- - https://www.operacional.pt -

TROPAS PÁRA-QUEDISTAS, 25 ANOS NO “JORNAL DO EXÉRCITO”

Em 30DEZ1993 duas cerimónias militares na Base Escola de Tropas Pára-quedistas em Tancos, assinalaram a extinção na Força Aérea do Corpo de Tropas Pára-quedistas, e a criação no Exército dos Comando das Tropas Aerotransportadas e Brigada Aerotransportada Independente. Durante estes 25 anos, da Bósnia logo em 1996 à República Centro Africana neste ano de 2018, os pára-quedistas não têm parado. Aqui fica uma das sínteses possíveis da visibilidade que lhes foi conferida pelo ramo terrestre.

[1]

Nos anos iniciais de permanência no Exército os Pára-quedistas foram especialmente referidos no Jornal do Exército devido à missão na Bósnia e Herzegovina.

Durante este ano de 2019 vamos tentar publicar artigos sobre o que tem sido este quarto de século na vida das tropas pára-quedistas no Exército. Muitas abordagens podem naturalmente ser feitas, mais factuais ou mais opinativas. O assunto apesar dos anos está longe de ser pacífico, certamente nunca o será. Mas aqui vamos a factos!

Neste artigo mostramos o que o órgão oficial de informação e cultura do Exército Português publicou sobre “os pára-quedistas”. Parece-nos uma maneira relativamente simples, mas também com algum detalhe, de começar a percorrer estes 25 anos no ramo terrestre, reveladora da importância que ao longo dos anos foi sendo atribuída a estes “recém-chegados”!

Enquadramento

Depois da decisão política – certamente baseada em conselho militar – anunciada em 1991 pelo Ministro da Defesa Nacional, Fernando Nogueira, de transferir as Tropas Pára-quedistas da Força Aérea para o Exército, iniciou-se então um período de estudos preparatórios da integração no novo ramo. Em 1993 as Leis Orgânicas do Exército e Força Aérea publicadas em Fevereiro desse ano, já o previam expressamente. Depois da referida cerimónia pública em Tancos no dia 30DEZ1993, o Decreto-Lei n.º 27/94 de 5 de Fevereiro, determinou com efeitos a partir de 01JAN1994, a extinção do Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea e a activação do Comando das Tropas Aerotransportadas e da Brigada Aerotransportada Independente no Exército.

A partir de 1994 a designação “pára-quedistas” que vinha da Força Aérea não foi usada no Exército que a substituiu por “aerotransportados”. Esta solução foi parcialmente abandonada em 1999, como abaixo veremos porque isso foi referido no JE, e mais tarde, em 2006, totalmente apagada da terminologia do Exército, com extinção do Comando das Tropas Aerotransportadas e da Brigada Aerotransportada, e a criação da Brigada de Reacção Rápida. Em anos recentes a grafia usada nos documentos oficiais da palavra foi alterada para “paraquedistas”.

[2]

Foto Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa

Jornal do Exército

Em 1994 o “Jornal do Exército” (JE), criado em 1960, era apresentado como “Órgão de Informação, Cultura e Recreio do Exército Português”. Neste Índice comentado apenas se incluem artigos, não se fazendo referência a pequenas notícias que também aparecem especialmente numa secção que se designa “Figuras e Factos”, como visitas a unidades, dias festivos, condecorações, exercícios e outras. Esta secção tem variado ao longo dos anos e a sua dimensão, por exemplo em anos recentes, tem ganho importância e ocupa mais espaço.

Também não estão listados artigos escritos por militares pára-quedistas mas sobre temática não relacionada com estas tropas.

Foram publicadas algumas capas em que nada identifica a imagem nem a respectiva legenda com pára-quedistas, embora o possam ser – por exemplo do GAC/BrigRR ou imagens de viaturas no Afeganistão ou Kosovo – e optamos por não contabilizar estas capas como sendo dedicadas às tropas pára-quedistas.

Para quem não conhece bem estes meandros refiro ainda que o JE, variando isto ao longo de anos, nem sempre tem “repórteres” que executem os artigos desejados pela Direcção, a grande maioria dos textos são escritos voluntariamente por militares ou civis que os colocam à consideração da Direcção do JE para eventual publicação, ou pedidos às unidades, direcções e comandos do Ramo. Por outras palavras, o JE não insere bem o que quer, mas o que é possível em cada momento ou aquilo que o Comando do Exército lhe determina. Quer isto dizer que um ano com poucos artigos dedicados às Tropas Pára-quedistas pode ter sido opção do JE que dedicou a sua atenção a outros assuntos, mas também ao contrário, não ter sido uma opção do JE ou mesmo do Exército, apenas falta de colaboradores interessados em o fazer.

