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“HOTBLADE 2012” & “APOLO 12”

Por • 19 Jul , 2012 • Categoria: 03. REPORTAGEM Print Print

Realizou-se em Portugal durante este mês de Julho de 2012 o exercício multinacional de helicópteros “Hotblade 2012” (HB12) o qual decorreu em simultâneo com o “Apolo 12” do Exército, em diversos pontos do território nacional. Neste 18 de Julho, último dia do exercício, aqui fica mais uma interessante foto-reportagem de Alfredo Serrano Rosa, efectuada em Tancos, Santa Margarida e Seia.

CH-47D Chinook da Real Força Aérea Holandesa e Pára-quedistas do Exército Português em Tancos. O "ambiente quente e empoeirado" que permita treino às tripulações que vão para o Afeganistão, foi uma das razões da realização do HB 12 em Portugal.

CH-47D Chinook da Real Força Aérea Holandesa e Pára-quedistas do Exército Português em Santa Margarida. O "ambiente quente e empoeirado" que permita treino às tripulações que vão para o Afeganistão, foi uma das razões da realização do HB 12 em Portugal.

A Força Aérea Portuguesa (FAP) foi entidade responsável pelo planeamento e condução do HB12 e disponibiliza na internet um bem completo site dedicado ao assunto: HOTBLADE 2012, EDA, Helicopter Trainning Programme. Não tendo o “staff” do “Operacional” estado no terreno para ver o decorrer do exercício e dar a sua opinião, não fará muito sentido repetir aqui aquilo que qualquer um dos nossos leitores pode ler no referido site oficial.

Disponibilizamos assim um conjunto de imagens de Alfredo Serrano Rosa, nomeadamente algumas talvez menos vistas, porque se referem à participação da Brigada de Reacção Rápida no exercício, o qual se “entroncou” no “Apolo 12” exercício anual desta força de elite do Exército Português.

Acreditamos que o HB 12 foi mais uma boa oportunidade para a Força Aérea Portuguesa mostrar a alguns dos nossos aliados a sua capacidade para organizar um exercício que se reveste de alguma complexidade. Atente-se que estiveram em território nacional helicópteros de 5 países, e que no exercício participaram ainda outros tipos de aeronaves da FAP, nomeadamente F-16 MLU e forças do Exército e Marinha.

A importância do exercício, aquilo que o justifica, o motivo porque a Agência Europeia de Defesa o criou e porque decorreu em Portugal foi assim explicado pelo Coronel Andrew Gray, o responsável pelo Programa de Treino de Helicópteros (HTP) da Agência Europeia de Defesa em entrevista ao referido site da FAP antes do exercício começar.
«O Programa começou em 2008, declaração franco-britânica de que não havia helis europeus suficientes para operações. Analisadas as razões acabamos por nos centrar nos treinos pois isso permitia ter mais tripulações aptas a operar. Nestes 3 anos passaram por este programa 180 helis, 150 tripulações 1800 pessoas. Mais de 50% destas pessoas já cumpriram missões no Afeganistão. Temos estado a dar uma formação valiosa, um contributo importante para possibilitar o envio de forças para este teatro de operações. O primeiro exercício decorreu em França com 8 helis, este tem 44 (*), O mais importante é que temos vindo a desenvolver o programa de exercício para exercício, tornando-o focado no que nos interessa, mas mais complexos mas achamos mais sustentável para o futuro
Portugal foi escolhido para realizar o Hotblade 2012 devido às necessidades dos Estados-Membros. De momento o Afeganistão é o teatro de operações que requer o maior efectivo e os países que ali operam queriam ter a possibilidade de praticar num ambiente quente e empoeirado e não existem muitos países na Europa que reúnam estas condições meteorológicas. Portugal reúne-as e ficamos muito gratos por terem aceitado receber o exercício.»

(*) Não se percebe este número uma vez que estiveram em Portugal pouco mais de 20 helicópteros o que mesmo assim é um número razoável (mais do que a totalidade em operação regular na FAP).

