Carmo)


Versão em metal: o distintivo deve ser produzido a partir de uma liga de cobre (latão ou bronze) com acabamento por “banho de prata velha oxidada” com reverso-liso, e o “cunho” deve ser executado a partir de uma escultura (2) para permitir realçar os baixos e altos-relevos que compõem todos os elementos heráldicos da peça; é fixado nos uniformes com dois fechos tipo “prego” (do tipo norte-americano), dispostos longitudinalmente no reverso para contrariar o seu desalinho nos uniformes. A estampagem em reverso-liso permitirá a gravação (facultativa) do número do distintivo.

Versão em pano / baixa visibilidade (para uso nos uniformes operacionais): o distintivo pode ser produzido a negro, bordado, sob fundo verde oliva e/ou camuflado ou em material vulcanizado nas mesmas cores, confecionado em cloreto de polivinil (PVC) pelo processo de modelagem a quente sobre um retângulo imitando tecido de padronagem camuflada ou verde oliva e/ou ainda em metal de cor totalmente escura (preta) sem brilho.

Para finalizar e como curiosidade não menos importante para os militares e colecionadores, é de realçar que a ordem evolutiva nos distintivos de qualificação aeroterrestre é propositada e regulada, permitindo, somente, que o militar habilitado nesta área use o distintivo de maior grau técnico, impedindo assim a exibição nos uniformes regulamentares de distintivos da mesma área, mas de menor grau técnico, simultaneamente.

Nos quatro distintivos de qualificação aeroterrestres aprovados oficialmente pelo Despacho Nº166/CEME/11, a sua escala evolutiva é a seguinte:

a) INSTRUTOR DE PARAQUEDISMO;

b) SOGA (QUEDA-LIVRE OPERACIONAL);

c) CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL;

d) INSTRUTOR DE QUEDA-LIVRE OPERACIONAL.

NOTAS

(1) A autoria dos esboços e desenhos dos distintivos aeroterrestres devem-se aos seguintes militares: SAJ/PARAQ PEDRO MATOS (desenhos/conceção/composição); 1SAR/PARAQ PADILHA FERNANDES (desenho/Corel Draw); outros instrutores da QLA (Queda-Livre Assistida) também deram o seu contributo em alguns pormenores e no seu aperfeiçoamento. Os textos heráldicos foram elaborados pelo SCH/PARAQ (RES) ANTÓNIO E. S. CARMO.

(2) Com este tipo de fabrico, dificulta-se o processo de falsificação dos distintivos e o seu consequente “sucateamento”, levado a efeito por intermediários/comerciantes, cujo único objetivo é o lucro puro, ignorando a qualidade e beleza heráldica dos distintivos das Forças Armadas.

(*) Oportunamente, e em artigo separado, «operacional.pt» publicará uma resenha histórica sobre o “nascimento” dos novos distintivos de qualificação aeroterrestres das Tropas Paraquedistas, bem como todos os seus discutíveis pormenores, tais como: concepção, desenho, inclusão das letras das designações, medidas, versões diversas e autores.


SUPORTE DOCUMENTAL

– CARMO, António E.S., «DISTINTIVOS E INSÍGNIAS DAS TROPAS PARA-QUEDISTAS PORTUGUESAS», Edição do Autor (em preparação);

– Despacho Nº166/CEME/11;

– Arquivo particular de Miguel Silva Machado & António E. S. Carmo;

– Testemunhos orais recolhidos pelo autor na Escola de Tropas Paraquedistas.


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DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO DO CURSO «INSTRUTOR DE PARAQUEDISMO»

DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO «INSTRUTOR DE QUEDA-LIVRE OPERACIONAL»

DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO «SALTADOR OPERACIONAL DE GRANDE ALTITUDE – (SOGA)»




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