Em 1994 à data da Transferência das Tropas Pára-quedistas, era Chefe do Estado-Maior do Exército o General Octávio Cerqueira Rocha e Director do “Jornal do Exército” o Coronel Tirocinado Manuel Rio de Carvalho.

[3]

Foto Luís Manuel Moura (Agência Lusa)

1994

Logo em Janeiro de 1994 insere o artigo “Tropas Pára-quedistas Portuguesas” do Capitão Miguel Silva Machado, onde se aborda a história desse a fundação até 1993; outro com a alocução do CEME, General Cerqueira Rocha na cerimónia de 30DEZ199; e um artigo “Tropas Aerotransportadas, CTA/BAI” do Comando Operacional das Forças Terrestres onde se referem os antecedentes próximos do processo de transferência e o que estava previsto em termos de missões, estrutura e dispositivo, pessoal, instrução e treino operacional e material.

Em Fevereiro o Coronel Bastos Moreira publica na sua secção dedicada a Monumentos de Evocação Militar, “Monumento às Tropas Pára-quedistas”, sobre o Monumento aos Mortos em Combate que está em Tancos, no actual Regimento de Paraquedistas desde 1968.

Em Junho/Julho o JE especial sobre o Dia do Exército inseria um artigo não assinado sobre a Brigada Aerotransportada Independente.

Em Novembro publica-se um novo artigo não assinado “Congresso de Pára-quedistas em Tancos” sobre o 4.º Congresso da União Europeia de Pára-quedistas que se realizou em Vila Nova da Barquinha.

Em Dezembro o Sargento-ajudante Ventura Cunha “recorta” do Diário da República a legislação relativa ao “Suplemento de Serviço Aerotransportado”, que agora também passa a ser atribuído no Exército.

1995

Em Fevereiro o Sargento-Ajudante Ventura Cunha dedica-se a analisar a questão das “Abreviaturas Militares” devido ao facto das Tropas Pára-quedistas vindas da Força Aérea usarem as que estavam em uso nesse ramo e agora, no Exército se usarem outras e discorre ainda sobre as várias grafias da palavra pára-quedista vs paraquedista e até exemplos estrangeiros.

Em Novembro, pela primeira vez uma capa do JE é dedicada aos Pára-quedistas, trata-se de uma fotografia do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa e está relacionada com o artigo “Precursores Aeroterrestres, os primeiros a saltar” do Capitão Miguel Silva Machado que este número insere.

[4]

Foto Sargento-Chefe Barreto do Centro de Produção de Meios de Apoio à Instrução (actual Centro de Audiovisuais do Exército)

1996

Logo em Janeiro a capa do JE mostra o Presidente da República a proceder à entrega do Estandarte Nacional do 2.º BIAT ao Major-General Ramos Lousada, comandante do CTAT – Foto Luís Manuel Moura, da Agência Lusa – na cerimónia que marcou o início da missão na Bósnia em 1996. Este número tem muitas notícias sobre a missão do 2.º BIAT na Bósnia – inclusive a referente às duas primeiras baixas mortais – artigos alusivos à missão. Um não assinado sobre o “Apoio Logístico às Forças Nacionais de Implementação de PAZ/IFOR”, outro “O Exército Português integra a operação «Firm Endeavour» “ do Capitão Miguel Silva Machado.

Em Fevereiro também a capa mostra militares pára-quedistas, desta vez na Bósnia e Herzegovina, uma fotografia do Sargento-Chefe Barreto do Centro de Produção de Meios de Apoio à Instrução (actual Centro de Audiovisuais do Exército) e um artigo “O 2.º BIAT instala-se na Bósnia e Herzegovina” do Capitão Miguel Silva Machado.

Em Março na capa uma fotografia de um dos elementos da Equipa de Pára-quedismo do Exército, Falcões Negros, da autoria do Primeiro-Sargento Pára-quedista Luís Nogueira.

Em Abril o artigo “Gorazde: um enclave castigado” de João Paulo Marques, aborda a vida nesta região da Bósnia e o papel o batalhão português no terreno.  Um outro artigo mais geral, “Heráldica no Exército” do Major Pedroso da Silva, tem um capítulo dedicado à nova heráldica do Comando das Tropas Aerotransportadas.

Em Maio o artigo “Tropas Aerotransportadas intensificam actividade operacional” do Capitão Miguel Silva Machado dá conta da situação na Bósnia e Herzegovina e incluí também “Primeiro-Ministro na Bósnia” de Eduardo Mascarenhas.

