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GRUPO MILÍCIA, 20 ANOS DE ACTIVIDADE

Por • 3 Jul , 2014 • Categoria: 02. OPINIÃO, EM DESTAQUE Print Print

Nascida em 1994 a firma MILÍCIA evoluiu até um Grupo de 5 empresas, propondo uma vasta gama de soluções adequadas às necessidades das Forças Armadas e das Forças e Serviços de Segurança de vários países. Num ambiente económico muito difícil em Portugal, com o desemprego a não dar tréguas, o Grupo MILÍCIA continua a contratar pessoal e tem vindo a aumentar ligeiramente quer o número de funcionários permanentes quer os temporários.

Kosovo 2007. O militar na imagem usa um colete táctico concebido numa parceria da Milícia com o Exército Português, estando ao serviço há mais de uma década.

Kosovo 2007. O militar na imagem usa um colete táctico concebido numa parceria da Milícia com o Exército Português, estando ao serviço há mais de uma década.

Nota prévia: O Grupo MILÍCIA é o principal patrocinador do “Operacional” quase desde a sua fundação. Assinalando-se este ano o 20.º aniversário do início da sua vida empresarial, parece-nos de inteira justiça dar a conhecer aos nossos leitores, em parceria com a revista brasileira “Segurança & Defesa” na qual este artigo foi originalmente publicado, o percurso da Milícia, uma firma que, como veremos, também tem contribuído para a melhoria possível dos equipamentos e fardamentos que muitos servidores da causa pública em Portugal nos últimos 20 anos.

Consolidação em Portugal

A MILÍCIA foi fundada na “capital” do Norte de Portugal, a cidade do Porto, como uma pequena empresa que bem conhecia as lacunas existentes no equipamento individual dos militares portugueses. Quase que pessoa a pessoa resolvia essas limitações, fornecendo-lhes artigos de qualidade superior aos existentes, adquiridos nos melhores fabricantes internacionais. António Regedor Amaro, o fundador da empresa, foi ele próprio militar pára-quedista, andava no terreno, sentiu as dificuldades dos seus camaradas e fez deste conhecimento da realidade a ideia do negócio.

O advento da participação do Exército Português nas missões de apoio à paz com grandes efectivos em 1996, primeiro na Bósnia, depois no Kosovo e em Timor-Leste, evidenciou claramente não só as carências individuais, mas as de maior escala, e a MILÍCIA já estava apta a propor soluções que fossem ao encontro daquilo que as missões internacionais exigiam. A empresa torna-se no principal fornecedor de determinados artigos de equipamento (por exemplo, coletes tácticos especialmente concebidos, quer para as unidades expedicionárias, quer para as operações especiais, botas de campanha com goretex incorporado, sacos de cama para climas frios, protecções balísticas e muitos outros), parte do qual passa a moldar mesmo a imagem do soldado português nessas missões. Ainda hoje, duas décadas passadas, o colete táctico desenvolvido pela Milícia, bem assim como um específico para as Operações Especiais, são os que o Exército Português usa na generalidade das missões.

Coletes concebidos pela Milícia em parceria com as Operações Especiais do Exército Português. Actualmente algumas outras unidades também o utilizam.

Coletes tácticos para as Operações Especiais do Exército concebidos pela Milícia em parceria com esta unidade. Na esquerda foto de 2001. Actualmente algumas outras unidades também o utilizam, como o militar à direita no Regimento de Transportes em 2013.

O GIPS da GNR foi fardado pela Milícia que forneceu também algum equipamento individual.

O GIPS da GNR foi fardado pela Milícia que forneceu também algum equipamento individual.

Seguiram-se os fornecimentos às Forças de Segurança, como a Guarda Nacional Republicana, que na MILÍCIA adquire por exemplo todo o fardamento para a sua nova unidade, o GIPS (Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro), ou muito equipamento e fardamento para as suas unidades que intervêm no conflito do Iraque e em Timor-Leste, e também à Policia de Segurança Pública, Guarda Prisional, Policia Marítima, Emergência Médica, Protecção Civil e outros ainda de menor dimensão.

Dos pequenos itens de equipamento e algumas peças de fardamento, a MILÍCIA passa a fornecer toda a gama de artigos dedicados à Defesa e Segurança que se possa imaginar, das protecções balísticas, aos emblemas, das tendas de campanha, aos dispositivos de visão nocturna, dos sistemas de hidratação às botas para todo o tipo de emprego, das bolsas e mochilas às embarcações para operações especiais e equipamentos de mergulho, são milhares de artigos que militares e policias portugueses testam, adquirem e usam, consolidando a posição da firma no mercado interno de Portugal.

