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“DIA DO EXÉRCITO 2012”, NO PARQUE D.CARLOS I (CALDAS DA RAINHA)

Uma das actividades que o Exército levou a cabo por ocasião das comemorações do seu dia festivo este ano, foi a exposição que tivemos oportunidade visitar no sábado dia 27 de Outubro de 2012, no parque D. Carlos I, na cidade das Caldas da Rainha.

No dia que visitamos a exposição, um sábado à tarde, muitas familias trouxeram os mais pequenos para tomar contacto com os equipamentos militares. [1]

No dia que visitamos a exposição, um sábado à tarde, muitas famílias trouxeram os mais pequenos para tomar contacto com os equipamentos militares.

Este formato de exposição não sendo novo tem no entanto mostrado capacidade de atrair visitantes um pouco por todo o país onde quer que se realize, e isto é válido para o Exército, como para a Marinha e Força Aérea que também o fazem, bem assim como quando estas mostras englobam os três ramos. Em linhas muito gerais pretende-se aqui tanto quanto nos é dado a observar, abarcar um público muito variado que vai desde as crianças de tenra idade até aos mais idosos, passando pelos jovens e adultos.

O Exército pretenderá assim com o que designou por “Atividades Militares Complementares” (Expo-Materiais/Equipamentos, Atividades Multiusos e de Pólos de Excelência), apresentar aos diversos públicos uma amostra daquilo que de melhor tem à sua disposição, dando imagem de um ramo das Forças Armadas que opera materiais modernos e variados, utilizados por militares competentes. Isto inclui ainda uma componente lúdica com as chamadas actividades radicais e outra dirigida para os jovens que procuram uma profissão, esta sim com o objectivo claro – e legitimo – de recrutar novos militares.

A avaliação do investimento feito na montagem e operação deste tipo de actividades e do respectivo retorno certamente será feita, avaliando-se se o ramo retira daqui em termos de imagem percepcionada pelas audiências “atingidas” e de recrutamento, aquilo a que se propunha, ou se, pelo contrário, este será um formato que pode ser melhorado ou mesmo completamente alterado.

Da nossa visita, um par de horas, não se podem naturalmente tirar quaisquer respostas a esta questão, pode-se sim, mostrar o que vimos e dar a conhecer a quem não teve a oportunidade de se deslocar às Caldas da Rainha, o que ali estava em exposição, o que nos pareceu com mais interesse. O que é sempre, naturalmente, discutível.
Em linhas gerais podemos contudo dizer, não há dúvida que a imagem transmitida é boa e que os militares nos diversos espaços, estavam empenhados em interagir com os visitantes. Com uma ou outra excepção, os equipamentos expostos davam uma imagem moderna e de um ramo das Forças Armadas que opera tecnologias e armamentos recentes. Claro que os equipamentos mais antigos (versões do M-113 ou a veterana G-3, entre vários outros), estando em uso, também devem ser mostrados, porque são a realidade. Contudo, nesta exposição, a presença de várias versões (4) da viatura Pandur II 8X8, e alguns equipamentos associados aos “pólos de excelência” do Exército, reforçavam a tal imagem tecnologicamente moderna, tanto mais que a generalidade dos visitantes ou não tem termo de comparação para avaliar os equipamentos em causa, ou recordará o que havia no “seu tempo”.

Porque é o seu Dia, aqui fica, transcrita do site oficial do ramo, a missão actual do Exército Português:

MISSÃO

1 – O Exército tem por missão principal participar, de forma integrada, na defesa militar da República, nos termos do disposto na Constituição e na lei, sendo fundamentalmente vocacionado para a geração, preparação e sustentação de forças da componente operacional do sistema de forças.