O número de Junho/Julho apresenta na capa um militar do 2.º BIAT na Bósnia, fotografia do Capitão Miguel Silva Machado, o artigo “Presidente da República na Bósnia” do Tenente-Coronel Rodrigues Viana e “Tensão sobre a IEBL” do Capitão Miguel Silva Machado sobre uma operação do 2.º BIAT na Bósnia.

Em Outubro o artigo “Operação Vulcano” do Capitão Nortadas Pereira refere-se a uma operação do 3.º BIAT na Bósnia e Herzegovina.

No JE de Novembro, “Sensibilidade e Bom Senso” do Tenente Mauro Matias refere-se a aspectos da missão dos aerotransportados na Bósnia vistos pela imprensa militar da força multinacional IFOR. Neste número ainda a contracapa é dedicada às Armas do Comando das Tropas Aerotransportadas.

Em Dezembro a contracapa do JE é dedicada às Armas da Escola de Tropas Aerotransportadas.

Por esta altura também já é evidente a presença de fotografias de militares “aerotransportados” nas páginas do JE nos mais diversos artigos. As missões na Bósnia tinham permitido a recolha de muitas fotos não só pelo CPMAI que enviou uma equipa ao terreno logo nos momentos iniciais – e outras mais tarde – como militares envolvidos nas operações cediam fotos aos JE. 

[5]

Foto do Primeiro-Sargento Luís Nogueira.

1997

Em Janeiro o assunto Bósnia ainda continuava a ter grande impacto no JE. “Já tenho saudades do Bom Dia Bósnia”, uma entrevista com Adelino Gomes que era Director de Informação da Radio Difusão Portuguesa, lembrava esses tempos com os batalhões de paraquedistas na missão IFOR entre Janeiro e Dezembro de 1996.

O JE de Fevereiro insere na capa uma foto do Presidente da República, Jorge Sampaio, a condecorar o Estandarte Nacional da Brigada Aerotransportada Independente – imagem do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa – e esta edição inclui um suplemento dedicado a esta distinção realçando o papel dos 2.º e 3.º BIAT’s e de alguns pára-quedistas que na mesma ocasião foram condecorados, além da alocução do CEME; “Bósnia 96, a informação Pública na IFOR” (Parte I) do Capitão Miguel Silva Machado aborda o relacionamento do 2.ºBIAT com a comunicação social nos primeiros 7 meses de missão na Bósnia.

Em Março é publicada a segunda parte do artigo “Bósnia 96, a informação Pública na IFOR”, do Capitão Miguel Silva Machado e a contracapa do jornal apresenta as Armas da Brigada Aerotransportada Independente.

Em Abril de 1997 toma posse como Chefe o Estado-Maior do Exército o General Gabriel Augusto do Espírito Santo. O Coronel Tirocinado Manuel Rio de Carvalho mantém-se como Director do Jornal do Exército.

Em Maio, “Não há fronteiras para um Gesto Solidário” de João Paulo Marques aborda a assistência humanitária na Bósnia facilitada pelo 3.ºBIAT e entrevista a jornalista Ana Rodrigues da Rádio Renascença sobre o mesmo assunto. A contracapa apresenta as Armas da Área Militar de S. Jacinto.

Em Agosto nova capa com um pára-quedista, um Saltador Operacional Grande Altitude, fotografia do Primeiro-Sargento Jorge Rocha. Esta edição insere o artigo “O serviço veterinário na IFOR / Bósnia-Herzegovina” da Capitã Cristina Falcão que aborda o seu trabalho nesta missão em 1996 com o 2.ºBIAT e o DAS.

Em Setembro novo pára-quedista na capa, desta vez um boina verde na Bósnia – Sentinela e Rogatica – fotografia do Cabo-Adjunto Rina. 

A capa do JE de Novembro é uma fotografia de Panhard M11 do Esquadrão de Reconhecimento da BAI, da autoria do 1.º Cabo Fernandes Lopes.

[6]

Foto do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa

1998

A edição de Janeiro publica uma foto de uma patrulha na neve, com um primeiro-sargento pára-quedista em destaque – patrulhas Luso-italianas – do Cabo-Adjunto Rina. 

Em 19 de Março de 1998 toma posse como Chefe do Estado-Maior do Exército o General Martins Barrento. O Coronel Tirocinado Manuel Rio de Carvalho mantém-se com Director do Jornal do Exército.

Em Outubro é publicada uma entrevista com o Comandante do 1.º BIAT, o Tenente-Coronel Pára-quedista Joaquim Cuba sobre a sua missão na Bósnia.

Foto do Cabo-Adjunto Rina

1999

Em Maio a capa apresenta uma fotografia de um Bloco de Estandartes Nacionais no qual aparece em primeiro plano um oficial pára-quedista, uma imagem captada pelo Cadete-Aluno Pedro Ferreira.

