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5º Aniversário da Brigada de Reacção Rápida

A Brigada de Reacção Rápida assinalou no passado dia 28 de Setembro de 2010 o seu 5º aniversário. Além do cerimonial militar adequado à circunstância estes eventos são sempre aproveitados para fazer um balanço do ano anterior. É isto que o texto principal deste artigo faz, dando a palavra ao seu comandante.

A Brigada de Reacção Rápida "nasceu" na sequência da chamada "Transformação do Exército", pelo amalgamento de várias unidades do ramos, nomeadamente as sua forças de elite, Pára-quedistas, Operações Especiais e Comandos, criados respectivamente em 1955, 1960 e 1962. [1]

A Brigada de Reacção Rápida nasceu em 2005 na sequência da chamada "Transformação do Exército", pelo amalgamento de várias unidades do ramo, nomeadamente as suas forças de elite, Pára-quedistas, Operações Especiais e Comandos, criados respectivamente em 1955, 1960 e 1962.

Em Tancos foram concentrados militares das várias unidades da brigada e uma “representação simbólica” de meios motorizados desta Grande Unidade do Exército que depende do Comando das Forças Terrestres.
As Forças em Parada estavam composta por:
– Banda do Exército;
– Bloco de Estandartes Heráldicos das Unidades da BrigRR;
– 1 Secção de Cães e Guerra da Escola de Tropas Pára-quedistas;
– 2 Companhias da Escola de Tropas Pára-quedistas, sendo uma do Batalhão de Formação;
– 2 Companhias do Centro e Tropas de Operações Especiais, sendo uma a Companhia de Formação;
– 2 Companhias do Centro de Tropas Comandos, sendo uma a Companhia de Formação;
– 1 Companhia da Unidade de Aviação Ligeira do Exército;
– 1 Companhia do Regimento de Infantaria n.º 10;
– 1 Companhia do Regimento de Infantaria n.º 15;
– Grupo de Artilharia de Campanha do Regimento de Artilharia n.º 4
1 Bloco equipado e armado integrando:
– Batalhão de Comandos;
– Forças de Operações Especiais (Comando e Estado-Maior; Destacamento Equipado para Combate em Áreas Edificadas; Destacamento Sniper; Destacamento Equipado para Operações na Neve; Destacamento Equipado para Operações de Montanha; Destacamento de Comunicações);
– 2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (regressado do Kosovo)
1 Bloco motorizado composto por:
– Viaturas HMMWW do Batalhão de Comandos;
– Seis Secções com obuses “Light Gun”;
– Quatro Esquadras “Stinger”
– 1 Plataforma com tractor de lagartas
– 3 Viaturas pesadas com cargas preparadas para serem lançadas em pára-quedas diferentes altitudes

Toque de sentido à Unidade. O Chefe do Estado-Maior do Exército é recebido na Brigada de Reacção Rápida pelo Comandante das Forças Terrestres e pelo Comandante da Brigada. [2]

Toque de sentido à Unidade. O Chefe do Estado-Maior do Exército, General Pinto Ramalho é recebido na Brigada de Reacção Rápida pelo Comandante das Forças Terrestres, Tenente-General Amaral Vieira e pelo Comandante da Brigada, Major-General Raúl Cunha.

Parte muito substancial dos efectivos da BrigRR estiveram em Tancos. Um Batalhão de Pára-quedistas está no Kosovo, uma companhia de Comandos acabou de regressar do Afeganistão e 2 duas OMLT de Divisão (da BRigRR) estão em processo de rotação também para o Afeganistão [3]

Parte muito substancial dos efectivos da BrigRR estiveram em Tancos. Um Batalhão de Pára-quedistas está no Kosovo, uma companhia de Comandos acabou de regressar do Afeganistão e 2 duas OMLT de Divisão (da BRigRR) estão em processo de rotação também para o Afeganistão

A BRigRR continua a ter nos pára-quedistas a parte substancial dos seus recursos humanos. [4]

A BRigRR continua a ter nos pára-quedistas a parte substancial dos seus recursos humanos.

No decurso da cerimónia foram entregues brevets de platina (1.000 saltos) ao Sargento-Ajudante Hermes Mateus, Ouro (500 saltos) ao Sargento-Ajudante Celso Cheang e Prata (250 saltos) aos Super Intendente Chefe Francisco Santos (na foto), Sargento-Chefe Manuel Caldeirão e Sargento-Ajudante Alcino Costa [5]

No decurso da cerimónia foram entregues brevets de platina (1.000 saltos) ao Sargento-Ajudante Hermes Mateus, Ouro (500 saltos) ao Sargento-Ajudante Celso Cheang e Prata (250 saltos) aos Super Intendente Chefe Francisco Santos (na foto), Sargento-Chefe Manuel Caldeirão e Sargento-Ajudante Alcino Costa

De visita à exposição estática a Governadora Civil de Santarém, que se tem empenhado no processo de "trazer para Tancos" o Centro de Excelência Aeroterrestre NATO, ouve a Primeiro-Sargento Fernanda Rosa. [6]

De visita à exposição estática, Sónia Sanfona, Governadora Civil de Santarém que se tem empenhado no processo de "trazer para Tancos" o Centro de Excelência Aeroterrestre NATO, ouve a Primeiro-Sargento Alexandra Serrano Rosa.