A sede do Grupo Milícia em Canidelo, Vila Nova de Gaia e algumas das suas áreas de exposição.

A sede do Grupo Milícia em Canidelo, Vila Nova de Gaia e algumas das suas áreas de exposição.

Há cinco anos o Grupo mudou de instalações para Vila Nova de Gaia, a escassos minutos do Porto, a sul do rio Douro, com bons acessos quer às auto-estradas que ligam a Espanha ou ao interior norte de Portugal ou ao sul, a Lisboa, quer do aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro. Construído de raiz para esta finalidade, o “complexo” onde a MILÍCIA está instalada é um edifício modelo com: uma grande área de exposição e venda – um autêntico “supermercado” de material militar e policial (excepto armamento, que o Grupo não comercializa); duas áreas de armazém que permitem ter em stock os artigos mais vendidos o que confere uma capacidade de resposta pouco vulgar, tudo sempre em impecável estado de organização e com um assinalável movimento de entrada saída de materiais; um “show room” destinado aos clientes institucionais onde têm não só à sua disposição uma área de exposição especializada como condições de trabalho; a área comercial na qual duas simpáticas colaboradoras estão sempre disponíveis para qualquer esclarecimento e acionam encomendas, de e para meio-mundo; a direcção que tem dois sócios, marido e mulher, ambos trabalhando na empresa, António Amaro e Susana Amaro; o departamento financeiro, um gabinete de estudos e projectos e salas de reunião. Ainda neste edifício uma sala dos formadores, instalações cinófilas (exteriores e interiores) e um departamento para trabalhos em fardamento, completam no essencial esta sumária descrição.

A nível empresarial, em Portugal, a MILÍCIA conseguiu nos últimos anos o exigente estatuto de “PME Líder” (Pequenas e Médias Empresas Líder) o qual é atribuído anualmente pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação – IAPMEI – em parceria com nove grupos bancários a operar em Portugal: Barclays, Banco BPI, Banco Espírito Santo, Banco Espírito Santo dos Açores, Caixa Geral de Depósitos, Crédito Agrícola, Millennium BCP, Montepio e Banco Santander Totta.

O estatuto PME Líder tem como base os seguintes critérios:

«…

– Situação regularizada perante a Administração Fiscal e a Segurança Social;

– PME que prossigam estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva;

– Perfil de risco posicionado nos mais elevados níveis dos sistemas internos de notação de risco dos bancos protocolados;

– Empresas que, para além do superior perfil de rating, tenham pelo menos três exercícios de atividade completos e que apresentem com contas fechadas…»

A nível internacional destaque para o facto de ser uma empresa credenciada pelo Departamento de Estado dos EUA (Broker # K-1997), processo que tem periodicidade anual e este ano já foi renovado. Este aspecto é tanto mais importante porque parte importante dos fornecedores do Grupo são americanos.

O Grupo integra actualmente além da “empresa-mãe”, a MILICIA PRO que executa a maior parte das operações, a MILICIA SCIENCE que opera na área do material dedicado à chamada “polícia científica” (ou “à americana”, material “CSI”), a SRTELPRO, para toda a área das comunicações militares e policiais, a TACTICAL PRO TRADING, associada do Grupo em Cabo Verde e a GAME FAYR PLAY em Angola.

Internacionalização

Bem cedo a MILÍCIA começou a perceber a dimensão do mercado português e a olhar para lá das fronteiras do país e com muita naturalidade, desde logo para o vizinho ibérico. Muitos produtos adquiridos pela MILÍCIA provinham de Espanha, o conhecimento do mercado local começava a ser uma realidade e os negócios surgiram com naturalidade. Os grandes compradores passaram a ser as polícias autonómicas da Catalunha e do País Basco, as quais se equipavam quer com fardamentos quer com equipamentos e acessórios (por exemplo coldres e protecções balísticas, dois dos pontos fortes da firma). Mas também algumas unidades das Forças Armadas de Espanha foram fornecidas e aqui também surgiu a necessidade da componente formação. Cedo se percebeu que mais do que vender um equipamento a chave da satisfação do cliente residia muito na formação que a MILÍCIA oferecia. Não se tratava de despachar uma carga e receber o pagamento, os formadores da MILÍCIA, primeiro o próprio António Amaro e depois colaboradores contratados, acompanham o material, apresentam aos utilizadores e ministram formação sobre como o utilizar potenciando as suas capacidades.