Em Junho o artigo “Simbologia do Exército Português na Bósnia” do Capitão Miguel Silva Machado aborda a heráldica das primeiras unidades do Exército a servir na Bósnia e nomeadamente os batalhões da BAI.

Na capa de Julho um pára-quedista dos “Falcões Negros” prepara a aterragem numa cerimónia no Parque das Nações em Lisboa, uma foto de Luís Chaves do CAVE. O artigo “Moliço 992”, sem autor referido, mostra a presença do Presidente da República nesta actividade de preparação do 2.º BIAT para nova missão na Bósnia. “Falcões Negros no Brasil” do Capitão Bragança Moutinho aborda uma actividade desta equipa de pára-quedismo do Exército em S. Salvador da Baía por ocasião das comemorações dos 450 anos da cidade. A contracapa do JE apresenta as Armas do Agrupamento Bravo da BAI destinado à KFOR/Kosovo.

Em Outubro o artigo “Tropas Aerotransportadas” do Sargento-Ajudante Ventura Cunha aborda questões linguísticas relativas à palavra “pára-quedista” decorrentes da alteração verificada no Exército em Agosto de 1999, com o abandono da designação “aerotransportado” em alguns aspectos da organização da BAI. É também neste número que se divulga o Despacho do CEME relativo à “designação da qualificação em Pára-quedismo Militar e dos Batalhões de Infantaria da BAI”.

O número de Dezembro inclui o artigo “FND nos teatros de operações internacionais” do Major Mendes dos Prazeres, no qual se abordam várias missões na Bósnia e Kosovo com destaque para as unidades da BAI. O artigo “2.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, Assuntos Civis no TO da B-H”, do Capitão Vicente Pereira, aborda esta temática durante a missão SFORII da NATO.

Por esta altura continuavam as pequenas noticias – não referidas neste artigo – de operações no exterior, exercícios em Portugal e outras actividades das tropas pára-quedistas.

[7]

Foto de Luís Chaves do Centro de Audiovisuais do Exército

 2000

Em Março o artigo “Exército Marcha para Timor” da Divisão de Informações Militares do Estado-Maior do Exército, refere a situação no território e composição e organização na força portuguesa com destaque para a sua principal componente o 1.º BIPara. 

O JE de Maio insere na capa uma foto de militares pára-quedistas em Timor-Leste, imagem de Luís Chaves do CAVE. O artigo “O Exército em Timor-Leste” do Capitão Miguel Silva Machado é uma reportagem sobre todas as forças portuguesas nessa altura em Timor, com destaque para o 1.º BIPara.   

Em Junho no artigo sobre o “IV Concurso de Fotografia do JE” é publicada a foto “Preparativos” do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa com um pára-quedista a equipar-se para um salto táctico.

Este número de Junho foi o último sob a direcção do Coronel Tirocinado Manuel Rio de Carvalho, sendo substituído pelo Coronel Manuel Teixeira de Góis.

O número de Julho insere o artigo “Agrupamento Bravo/Brigada Aerotransportada Independente/KFOR”, da BAI, que se refere à primeira missão no Kosovo por uma força da BAI que não era inteiramente paraquedista. O “Informação Pública em Timor-Leste” do Capitão Miguel Silva Machado aborda esta problemática com o 1.º BIPara e as outras componentes da FND portuguesa no início da missão em Timor-Leste.

Em Dezembro de 2000, “Apto para todo o serviço” é uma entrevista com o Gil Matias antigo militar do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas n.º 32 que combateu no Ultramar em que fala das suas experiências na guerra em Moçambique.

 2001

Em Janeiro é publicada a primeira parte do artigo “O Exército e a Imprensa “dos Capitão Miguel Silva Machado e Tenente Sónia Carvalho que além dos aspectos teóricos e doutrinários se baseava muito nas experiências do início da missão dos pára-quedistas na Bósnia e em Timor-Leste. 

Em Março de 2001 toma posse como Chefe do Estado-Maior do Exército o General José Manuel Silva Viegas. O Coronel Manuel Teixeira de Góis mantém-se como Director do Jornal do Exercito.

Em Dezembro é publicado o artigo “Os Precursores Aeroterrestres e o Novo Ambiente Operacional” do Tenente-Coronel José Correia abordava a actualidade desta especialização nos pára-quedistas e até o seu emprego com a esperada Aviação ligeira do Exército.

Foto de Luís Chaves do Centro de Audiovisuais do Exército

2002

Em Março o artigo “Forças Especiais em Portugal, chegou a hora do trabalho conjunto e da interoperabilidade?” do Capitão Miguel Silva Machado, definia-se as forças especiais e as forças de operações especiais e as possibilidades de cooperação.