O “Apolo 12” por seu lado empenhou a Brigada de Reacção Rápida (BrigRR) nas regiões de Celorico da Beira, Pinhel, Seia, Meda Tancos, S. Jacinto, Lamego, Campo Militar de Santa Margarida, Ovar e Sabugal, tendo sido empregues as seguintes unidades:

1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, 2.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, Batalhão de Comandos, Forças de Operações Especiais, Grupo de Artilharia de Campanha, Batalhão Operacional Aeroterrestre, Esquadrão de Reconhecimento, Bataria de Artilharia Anti-Aérea, Companhia de Engenharia, Companhia de Transmissões e Companhia de Comando e Serviços.

A base que acolheu os meios aéreos estrangeiros em Portugal foi o Aeródromo de Manobra N.º 1 (Maceda/Ovar), a partir de onde cumpriram missões em vastas regiões do Norte e Centro do nosso país.

Uma das “estrelas” do exercício, o NH-90 do batalhão de helicópteros de uma unidade de forças especiais do Exército Finlandês, o Regimento “Utti Jaeger”, força que os começou a utilizar este ano de 2012.

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O veterano e fiável CH-47D Chinook, da Real Força Aérea Holandesa. A Holanda, um dos países que dispõe deste tipo de helicópteros, já o utilizou em operações no Kosovo, Albânia, Eritreia, Bósnia, Iraque e Afeganistão.

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A Holanda também participou com o AS-532U2 Cougar MK II que já actuaram em operações na Bósnia, Iraque e Afeganistão. Quer os Chinook quer os Cougar também cumprem missões de combate a incêndios tendo aliás dois destes já operado neste âmbito em Portugal no ano de 2005.

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Pára-quedistas e comandos efectuaram missões com os helicópteros envolvidos no HB 12. O 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, integra este ano a componente terrestre da Força de Reacção Imediata do Estado-Maior General das Forças Armadas. O Batalhão de Comandos tem elementos seus na “Force Protection” do Contingente Nacional no Afeganistão.

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Partindo do Aeródromo Militar de Tancos, no âmbito um C-295M da Esquadra 502 da FAP cumpriu uma missão de lançamento de saltadores operacionais a grande altitude (SOGA’s) da Escola de Tropas Pára-quedistas (Batalhão Operacional Aeroterrestre) e do Destacamento de Acções Especiais do Corpo de Fuzileiros, sobre o Aeródromo de Seia.

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A Força Aérea Portuguesa para além de organizar o exercício participou com meios aéreos e pessoal no HB 12, assim distribuídos:

– Esquadras 201 “Falcões” e 301 “Jaguares” (Aeronaves F-16 MLU, da Base Aérea n.º 5 – Monte Real)
– Esquadra 751 “Pumas” (Helicópteros EH-101 “Merlin”, da Base Aérea N.º 6 – Montijo)
– CRC – Centro de Relato e Controlo – “Batina” (Monsanto- Lisboa)
Controladores Aéreos Avançados
UPF – Unidade de Proteção da Força

A FAP para além das Esquadras de Voo e Forças Especiais empenhou uma estrutura que apoia todo o exercício composta por militares de Informações de Combate, Relações Públicas, Informática, Audiovisuais, Área da Saúde, Manutenção, Logística, Comunicações e Operações.

Portugal dispõe de 12 EH-101 Merlin (6 de variante SAR – Busca e Salvamento; 2 de variante SIFICAP – Sistema de Fiscalização das Pescas; 4 de variante CSAR – Busca e Salvamento em Combate). Prestam serviço no Continente, Madeira e Açores.

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O Exército Alemão empenhou 2 CH-53 G (S) Sikorsky no HB 12 os quais foram aqui fotografados em Tancos por ocasião de helitransporte de comandos do Exército Português. O CH-53 G dos alemães também foi utilizado em teatros de operações exteriores, nomeadamente no Afeganistão.

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Uma nota final para ficar bem claro que este artigo não pretende ser uma abordagem à totalidade do que se passou nos dois exercícios, nem nos textos nem nas fotos. Bélgica e Áustria enviaram helicópteros (que não fotografamos) e a Suécia e o Reino Unido, observadores.







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