Seguiram-se outros mercados onde a MILÍCIA felizmente se implantou solidamente antes do rebentar da crise que assolou e assola Portugal e Espanha, com inevitáveis repercussões nas aquisições que forças armadas e polícias deixaram de fazer. Destes sobressaem Angola e Cabo Verde, nos quais o Grupo desenvolve hoje parte muito significativa das suas operações e com grande sucesso, assumindo mesmo áreas de actividade novas em resposta a solicitações dos clientes desses países de língua portuguesa. Sempre a mesma política, as vendas são acompanhadas de formadores que se deslocam ao terreno e garantem o seu bom uso, para satisfação do cliente e do fornecedor.

Elemento do Grupo de Operações Tácticas da Policia Judiciária de Cabo Verde. Equipado e treinado pelo Grupo Milícia.

Elemento do Grupo de Operações Tácticas da Polícia Judiciária de Cabo Verde. Equipado e treinado pelo Grupo Milícia.

O GOT num exercício táctico com "kit de arrombamento" . O Grupo não forneceu armamento, à semelhança do que acontece com outros clientes, os quais usam o que dispõem no seu inventário.

O GOT num exercício táctico com “kit de arrombamento” . O Grupo não forneceu armamento, à semelhança do que acontece com outros clientes, os quais usam o que dispõem no seu inventário.

1.º Curso Operações Tácticas PJ Cabo Verde ministrado na cidade da Praia com o Director Nacional, Carlos Alexandre Reis (à direita) e o Director Adjunto, Paulo Rocha.O 2.º curso já decorreu no Mindelo.

1.º Curso Operações Tácticas PJ Cabo Verde ministrado na cidade da Praia com o Director Nacional, Carlos Alexandre Reis (à direita) e o Director Adjunto, Paulo Rocha.O 2.º curso já decorreu no Mindelo.

1.Apresentação de uniformes e equipamento Milícia às Forças Armadas de Cabo Verde. Na esquerda o responsável em Cabo Verde pela empresa do Grupo, a Tactical Pro Trading, Lda, Fidel Tavares (à civil), fala com o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Major-General Alberto Fernandes.

1. Apresentação de uniformes e equipamento Milícia às Forças Armadas de Cabo Verde. Na esquerda o responsável em Cabo Verde pela empresa do Grupo, a Tactical Pro Trading, Lda, Fidel Tavares (à civil), fala com o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Major-General Alberto Fernandes.

1.º Curso de Técnica Canina da Policia Nacional de Cabo Verde e da Policia Judiciária, na Ilha de Santiago.

1.º Curso de Técnica Canina da Policia Nacional de Cabo Verde e da Polícia Judiciária, na Ilha de Santiago.

O Grupo forneceu os cães, formação e todo o material, alimentação e cuidados veterinários necessários.

O Grupo forneceu os cães, formação e todo o material, alimentação e cuidados veterinários necessários.

A Ministra da Administração Interna de Cabo Verde, Marisa Morais tem acompanhado a par e passo todas as acções ligadas à implementação desta nova capacidade no arquipélago. Aqui na companhia do Director Nacional e do Director Nacional Adjunto da Policia Nacional, respectivamente Superintendente Geral Domingos de Pina e Superintendente Adalberto Coelho, trocam impressões com o responsável da Milicia pela área do K-9.

A Ministra da Administração Interna de Cabo Verde, Marisa Morais tem acompanhado a par e passo todas as acções ligadas à implementação desta nova capacidade no arquipélago. Aqui na companhia do Director Nacional e do Director Nacional Adjunto da Policia Nacional, respectivamente Superintendente Geral Domingos de Pina e Superintendente Adalberto Coelho, trocam impressões com o responsável da Milícia pela área do K-9.

No 143.º Aniversário da criação do Corpo de Policia em Cabo Verde, na cidade da Praia em Novembro de 2013, a demonstração de "técnica canina" foi a grande surpresa. Na  tribuna o 1.º Ministro presidia à cerimónia.

No 143.º Aniversário da criação do Corpo de Polícia em Cabo Verde, na cidade da Praia em Novembro de 2013, a demonstração de “técnica canina” foi a grande surpresa. Na tribuna o 1.º Ministro presidia à cerimónia.

