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PRIMEIRA MISSÃO NA NATO PARA A GNR – AFEGANISTÃO

Depois de anunciada publicamente no decurso da Cimeira da NATO em Novembro de 2010, pelo Ministro da Defesa Nacional, foi agora oficializada através de uma resolução do Conselho de Ministros publicada em Diário da República, a primeira participação de efectivos da GNR numa operação da NATO: ISAF – Afeganistão.

Do Iraque a Timor-Leste passando pela Bósnia a GNR em demostrando grande profissionalismo e capacidade de adaptação às diferentes missões atribuídas. [1]

Do Iraque a Timor-Leste passando pela Bósnia, a GNR em demonstrando grande profissionalismo e capacidade de adaptação às diferentes missões atribuídas.

A missão deverá iniciar-se “…a partir de Março de 2011…” com Portugal a “...reforçar a participação nacional na missão da NATO no Afeganistão, designadamente através da participação da Guarda Nacional Republicana (GNR) na NATO Training Mission – Afghanistan (NTM -A), enquadrada no âmbito da ISAF – International Security Assistance Force. Assim, a participação da GNR realizar-se-á mediante a projecção de 15 militares para o Wardak National Police Training Centre, sob a coordenação funcional da Força de Gendarmerie Europeia – EUROGENDFOR – e integrada no contingente militar nacional…“.
Como tem sido recorrente nestas missões não previstas e uma vez que em Portugal não há muito o hábito de manter unidades prontas – em pessoal em material – para este tipo de intervenções (e para as missões na ISAF as Forças Armadas Portuguesas até já recorreram mais do que uma vez a material alugado/emprestado por países amigos), a GNR está autorizada “…a realizar as despesas inerentes aos procedimentos de formação do contrato para a aquisição dos bens e serviços necessários para constituição, projecção e manutenção do efectivo a destacar para o Afeganistão, no âmbito da NTM -A, até ao montante de € 500 000, com o limite global anual de € 1 500 000…“.

Note-se que ao contrário do que se passou com a intervenção no Iraque em que a força da GNR ficou na dependência do MAI e do seu Comando-Geral, sem qualquer ligação ao Estado-Maior General das Forças Armadas, neste caso – como aliás já se passava por exemplo em relação à força da Guarda que esteve na missão da União Europeia na Bósnia – cabe ao EMGFA a coordenação da actividade de mais esta componente das Forças Nacionais Destacadas. Também ao contrário do que se passou no Iraque em quem os militares da GNR tinham um suplemento pecuniário superior ao atribuído aos militares das Forças Armadas, aqui regem-se pela mesma legislação.

A GNR que tem no seu passado recente uma participação apreciável em diversas missões internacionais, não tanto em número dos efectivos empenhados mas nas características dos teatros de operações principais onde actuaram e pelo profissionalismo e versatilidade sempre demonstrados – de Angola ao Iraque e de Timor-Leste à Bósnia-Herzegovina – vai assim encetar mais um capítulo na sua história, agora as missões NATO.

Boa Missão são os votos do “Operacional”!

Quer ler a Resolução do Conselho de Ministros? Clique aqui! [2]