Na sua alocução o comandante da BrigRR, Major-General Raúl Cunha, lembrou as características da unidade e o trabalho desenvolvido neste último ano.

(…)

A Brigada de Reacção Rápida, Grande Unidade de carácter eminentemente expedicionário, é detentora de um desenho organizacional ímpar no Exército Português congregando no seu seio as elites dos Combatentes, consubstanciadas nos efectivos das Forças de Comandos, de Operações Especiais, de Pára-Quedistas e de Reconhecimento, não esquecendo o apoio de fogos consubstanciado num Grupo de Artilharia de Campanha, unidade pioneira no emprego do sistema AFATDS (Advanced Field Artillery Tactical Data System). Adicionalmente, e com sede em outras Unidades do Sistema de Forças Nacional, a Brigada pode contar com os restantes normais apoios, nomeadamente, em Engenharia por uma Companhia de Engenharia da Escola Prática de Engenharia e em Defesa Aérea por uma Bateria de Artilharia Anti-Aérea do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Nº1. A Brigada de Reacção Rápida conta ainda com um Batalhão Operacional Aeroterreste da Escola de Tropas Pára-Quedistas que proporciona apoio em Equipamento Aéreo, Abastecimento Aéreo, actividade em que se constitui como a única entidade acreditada em Portugal para a configuração de cargas aero-lançáveis, e ainda apoio em Precursores, em que também se constitui como um pólo de referência, inclusive para os nossos Aliados.

Aprumo e garbo, as diferentes unidades da Brigada têm conseguido manter a sua identidade e mesmo algumas das tradições, como o modo de marchar e alguns artigos de uniforme especificos, no fundo parte daquilo que atraí os jovens para o voluntariado neste ou naquela força. [7]

Aprumo, garbo e espírito de corpo. As diferentes unidades da Brigada têm conseguido manter a sua identidade e mesmo algumas das tradições de sempre, como o modo de marchar, alguns artigos de uniforme específicos e cânticos, no fundo parte daquilo que atraí os jovens para o voluntariado nesta ou naquela força de elite.

Missão cumprida para o 2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista que regressou do Kosovo. O Estandarte Nacional que já esteve na Bósnia (1996, 1999 e 2005), Timor (2000 e 2002) e Afeganistão (2007), volta a S. Jacinto onde aguardará próxima missão expedicionária. [8]

Missão cumprida para o 2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista que regressou do Kosovo. O Estandarte Nacional que já esteve na Bósnia (1996, 1999 e 2005), Timor (2000 e 2002) e Afeganistão (2007), volta a S. Jacinto onde aguardará próxima missão expedicionária.

A brgada desfila em contin [9]

A brigada desfila em continência sob o comando do Coronel Pára-quedista João Marquilhas.

As esquadras "Stinger" representaram a artilharia anti-aérea da BrigRR [10]

As esquadras "Stinger" representaram a artilharia anti-aérea da BrigRR

Viatura do Panhar M11 do Esquadrão de Reconhecimento da BrigRR preparada pleo Batalhã de Operações Aeroterrestres da Escola de Tropas Pára-quedistas para lançamento em pára-quedas. [11]

Panhard M11 do Esquadrão de Reconhecimento da BrigRR preparada pelo Batalhão de Operações Aeroterrestres da Escola de Tropas Pára-quedistas para lançamento em pára-quedas.

(…)
Assim ao nível do Treino Operacional, a Brigada de Reacção Rápida exerceu o seu esforço na obtenção de capacidades numa série de Exercícios, alguns deles em ambiente Conjunto e Combinado, que formaram um ciclo de treino operacional que passo a referir em balanço retrospectivo:
No âmbito das Sub-Unidades operacionais da Brigada as técnicas, tácticas e procedimentos foram testados nos Exercícios SECTORIAIS.
No âmbito da Brigada como um todo, no Exercício ORION e no Exercício APOLO.
No âmbito da Força de Reacção Imediata (FRI) exercitou o Land Component Command (LCC) no Exercício LUSIADA.
A Brigada desempenhou ainda um papel significativo com a sua participação no Exercício REAL THAW 10, da Força Aérea Portuguesa, onde, no seguimento de uma linha de cooperação mútua já muito consolidada com este Ramo das FA, levou a cabo missões tácticas de âmbito terrestre e aero-terrestre com o objectivo principal de, além de conduzir parte do seu treino operacional, materializar o apoio do Exército à plena satisfação dos objectivos desse exercício da Força Aérea.
No âmbito dos compromissos internacionais com a NATO cumpriu-se o aprontamento da NATO Response Force 15 (NRF 15), missão cometida ao Special Operations Task Group (SOTG), que acabou de cumprir o período de “Stand-by”.
No âmbito dos Aprontamentos das Forças Nacionais Destacadas para o Teatro de Operações do Afeganistão, foi efectuado o aprontamento e projecção da Quick Reaction Force / ISAF (QRF/ISAF), missão cometida ao Batalhão de Comandos, das 2ª, 3ª e 4ªOMLT/KCD (Operational Mentor and Liaison Team / Kabul Capital Division). Concorrentemente com este aprontamento a Brigada contribuiu com as Unidades de “Force Protection”, com centro de gravidade nas Companhias de Comandos, que integram o Módulo de Apoio a operar no Teatro.
Na prossecução dos esforços da consolidação da paz na região dos Balcãs foi efectuada a preparação e projecção dos 1º e 2º Batalhões de Infantaria Pára-quedista para actuarem como reserva táctica (TACRES) do Comandante da Kosovo Force (KFOR).
No âmbito Internacional, a Brigada participou nos seguintes Exercícios:
ARRCADE FUSION destinado a exercitar o Estado-maior da Brigada no âmbito da afiliação ao Allied Rapid Reaction Corps (ARRC)
ARRCADE NELSON e ARRCADE CAESER destinado aos “Key Leaders” do QG do ARRC bem como de Unidades subordinadas e afiliadas
Decorrente das actividades de treino operacional, e das capacidades adquiridas consequentemente, o empenho real da Brigada desenvolveu-se no âmbito Internacional com a projecção, sustentação e emprego de aproximadamente 1000 efectivos nos Teatros de Operações do Afeganistão e do Kosovo, onde os nossos militares têm cumprido missões de elevado risco, mas sempre com níveis de excepção em termos de proficiência profissional e anímica.