2 – Ainda, nos termos do disposto na Constituição e na lei, incumbe também ao Exército:
a) Participar nas missões militares internacionais necessárias para assegurar os compromissos internacionais do Estado no âmbito militar, incluindo missões humanitárias e de paz assumidas pelas organizações internacionais de que Portugal faça parte;
b) Participar nas missões no exterior do território nacional, num quadro autónomo ou multinacional, destinadas a garantir a salvaguarda da vida e dos interesses dos portugueses;
c) Executar as acções de cooperação técnico-militar nos projectos em que seja constituído como entidade primariamente responsável, conforme respectivos programas quadro;
d) Participar na cooperação das Forças Armadas com as forças e serviços de segurança, nos termos previstos no artigo 26.º da Lei Orgânica n.º 1-A/2009, de 7 de Julho;
e) Colaborar em missões de protecção civil e em tarefas relacionadas com a satisfação das necessidades básicas e a melhoria da qualidade de vida das populações.

3 – Compete também ao Exército assegurar o cumprimento das missões particulares aprovadas, de missões reguladas por legislação própria e de outras missões de natureza operacional que lhe sejam atribuídas.

Vivendo de voluntários, o Exército tem que publicitar junto dos jovens as oportunidades de emprego que proporciona. [2]

Vivendo de voluntários, o Exército tem que publicitar junto dos jovens as oportunidades de emprego que proporciona.

Este M-901A1 Lança Misseis TOW M/90, mesmo não sendo o último grito da tecnologia, depertava o interesse dos visitantes. Como curiosidade, apresentava as marcas do "RC 4, GCC, BMI". [3]

Este M-901A1 Lança Misseis TOW M/90, da Brigada Mecanizada, mesmo não sendo o último grito da tecnologia, despertava o interesse dos visitantes. Como curiosidade, apresentava as marcas do "RC 4, GCC, BMI".

As viaturas blindadas de rodas PANDUR II 8X8 (aqui a versão ambulância) eram sem dúvida as mais procuradas... [4]

As viaturas blindadas de rodas PANDUR II 8X8 (aqui a versão ambulância) eram sem dúvida as mais procuradas...

...quer por crianças, quer por jovens e adultos. [5]

...quer por crianças, quer por jovens e adultos. As viaturas PANDUR presentes pertenciam ao Regimento de Infantaria de Viseu (2-º Batalhão de Infantaria da Brigada de Intervenção)

A PANDUR II 8X8 "Comando, Controlo e Comunicações", que de distingue bem pelo sistema de ar-condicionado no topo... [6]

A PANDUR II 8X8 "Comando, Controlo e Comunicações", que se distingue bem pelo sistema de ar-condicionado no topo...

...estava equipada com toda a sua panóplia de tecnologia, ligada sobretudo às comunicações. [7]

...estava equipada com toda a sua panóplia de tecnologia, ligada sobretudo às comunicações.

Outra versão pouco vista da PANDUR II 8X8, a "Recover"... [8]

Outra versão pouco vista da PANDUR II 8X8, a "Recover"...

...diferencia-se bem da versão base, sobretudo vista do seu lado direito, pelo "guincho". [9]

...diferencia-se bem da versão base, sobretudo vista do seu lado direito, pela "grua".

O interior desta viatura, uma verdadeira "oficina". As crianças, nestes blindados, usavam capacete, por uma questão de segurança, visto andar no seu interior ser sempre um pouco problemático. [10]

O interior desta viatura, uma verdadeira "oficina". As crianças, nas visitas aos blindados usavam capacete por uma questão de segurança, visto andar no seu interior ser sempre um pouco problemático.

O HMMWV do Centro de Tropas Comando, viatura conheceida pelo seu serviço no Afeganistão, onde apesar das suas limitações continua a servir. [11]

O HMMWV do Centro de Tropas Comando, viatura conhecida pelo seu emprego no Afeganistão, onde apesar das suas limitações continua a ter que servir.

Panhard M-11 do Regimento de Cavalaria n.º 3, equipada com posto de tiro Milan e metralhadora Browning .30. [12]

Panhard M-11 do Regimento de Cavalaria n.º 3 (Esquadrão de Reconhecimento da Brigada de Reacção Rápida) equipada com posto de tiro Milan e a mais que veterana metralhadora Browning .30.