Em Abril, parte da capa e a contracapa ilustrava militares pára-quedistas da BAI e SOGA’sm fotos do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa, num arranjo gráfico de Inês Galvão.

A edição de Julho insere o artigo “Missões de Apoio à Paz, Forças Nacionais Destacadas” do Major Miguel Silva Machado em que se listam todas as FND’s até essa data projectadas, datas em que as missões foram cumpridas, efectivos e os nomes dos comandantes.

[8]

Foto do Major Miguel Silva Machado

2003

Em Fevereiro capa e contracapa são ocupadas pelos SOGA’s, foto do Major Miguel Silva Machado, e é também publicado o artigo “SOGAS, Saltadores Operacionais a Grande Altitude” também do mesmo autor.

Em Março o artigo “Cooperação Militar Portugal – Tunísia” do Major Miguel Silva Machado e fotografias do Capitão Marçal de Sousa, descreve um treino cruzado na Tunísia de pára-quedistas portugueses e tunisinos.

Na edição de Abril no artigo “Pára-quedista ou Paraquedista?” o Sargento-Ajudante Ventura Cunha volta ao tema que já anteriormente havia abordado.

Em Junho o artigo “Uma questão de boinas” do Major Miguel Silva Machado referem-se as diferentes boinas em uso no Exército e opina-se sobre o que se devia observar sobre o uso das boinas, nomeadamente quem poderia usar a boina verde caçador paraquedista.

Em 6 de Agosto de 2003 toma posse como Chefe do Estado-Maior do Exército o General Luís Vasco Valença Pinto. O Coronel Manuel Teixeira de Góis mantém-se como Director do Jornal do Exercito.

Em Outubro é publicado o artigo “Tropas Pára-quedistas uma década no Exército” do Tenente-Coronel Miguel Silva Machado, no qual se abordam os aspectos relativos à Organização, Pessoal, Armamento e Equipamento e Actividade Operacional.

[9]

Foto do Arquivo Miguel Silva Machado & António Sucena do Carmo

2004

Janeiro começa com uma capa alusiva a um exercício do Esquadrão de Reconhecimento da BAI, fotografia do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa, e insere o artigo “Guadiana 031” – actividade de treino de grande envergadura com meios da BAI, Força Aérea Portuguesa, Guarda Nacional Republicana, meios aéreos e pára-quedistas italianos, pára-quedistas espanhóis e meios aéreos de asa rotativa do Exército Espanhol, tendo também a finalidade de certificar o 3.ºBIPara para uma missão na SFOR. Uma separata ao JE foi dedicada à cerimónia de entrega dos Estandartes Nacionais a duas unidades do Exército para missões expedicionárias, uma delas o 3.º BIPara.

A edição de Outubro inclui o artigo “A Mulher Portuguesa e a Conquista do Ar” do Coronel Luís Martinho Grão que fala das primeiras pára-quedistas portuguesas.

[10]

Foto do Sargento-Ajudante Sousa do Instituto Geográfico do Exército

2005

O número de Janeiro inclui um artigo sobre o Coronel Pára-quedista Nuno Mira Vaz e a sua obra literária.

Em Agosto/Setembro a capa reproduz uma foto de um pára-quedista militar português no “Curso de Espanha” em 1955, imagem do Arquivo Miguel Machado & António Carmo, a contra-capa uma imagem do Monumento aos Mortos em Combate em Tancos, fotografia de Miguel Silva Machado e composição de Mauro Matias, e este JE insere o artigo “Valladolid 2005” do Major Rodrigues Henriques sobre um exercício de queda-livre operacional em Espanha e o “Cinquentenário do Pára-quedismo Militar em Portugal” do Tenente-Coronel Miguel Silva Machado.

Em Novembro uma separata do JE inclui reportagem no Kosovo pelo Tenente-Coronel Alberto Braz onde aborda a missão do 3.º BIPara e da unidade que o foi render, e um pequeno apontamento sobre o Tenente-Coronel Capelão Pára-quedista César Fernandes que esteve em mais esta missão.

Em Dezembro é publicada uma entrevista com o Tenente-Coronel Carlos Sobreira comandante do 3.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista que havia estado em missão no Kosovo, pelo Tenente-Coronel Alberto Braz do Jornal do Exército.

[11]

Foto do Primeiro-Sargento Anjos das Neves.

2006

A edição de Julho inclui uma foto-reportagem da autoria da Alferes Ana Dias sobre a visita do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ao Exército, a qual se realizou em Tancos no ainda designado Comando das Tropas Aerotransportadas e Grupo de Aviação Ligeira do Exército, para apresentação da recém-criada Brigada de Reação Rápida.