Funcionários e formadores

O lema da MILÍCIA tem muito a ver com este aspecto da formação e do conhecimento profundo daquilo que se vende: De Profissionais para Profissionais. Ontem uma pequena firma, hoje um Grupo consolidado e integrando muitas áreas de actividade, mas sempre o mesmo lema, sempre repetido a fornecedores e colaboradores para que nunca se esqueçam que os profissionais a quem o Grupo vende, têm de saber que são aconselhados e acompanhados por profissionais, e dos melhores em cada área de actividade.

O Grupo tem uma componente comercial, financeira e administrativa guarnecida por pessoas especializadas nessas áreas, a maioria com muitos anos de casa, mas outra parte a “operacional” integra cerca de 30 elementos, nem todos em permanência, grande parte ex-militares e ex-polícias de 1ªlinha, que de algum modo estiveram ligados a áreas que agora trabalham.

Num ambiente económico muito difícil em Portugal, com o desemprego a não dar tréguas, o Grupo MILÍCIA continua a contratar pessoal e tem vindo a aumentar ligeiramente quer o número de funcionários permanentes quer os temporários.

Marcas e soluções “à medida”

Desde os primeiros dias de vida que a firma se destacou no mercado e perante a concorrência por apostar em materiais de qualidade. As marcas que a MILÍCIA representa, algumas hoje mesmo em exclusivo para os países de língua portuguesa, dada a confiança depositada pelos fabricantes no uso dos seus produtos e o volume de vendas, são das de maior prestígio nas suas áreas.

Protecções balísticas “Safariland”, roupas, calçado e acessórios “5.11” e “BlackHawk”, toda a gama de produtos “Camelbak” ou “Surefire”, os pára-quedas CIMSA, as tendas “Alaska Stuctures”, são algumas das centenas de marcas que têm feito o sucesso da MILÍCIA, e com as quais a empresa trabalha em soluções desenhadas para os clientes. Cada caso é um caso e muitas vezes o material/fardamento sendo na sua essência o mesmo, carece de ajustes que a firma tem a capacidade de estudar, testar e propor, num processo rápido, muito flexível actuando entre o fabricante e o utilizador, para conseguir a melhor solução, ao melhor preço, no mais curto espaço de tempo. Dos muitos exemplos possíveis apenas dois, um que envolve a indústria portuguesa, numa área na qual voltou a obter o reconhecimento global, o calçado e outra uma firma americana que fornece “shelters”. No primeiro caso, fruto da sua experiência em África há mais de uma década, a MILÍCIA ouviu os seus clientes e concebeu com um fabricante português de renome internacional, uma bota de campanha especialmente adaptada a climas quentes. Foi testada no terreno pelos formadores do Grupo e já está a ser distribuída a um grande cliente em África, um calçado de fabricação complexa mas de uso fácil e que responde às necessidades dos utilizadores. No segundo caso a vasta gama de “shelters” da americana “Alaska Stuctures” foi avaliada pelo Grupo, um cliente tinha necessidades específicas dadas as características da unidade de forças especiais a que se destinava e aos previsíveis cenários de emprego, e foi possível também aqui construir uma solução de grande polivalência, abrangendo as áreas necessárias ao empenhamento operacional desejado.

Sempre a inovar

Um exemplo da grande capacidade de adaptação do Grupo, do esforço que faz na procura da solução para “aquele” cliente em particular não impondo uma solução já estudada e genérica – assumindo naturalmente custos por isso – é a área do “K-9”, o trabalho com cães. Depois de várias tentativas falhadas através da cooperação institucional com países amigos, mesmo com a morte dos animais, as Policia Nacional e Polícia Judiciária de Cabo Verde, contactaram o Grupo MILÍCIA através da sua firma local a TACTICAL PRO TRADING, para propor uma solução relativa à compra, treino e manutenção de equipas cinófilas nestas forças, com várias finalidades, da detecção de explosivos e droga, à manutenção da ordem pública. Num par de meses o assunto foi estudado, os cães foram avaliados e adquiridos em Portugal, receberam treinamento básico nas novas instalações da MILÍCIA especialmente construídas para esse efeito, e exportados para Cabo Verde juntamente com uma equipa de formadores. No país, cidade da Praia, em instalações reformuladas de acordo com consultas bilaterais, os cães e os seus tratadores receberam formação adequada e estão operacionais neste momento, com toda a panóplia de equipamento necessário e fornecendo o Grupo além de cuidados veterinários a alimentação para um ano. Este projecto já vai na sua segunda fase, tendo assim Cabo Verde uma capacidade indispensável para manter em padrões de segurança elevados os seus 4 aeroportos internacionais e ao mesmo tempo melhorando significativamente os meios de combate ao crime internamente. Tudo isto num tempo mínimo e a um preço que nem países amigos nem firmas internacionais conseguiram propor.

