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COMER E BEBER NAS TRINCHEIRAS

Por • 19 Nov , 2019 • Categoria: 01. NOTÍCIAS Print Print

O Museu de Angra do Heroísmo apresenta, desde o dia 8 de outubro de 2019, na Delegação Aduaneira de Angra do Heroísmo, a mostra Comer e Beber nas Trincheiras, que traz a público utensílios militares para alimentação, principalmente marmitas e cantis, pertencentes à sua Coleção de Militaria alojada no Núcleo de História Militar Manuel Coelho Baptista de Lima.

 

Mais uma interessante e inédita exposição que nos chega dos Açores!

A alimentação dos militares nos quartéis, mas sobretudo em campanha, constituiu desde sempre uma preocupação dos exércitos. Nas mais diversas circunstâncias e ambientes, das cidades metropolitanas aos sertões africanos, a preparação e distribuição de alimentos, água ou vinho, eram tão importantes para a manutenção da moral do soldado e do seu potencial de combate, como as munições para a sua arma ou o tratamento dos feridos.

Assim, o Museu de Angra do Heroísmo deu início a um estudo, o primeiro a ser promovido por um museu português, no sentido identificar e organizar cronologicamente, com base nos regulamentos militares e iconografia da época, cantis, marmitas e outros utensílios do seu acervo ligados à alimentação em campanha, permitindo a sua avaliação numa perspetiva evolutiva entre 1879 e a atualidade.

Este estudo, ainda que singelo, permitiu já identificar os equipamentos desta natureza nas reservas do Núcleo de História Militar Manuel Coelho Baptista de Lima| MAH, enquadrá-los nos diversos contextos táticos e político-militares, bem como estabelecer comparações com equipamentos homólogos empregues em outros países. Não menos importante, desta sistematização resultou ainda a identificação de equipamentos em falta no acervo deste museu para que, futuramente, possam de alguma forma ser acrescentados ao seu espólio.

Jaime Regalado, Angra do Heroísmo, 10NOV2019

Frasco de vidro encourado e com rolha m/1876 (esq.) e Frasco de vidro encourado e com rolha m/1876-91 (dir.), este último uma modificação do primeiro, com a capa de couro com um corte transversal de modo a facilitar a substituição do frasco de vidro em caso de se partir.

Cantil modelo 1916 (variante em ferro esmaltado produzido na Casa Minchin-Porto) e Marmita modelo 1915 (esmaltada) levados pelo CEP quando, em 1917, partiu para Frente Ocidental da Grande Guerra.

Cantil m/916-31 (variante esmaltada), com capa em feltro. Resulta da evolução do Cantil m/916 com o francalete em couro a abraçar todo o cantil.

Marmita para Cavalaria m/935. Dois recipientes em alumínio e respectivo talher articulado.

Marmita m/943 para Infantaria

Marmita com bolsa em lona, circa 1960 (vulgo m/64), empregue durante a Guerra do Ultramar 1964-1975

Vários modelos de Cantis pós-1960 (vulgo m/64) usados durante a Guerra do Ultramar 1961-1975 e até à actualidade.

 

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