Em 18 de Dezembro de 2006 toma posse como Chefe do Estado-Maior do Exército o General José Luís Pinto Ramalho. O Coronel Manuel Teixeira de Góis mantém-se como Director do Jornal do Exercito.

[12]

Foto 5.º Contingente Nacional Afeganistão / ISAF

2007

A edição de Março insere o artigo “Elevando Portugal” do Tenente Henrique Montenegro que relata uma operação da QRF portuguesa no Afeganistão, que nessa data assentava na 11.ª Companhia de Pára-quedistas do 1.º BIPara.

Em Abril o artigo “Assistência Sanitária Militar no Afeganistão” dos 1.ºs Sargentos Carlos Delgado e Manuel Silva, que abordam esta temática durante a missão do 1.º BIPara naquele teatro de operações.

Em Maio o Coronel Manuel Teixeira de Góis foi substituído pelo Coronel José Custódio Madaleno Geraldo como Director do Jornal do Exército.

A capa do JE em Junho mostra Tropas Pára-quedistas a desfiar no 10 de Junho, uma fotografia do Sargento-Ajudante Sousa do Instituto Geográfico do Exército.

O número de Agosto/Setembro insere o artigo “Tradição e Inovação” do Tenente-Coronel Miguel Silva Machado, acerca das tradições militares das tropas pára-quedistas e com reportagem numa cerimónia militar no Regimento de Infantaria n.º 10, em S. Jacinto, unidade pára-quedista da Brigada de Reação Rápida.

Em Outubro uma reportagem do JE “Partida e Chegada de militares portugueses de Cabul” da Tenente Rita Carvalho, entrevista militares pára-quedistas da 22.ª Companhia de Pára-quedistas que partiam para o Afeganistão em 27AGO2007. Na mesma edição o artigo “Dragões de Olivença, 300 anos de conduta brilhante na guerra” dos Tenentes Moreira e Rita Carvalho, abordam a história e actualidade do RC 3 unidade que tinha o encargo operacional do Esquadrão de Reconhecimento da Brigada de Reação Rápida, nessa altura maioritariamente composto por militares pára-quedistas.

A edição de Novembro insere o artigo “Dia da Brigada de Reação Rápida”, da autoria da Tenente Rita Carvalho.

[13]

Foto sem referência ao autor

2008

Neste ano nenhum artigo sobre os pára-quedistas foi publicado. Apenas surgiram aqui e ali fotografias e referências em artigos sobre exercícios conjuntos ou visitas a unidades e cerimónia militares.

2009

Em Março o artigo “Cinotecnia Militar actualidade e Futuro” do Capitão Pedro Brites aborda esta problemática no Exército e também nos pára-quedistas,

2010

A capa de Novembro mostra um pára-quedista a aterrar nas cerimónias do Dia do Exército em Castelo Branco, fotografia do Primeiro-Sargento Anjos das Neves.

2011

A edição de Janeiro inclui um artigo sobre o livro do Coronel Pára-quedista Moura Calheiros, “A última Missão” – relativa a acontecimentos com as tropas pára-quedistas na Guerra do Ultramar – da autoria do Tenente-coronel João Pinto Bessa.

O JE de Dezembro inclui o artigo “Enfermeiras Pára-quedistas da Força Aérea Portuguesa, A singularidade de uma Experiência” de Helena Carreiras.

Em 19 de Dezembro de 2011 toma posse como Chefe do Estado-Maior do Exército o General Artur Neves Pina Monteiro. O Coronel José Madaleno Geraldo mantém-se como Director do Jornal do Exercito.

[14]

Foto Centro de Audiovisuais do Exército

2012

A capa do JE de Dezembro mostra o Tenente-General Carlos Jerónimo, comandante do Comando das Forças Terrestres, militar pára-quedista, a entregar o Estandarte Nacional ao comandante do 5.º Contingente Nacional no Afeganistão, em Cabul.

2013

A capa da edição de Março mostra viaturas M-11 do ERec/BrigRR durante o Exercício “Pristina 131” de preparação do 2.º BIPara para missão no Kosovo, numa fotografia da BrigRR. O artigo “Real Thaw 2013” da BrigRR dá grande destaque à participação dos pára-quedistas neste exercício da Força Aérea Portuguesa.

A recente secção do JE “…mais que mil palavras” – uma foto a duas páginas com legenda – na edição de Maio/Junho mostra militares do 2.º BIPara durante o exercício “Pristina 131”.