Outro exemplo a que se podiam seguir mais, mas apenas para ilustrar bem a filosofia do Grupo de ir ao encontro das necessidades do cliente. O Grupo foi contactado para resolver um problema urgente no Sul de Angola (Kuando Kubango) onde era necessário equipar e formar mais de 100 “Fiscais da Natureza”, a designação que ali dão aos guardas dos parques naturais, pessoas que devem zelar pelo enorme e muito ameaçado património natural de Angola. Na região tinha sido iniciada uma formação com apoio de um país estrangeiro que não estava a resultar e o Ministério do Ambiente contactou a MILÍCIA. Estudada a situação, feito o reconhecimento prévio ao local – por um dos elementos do Grupo, em permanência colocado neste país – foi delineado um projecto apresentado em tempo mínimo e contratados formadores nas áreas necessárias. O Grupo foi ministrar formação a antigos guerrilheiros da UNITA que em breve iriam usar as armas para proteger a vida selvagem ao longo da fronteira sul de Angola, uma das zonas mais ameaçadas pela caça ilegal.

Tratou-se de uma operação complexa quer do ponto de vista logístico exigindo o uso de aeronaves de carga e passageiros (Menongue fica a 900 km de Luanda, e a capital Angolana a mais de 5.800 km da sede da Milícia), quer pelas condições de vida no local. Os fiscais da natureza foram todos fardados e equipados pela Milícia (dos emblemas às botas, calças, camisas, abafos, etc.), a formação em disciplinas tão diferentes como cuidados de emergência médica, veterinária, patrulhas, tiro, navegação com GPS e outras, foram ministradas como acordado e na cerimónia final do Curso o Grupo MILÍCIA sentiu-se honrado por ali estarem a reconhecer o trabalho feito, a Ministra do Ambiente e altas autoridades deste ministério, o Governador Provincial, autoridade máxima na região, o Secretário de Estado da Defesa e altas patentes militares, uma vez que o armamento para os Fiscais fora fornecido pelas forças armadas angolanas. Os Parques Naturais de Mavinga e Luengue-Luiana ficaram assim mais capacitados para defender um dos patrimónios naturais mais importantes de Angola e potencialmente da região sul de África.

Em Maio e Junho de 2013 o Grupo equipou e  formou, no Kuando Kubango mais de 100 Fiscais da natureza do Ministério do Ambiente de Angola.

Em Maio e Junho de 2013 o Grupo equipou e formou, no Kuando Kubango mais de 100 Fiscais da natureza do Ministério do Ambiente de Angola.

Cerimónia final do curso de Fiscais da Natureza no Menongue, em 10 de Junho de 2013.

Cerimónia final do curso de Fiscais da Natureza no Menongue, em 10 de Junho de 2013. Antigos guerrilheiros da UNITA desmobilizados ficaram mais capacitados para proteger a vida selvagem e o ambiente no Sul de Angola.

Demonstração táctica dos Fiscais Natureza, aqui a neutralizar um caçador furtivo. A  caça ilegal é uma realidade e quem a pratica são muitas vezes grupos armados com alguma organização.

Demonstração táctica dos Fiscais Natureza, aqui a neutralizar um caçador furtivo. A caça ilegal é uma realidade e quem a pratica são muitas vezes grupos armados com alguma organização. Armamento fornecido pelo Exército Angolano, tudo o resto pelo Grupo Milícia.

Não foi fácil a logística do Grupo Milícia, entre Vila Nova de Gaia, Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto), Aeroporto 4 de Fevereiro (Luanda) e Aeroporto de Menongue, (na foto), utilizando meios aéreos comerciais, militares e da Sonair (Sonangol).

Não foi fácil a logística do Grupo Milícia, entre Vila Nova de Gaia, Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto), Aeroporto 4 de Fevereiro (Luanda) e Aeroporto de Menongue, (na foto), utilizando meios aéreos comerciais, militares e da Sonair (Sonangol).

O Grupo está a fornecer cozinhas de campanha às Forças Armadas Angolanas, o que inclui como sempre a formação no local e com os equipamentos vendidos.

O Grupo está a fornecer cozinhas de campanha às Forças Armadas Angolanas, o que inclui como sempre a formação no local e com os equipamentos vendidos.