Land-Rover Defender 130 "4X4 SOF" do Centro de Tropas Comandos... [13]

Land-Rover Defender 130 "4X4 SOF" do Centro de Tropas Comandos...

...que podia ser visto em detalhe... [14]

...que podia ser visto em detalhe...

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...e que esstaá equipado com algumas das poucas HK m4 que o Exército Português tem em serviço. [15]

...e que está equipado, lateralmente, com a HK MG4, calibre 5,56mm (das poucas que o Exército Português tem em serviço) e ainda uma MG 3 calibre 7,62mm, no topo da viatura.

Muito concorrida a torres operada pelos comandos, onde a pequenada fazia descidas em "slide".. [16]

Muito concorrida e animada a torre operada pelos comandos, onde a pequenada fazia descidas em "slide".

O Centro de Psicologia Aplicada do Exército iniciava os visitantes em alguns testes tipicos das provas psicotécnicas de acesso à vida militar. [17]

O Centro de Psicologia Aplicada do Exército iniciava os visitantes em alguns testes típicos das provas psicotécnicas de acesso à vida militar.

Muito concorrida a Padaria de Campanha, na distribuição (gratuita) de pão com chouriço. [18]

O "Atrelado de Padaria de Campanha PCM 300", na hora da distribuição (gratuita) de pão com chouriço.

As armas ligeiras do Centro de Tropas de Operações Especiais eram uma tentação para os jovens, fãs quase certos dos "Call of Duty", "Medal of Honor" e outros video-jogos do género. [19]

As armas ligeiras do Centro de Tropas de Operações Especiais eram uma tentação para os jovens, fãs quase certos dos "Call of Duty", "Medal of Honor" e outros vídeo-jogos do género.

Não deixa de ser curiossos que aquilo que durante anos era considerado um "incitamento à violência", hoje é aceite com naturalidade por familiares e militares. Dizia um visitante, "dantes ninguém queria ir à tropa, agora adoram isto". [20]

Não deixa de ser curioso que aquilo que durante anos era quase considerado um "incitamento à violência", hoje é aceite com naturalidade pelos visitantes de todas as idades.

O obus  L 119 10,5mm (Light Gun) do Regimento de Artilharia N.º 4 (Grupo de Artilharia de Campanha da Brigada de Reacção Rápida). [21]

O obus L 119 10,5mm (Light Gun) do Regimento de Artilharia N.º 4 (Grupo de Artilharia de Campanha da Brigada de Reacção Rápida).

A tenda da componente aeroterrestre da Brigada de Reacção Rápida. No monitor "passava" um filme da autoria do nosso colaborador Alfredo Serrano Rosa, dedicado aos "falcões Negros", a equipa de pára-quedismo do Exército. [22]

A tenda com materiais especializados da componente aeroterrestre da Brigada de Reacção Rápida. No monitor "passava" um filme da autoria do nosso colaborador Alfredo Serrano Rosa, dedicado aos "Falcões Negros", a equipa de pára-quedismo do Exército.

Porta-de-Armas da unidade do Exército aquartelada nas Caldas da Rainha, a Escola de Sargentos do Exército. Antes, aqui esteve o Regimento de Infantaria n.º 5, unidade que preparou mais de 60.000 militares para a guerra em África. Esteve ligado a uma tentativa falhada de derrubar o governo em 1974 (16MAR) e teve depois do 25 de Abril desse ano várias designações até ser aqui criada a Escola de Sargentos do Exército em 1981. [23]

Porta-de-Armas da unidade do Exército aquartelada nas Caldas da Rainha, a Escola de Sargentos do Exército. Estas instalações inaugurados em 1953, para o Regimento de Infantaria n.º 5, anteriormente estacionado nas Caldas da Rainha mas em outro local, viriam servir para a preparação de mais de 60.000 militares para a guerra em África. Esteve ligado a uma tentativa falhada de derrubar o governo em 1974 (16MAR) e teve depois do 25 de Abril desse ano várias designações até ser aqui criada a Escola de Sargentos do Exército em 1981.