A edição de Agosto/Setembro, na secção “…mais que mil palavras” insere uma foto do 2.º BIPAra em exercícios no Kosovo e também o artigo “Um dia em operações na KFOR”, do Tenente Gil Rocha sobre a actividade do 2.ºBIPara no Kosovo.

A capa do JE de Novembro mostra o Balão do Exército, operado pela Escola de Tropas Pára-quedistas, durante as cerimónias do Dia do Exército em Lamego, uma foto da Alferes Filipa Domingos

A secção “…mais que mil palavras” na edição de Dezembro insere uma foto de uma equipa cinófila das tropas pára-quedistas.

[15]

Foto do Capitão Miguel Silva Machado

2014

Em 18 de Fevereiro de 2014 toma posse como Chefe do Estado-Maior do Exército o General Carlos António Corbal Hernandez Jerónimo. O Coronel José Madaleno Geraldo mantém-se como Director do Jornal do Exercito.

A capa do JE de Fevereiro/Março mostra a chegada ao EME do novo CEME, oficial general oriundo das Tropas Pára-quedistas.

A secção “…mais que mil palavras” na edição de Abril insere a foto de Destacamento SOGA a saltar pela rampa de um C-130.

A secção “…mais que mil palavras” na edição de Julho insere uma fotografia do interior de um C-130 nos momentos que antecedem um salto táctico em automático, com os pára-quedistas armados e equipados para combate. Na mesma edição publica o artigo “Zeus 14, o 1.º Batalhão Pára-quedista em preparação para o Kosovo”, originalmente publicado no sítio www.operacional.pt [16]

2015 

A capa da edição de Janeiro mostra o Coronel Nuno Cardoso, pára-quedista e último comandante das FND’s no Afeganistão – Portugal tinha reduzido drasticamente a participação na ISAF no ano anterior – a proceder à entrega do Estandarte Nacional da 8.ª FND ao CEMGFA.

A secção “…mais que mil palavras” na edição de Fevereiro insere uma fotografia do Balão do Exército, operado pela Escola de Tropas Pára-quedistas, no 18.º Festival de Balões de Ar Quente, organizado pela Escola de Balonismo Alentejo sem Fronteiras. Uma foto do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa.

A secção “…mais que mil palavras” na edição de Março insere uma foto de equipas cinófilas da Escola de Tropas Pára-quedistas depois de um salto em pára-quedas, uma foto do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa

A secção “…mais que mil palavras” na edição de Abril insere uma foto de um lançamento de pára-quedistas com o novo pára-quedas automático “Spekon RS 2000”, foto do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa

A edição de Maio insere o artigo “Artilharia Portuguesa na NATO Response Force” do mesmo Tenente-Coronel (reserva) Miguel Silva Machado / www.operacional.pt [16] e a capa mostra um Obus L-119 do GAC/BRigRR embora nada os identifique como pára-quedistas.

A capa do JE em Junho/Julho mostra um pára-quedista dos Falcões Negros a aterrar em Lamego durante as cerimónias do Dia de Portugal, fotografia do Centro de Audiovisuais do Exército. Inclui ainda o artigo “Centauro 15” sobre este exercício do EREC/BrigRR texto do RC 3 e “1.º BIPara na KFOR, Missão Cumprida” do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista.

[17]

Foto do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa

2016

A edição de Fevereiro inclui o artigo “1.ª Volta a Portugal em bicicleta da BrigRR”, texto e fotos desta brigada, sendo esta uma actividade que percorreu as unidades da brigada pelo país.

Em 15 de Abril de 2016 toma posse como Chefe do Estado-Maior do Exército o General Frederico José Rovisco Duarte. O Coronel José Madaleno Geraldo mantém-se como Director do Jornal do Exercito.

A edição de Maio publica na capa uma fotografia de 1996, uma Chaimite do 2.º Batalhão de Infantaria Aerotransportado na Bósnia e Herzegovina, da autoria do Tenente-Coronel (Reforma) Miguel Silva Machado e inclui, do mesmo autor o artigo “Bósnia 1996, Memórias de uma missão, 20 anos depois”.

Em Junho o Jornal do Exército tem um novo director, o Coronel José Madaleno Geraldo tinha abandonado deixado este cargo em Abril e sido substituído “em suplência” pelo Tenente-Coronel Fernando da Silva Rita e agora, em Junho, o novo director é o Coronel António Nuno reis Carrapatoso Marco de Andrade, que se mantém até à actualidade. 

A edição de Julho tem na capa uma imagem de 3 pára-quedistas a executar um relativo de calotes, fotografia do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa. A revista inclui o artigo “Paraquedistas militares, 60 anos a servir Portugal” do Primeiro-Sargento Anjos das Neves.