O Batalhão de Comandos desfila em continência "com a arma cruzada", uma tradição emblemática dos comandos que se mantém. [12]

O Batalhão de Comandos desfila em continência "com a arma cruzada", uma tradição emblemática dos comandos que se mantém.

Frente à tribuna, a plenos pulmões, o grito de guerra dos comandos: Mama Sume! [13]

Frente à tribuna, a plenos pulmões, o grito de guerra dos comandos: Mama Sume!

As forças de operações especiais de Lamego apresentaram em Tancos vários destacamentos operacionais [14]

As forças de operações especiais de Lamego apresentaram em Tancos vários destacamentos operacionais onde ficam bem patentes as suas diferentes capacidades.

Snipers, perações em montanha, na neve e em áreas edificadas, entre outras, são especializações que permitem às Operações Especiais da BrigRR intervençao em diferentes cenários e situações, assim o poder politico português o deseje. [15]

Snipers, operações em montanha, na neve e em áreas edificadas, entre outras, são especializações que permitem às Operações Especiais da BrigRR intervenção em diferentes cenários e situações, assim o poder politico português o determine.

O 2º BIPara, reforçado com pessoal de outras unidades do Exército, como do Centro de Tropas de Operações Especiais e do Regimento de Guarnição N.º 1 (Açores), desfila pela última vez. Para os pára-quedistas já sabem que em breve os espera o exercicio "Orion 2010". [16]

O 2º BIPara "KFOR Tactical Reserve Manouver Battalion", reforçado com pessoal do Centro de Tropas de Operações Especiais e do Regimento de Guarnição N.º 1 (Açores), desfila pela última vez. Os pára-quedistas já sabem que em breve os espera o exercicio "Orion 2010".

(…)
Como complemento ao Treino operacional das suas sub-unidades, a Brigada, conduziu três actividades de Treino cruzado e Cooperação Aero-terrestre com países aliados, duas com a Bélgica e uma com a Alemanha. Existindo a intenção mútua do prosseguimento deste tipo de actividades, estão em curso processos para a celebração de acordos bilaterais com vista à sistematização de calendários, tarefas a executar e os respectivos apoios.
A capacidade organizativa da Brigada ficou bem patente na excelência como a Escola de Tropas Pára-quedistas cumpriu o desiderato de organizar aquela que é a maior competição internacional inter-escolas de Pára-quedismo, que em 2009 teve lugar no nosso País, reunindo delegações das Escolas congéneres da Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália e Estónia.
No cumprimento das “ditas” Outras Missões de Interesse Público (OMIP) a Brigada apoiou a Autoridade Nacional de Protecção Civil no seu esforço de combate aos flagelos sazonais, fogos e inundações, com um total de 12 pelotões e respectivas equipas de ligação, totalizando até à data um efectivo de cerca de 300 militares.
(…)

O Destacamento ALFA do Batalhão de Operações Aeroterrestres da Escola de Tropas Pára-quedistas, efectuou um salto de demonstração com pára-quedas SOV3. [17]

O Destacamento ALFA do Batalhão de Operações Aeroterrestres da Escola de Tropas Pára-quedistas, efectuou um salto de demonstração com pára-quedas SOV3.

O Sargento-Chefe Luís Pina e os Primeiros-Sargentos Augusto Oliveira (na foto) e Alexandre Brogueira, da equipa de demonstração de queda-livre do Exército, "Falcões Negros", encerraram com brilho e profissionalismo a cerimónia. [18]

O Sargento-Chefe Luís Pina e os Primeiros-Sargentos Augusto Oliveira (na foto) e Alexandre Brogueira, da equipa de demonstração de queda-livre do Exército, "Falcões Negros", encerraram com brilho e profissionalismo a cerimónia.