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REVISTA “BOINA VERDE”

Acaba de ser publicado o n.º 230 do “Boina Verde”, Revista de Informação das Tropas Pára-quedistas, edição da Escola de Tropas Pára-quedistas, unidade da Brigada de Reacção Rápida do Exército Português.1-bv-capa
Este número que agora nos chega às mãos representa uma alteração de vulto em relação aos anteriores, sobretudo pelo seu renovado e melhorado aspecto gráfico. O “Boina Verde” deu sem dúvida nesta edição um salto em frente, apresentando uma paginação moderna, muito agradável de ver, com conteúdos interessantes e úteis para quem se interessa pelo momento presente e pela história das Tropas Pára-quedistas Portuguesas. Está aqui bem balanceado o peso da actualidade e da história e ambos apresentados de modo legível e atraente.
Quem escreve estas linhas pode ser considerado “suspeito” destas opiniões, uma vez que foi no “Boina Verde”, que pela primeira vez – em Set/Dez 1989 – escreveu numa revista militar. No entanto também posso afirmar que a revista tem tido, ao longo da sua história, altos e baixos, emergindo este número aliás de um desses períodos menos bons em que alterações introduzidas teimavam em não dar os resultados que se desejavam.
Assim sendo, nas imagens abaixo, podem os leitores do “Operacional” ver não só a ficha técnica e o Índice deste número como avaliar por si da justeza, ou não, destas afirmações!
Deixamos também algumas linhas sobre o que foi a história desta revista, a qual tem acompanhado os pára-quedistas desde os tempos da guerra em África. Ontem como hoje o “Boina Verde” muito contribui para a informação interna das unidades pára-quedistas, para a difusão das suas actividades e história no seio da Força Armadas Portuguesas e assegura uma ligação que “teima” em permanecer viva, entre todos os que um dia conquistaram e usaram a boina verde, estejam hoje no serviço activo ou fora dele.
Muitas foram publicações dos pára-quedistas desde o “Asa Branca” e o “Salta” nos anos 50, aos publicados em África nos anos da guerra, como o “Kit-bag” e o “Ventral”, ou os dos anos 80 como “O Moliceiro”, ou na década seguinte, o caso de “O Chapim”, ambos publicados em S. Jacinto. Ou mesmo os já deste século como “O Templário”, editado na Bósnia-Herzegovina pelo 1ºBIPara, o PORBATT pelo 2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista em Timor-Leste, editados no âmbito das missões de apoio
à paz.
O “Boina Verde” boletim do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas n.º 21, em formato e papel de jornal, nasceu em Angola em Agosto de 1965. Tal foi o seu sucesso entre todos os “boinas verdes” portugueses, na altura espalhados por três teatros de operações distantes, que de todas as unidades chegavam à redacção do boletim artigos para publicação e manifestações de apreço. Assim, mais tarde, mantendo-se no BCP 21 passou a “jornal dos pára-quedistas”, até que, já no pós-25 de Abril de 1974, interrompeu a publicação, vítima da instabilidade que atingiu a organização pára-quedista.
Voltaria à vida com o mesmo nome, mas agora em formato revista (A4), a cores e publicação trimestral. A revista de informação do Corpo de Tropas Pára-quedistas (CTP), “Boina Verde”, iniciou a sua publicação com um n.º especial em Setembro de 1981. Tratava-se, como referia o comandante do CTP, Brigadeiro Pára-quedista Heitor Hamilton Almendra, em jeito de editorial, do relançar de uma publicação que “factores estranhos à nossa vontade impuseram a interrupção“. Propunha-se o Brigadeiro Almendra lançar “definitivamente com a indispensável regularidade, 4 vezes por ano, a partir de 1982… …que o “Boina Verde” seja um elo de ligação permanente entre todos os páras“.
Dez anos passados, em 1992, estes objectivos são reforçados através de uma directiva do então comandante do CTP, Brigadeiro Pára-quedista José Agostinho de Melo Ferreira Pinto, que publicou o seu “Estatuto Editorial”, com objectivos, público a atingir e normas sobre artigos de opinião.
Com a transferência das Tropas Pára-quedistas da Força Aérea para o Exército em 1994, o “Boina Verde” manteve-se, agora como órgão de informação do Comando das Tropas Aerotransportadas.

Tendo sido lançado numa época em que apenas os ramos das Forças Armadas dispunham de revistas deste tipo, o “Boina Verde” fez e faz hoje parte do cada vez maior número de publicações da chamada “imprensa militar”.

Na sequência da chamada “Transformação” do Exército e a extinção do CTAT, foi criada a Brigada de Reacção Rápida que passou a integrar unidades “não pára-quedistas”. Assim sendo, faz sentido que a partir de 2007 o “Boina Verde” tenha passado a ser publicado pela Escola de Tropas Pára-quedistas, dando contudo notícias referentes a todas as unidades que integrem este tipo de tropas bem assim como as suas associações, parte que se quer importante no processo de angariação de voluntários.

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