A capa do JE de Agosto/Setembro um Obus L-119 do GAC/BRigRR, foto do Tenente-Coronel (Reforma) Miguel Silva Machado embora nada os identifique como pára-quedistas,

A capa da edição de Outubro mostra pára-quedistas portugueses no decorrer de um operação no Afeganistão, fotografia de Jacinto Silva/www.operacional.pt embora também nada os identifique como pára-quedistas.

Em Dezembro o JE publica o artigo “Tactical Reserve Manoeuvre Battalion (KTM), 2.º Batalhão de Infantaria Paraquedista, texto do 2.º BIPara que estava a cumprir uma missão no Kosovo. Este número inclui ainda o artigo “Challenge Inter École de Parachutisme 2016”, texto do Regimento de Paraquedistas, alusivo à realização em Portugal desta competição entre Escolas de Paraquedistas.

[18]

Foto da Alferes Filipa Domingos

2017

A edição de Fevereiro insere o artigo “Combat Camera com o 2.º Batalhão de Paraquedistas” do Dr. Bryan Ferreira, no qual se relata a actividade deste batalhão na KFOR. O título pode confundir – os “combat camera” na realidade são profissionais ao serviço das Forças Armadas – o que não é o caso, trata-se de um colaborador civil do JE.A capa da revista mostra uma coluna militar deste batalhão no Kosovo embora nada os identifique como pára-quedistas.

O JE de Abril insere o artigo “Cães Militares no RL 2 e RPara” do Técnico Superior João Moreira Tavares.

A edição de Junho publica um Testemunho do Primeiro-Sargento Paraquedista João Jesus na sua qualidade de “Largador Paraquedista”.

A capa do JE de Julho/Agosto mostra militares americanos e paraquedistas portugueses durante o Exercício Orion, uma foto do Dr. Bryan Ferreira e o artigo “Exercício Orion 17” do Estado-Maior do Comando das Forças Terrestres, que relata aspectos deste exercício com forte componente aeroterrestre.

O JE de Dezembro publica o artigo “Utilização de Cães Militares no Ultramar” da Tenente-Coronel Isabel Gabriel onde se aborda muito a experiência de um oficial paraquedista nesta área, embora com opiniões muito discutíveis.

2018

No número de Abril o Testemunho do Sargento-Chefe Paraquedista Modesto, recolhido pelo Sargento-Ajudante Anjos das Neves, relata a sua experiência como Técnico Dobrador de Paraquedas.

A edição de Junho publica o artigo “A Manutenção no Teatro de Operações da RCA” da 3.ª FND/MINUSCA, assente no 1.º Batalhão de Infantaria Paraquedista.

O número de Setembro, o último que avaliamos inclui na secção “…mais que mil palavras” uma foto do Sargento-Mor Alfredo Serrano Rosa sobre um lançamento de paraquedistas em automático no exercício “Trident Juncture”. 

Concluindo

O JE é o rosto de Exército, tem distribuição alargada por todas as unidades do Exército, muitas outras entidades das Forças Armadas Portuguesas, Forças Nacionais Destacadas, países onde funciona a Cooperação Técnico-Militar, Embaixadas, Assinantes e ainda por muitas entidades civis um pouco por todo o país. Está também disponível online nos sítios do Exército e da Rede de Bibliotecas da Defesa Nacional. É assim um OCS militar com tiragem em suporte papel – 4.000 exemplares, muito bom para os tempos que correm – e acesso via internet, daqui a capacidade de chegar a milhares de leitores, sobretudo em Portugal e nos países de língua portuguesa mas também às nossas comunidades em outros países. 

Terminamos a ronda por estes 25 anos na edição de Outubro de 2018 e podemos concluir que o JE, deu atenção algo irregular às Tropas Pára-quedistas, oscilando entre o muito e o muito pouco!

Se inicialmente o facto de serem um corpo novo no Exército e prioridade do CEME (nesses tempos) deu origem alguns artigos, depois só em 1996, com a missão na Bósnia e Herzegovina, a sua visibilidade no JE subiu exponencialmente e atingiu o seu ponto mais alto neste quarto de século: foram 4 capas e 11 artigos, além de muitas notícias.

O gráfico conjugado com o texto deste artigo dispensa muitos comentários, cada um fará a sua avaliação, mas não deixamos de verificar que neste último ano de 2018, havendo grande actividade operacional dos pára-quedistas na República Centro Africana, tal não tem tido no JE expressão de relevo – que devia – quer nas Capas, quer em termos de artigos quer até nas fotos “mais de mil palavras…”, mesmo que a missão tenha sido frequentemente noticiada em pequenas notícias.