Desfile dos Cursos Pára-quedismo da Brigada de Forças Especiais em Março de 2014. Esta brigada acaba de "ser fardada" com os novos camuflados "multicam" e botas "Milícia"

Desfile dos Cursos Pára-quedismo da Brigada de Forças Especiais em Março de 2014. Esta brigada acaba de “ser fardada” com os novos camuflados “multicam” (é a única unidade das FAA com este padrão de uniforme) e botas “Milícia”.

Pára-quedista da Brigada de Forças Especiais, equipado para salto operacional em Março de 2014. Fardamento, calçado, capacete, mochila fornecidos pelo Grupo que também avaliou e deu parecer para a aquisição dos conjuntos de pára-quedas, adquiridos directamente.

Pára-quedista da Brigada de Forças Especiais, equipado para salto operacional em Março de 2014. Fardamento, calçado, capacete, mochila fornecidos pelo Grupo que também avaliou e deu parecer para a aquisição dos conjuntos de pára-quedas, adquiridos directamente.

Os helicópteros MI 17 foram adaptados pelo Grupo em conjunto com a Força Aérea Nacional e cumpriram exemplarmente as missões de lançamento. Pilotos angolanos e instrutores portugueses, tiveram um entendimento perfeito.

Os helicópteros MI 17 foram adaptados pelo Grupo em conjunto com a Força Aérea Nacional e cumpriram exemplarmente as missões de lançamento. Pilotos angolanos e instrutores portugueses, tiveram um entendimento perfeito.

Os instrutores do Grupo ministraram toda a instrução "em terra" e garantiram a operação da Zona de Lançamento e as funções de largadores nos 1.º e 2.º cursos de pára-quedismo da BRIFE.

Os instrutores do Grupo ministraram toda a instrução “em terra” e garantiram a operação da Zona de Lançamento e as funções de largadores nos 1.º e 2.º cursos de pára-quedismo da BRIFE.

Dentro de instantes o contacto com o solo. O pára-quedista transporta a mochila suspensa para facilitar a aterragem. Os pára-quedas adquiridos revelaram-se muito bons e os dobradores formados também. Em 1.400 saltos não houve um único incidente de abertura.

O pára-quedista transporta a mochila suspensa para facilitar a aterragem. Os pára-quedas adquiridos revelaram-se muito bons e os dobradores formados em cabo Ledo também. Em 1.400 saltos não houve um único incidente de abertura.

Da esquerda, Tenente-General Cruz Fonseca, Chefe da Direcção de Forças Especiais do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, o grande impulsionador do pára-quedismo militar em Angola, Brigadeiro Paulo, comandante da Brigada de Forças Especiais, elemento preponderante na organização desta formação; António Amaro CEO do Grupo MILÍCIA; Major Afonso Lopes, chefe do 1.º Curso de Pára-quedismo da Brigada de Forças Especiais

Da esquerda, Tenente-General Cruz Fonseca, Chefe da Direcção de Forças Especiais do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, o grande impulsionador do pára-quedismo militar em Angola, Brigadeiro Paulo, comandante da Brigada de Forças Especiais, elemento preponderante na organização desta formação; António Amaro CEO do Grupo MILÍCIA; Major Afonso Lopes, chefe do 1.º Curso de Pára-quedismo da Brigada de Forças Especiais

O mercado brasileiro

O Grupo MILÍCIA depois de vários contactos que ao longo dos anos tem recebido de potenciais clientes no Brasil, resolveu este ano estar presente na LAAD Security 2014 no Rio de Janeiro. Dos contactos que foram feitos no stand o Grupo, diz-nos o seu CEO, António Amaro, «…estou optimista, foram-nos colocadas não só muitas questões sobre os produtos que comercializamos, marcas de renome conhecidas em todo o mundo como de qualidade, como, talvez mais importante, pediram-nos propostas concretas e mesmo amostras de produtos desenvolvidos pela Milícia, por exemplo as botas de campanha que estão a ter uma enorme aceitação… …não tenho dúvidas que o Brasil será muito em breve um bom mercado para vários outros produtos, temos conhecimento e materiais que fazem aqui falta e pelo que vejo conseguimos vender a um preço competitivo…».

Assim no ano em que completam duas décadas do início da actividade da MILÍCIA num pequeno apartamento no centro da cidade do Porto, este grupo de 5 empresas, está consolidado na Europa e em África e avança para a América do Sul através do grande país irmão que é o Brasil.

Por ocasião do 20,º aniversário o Grupo Milícia renovou a sua imagem e introduziu novos logotipos e letring

Por ocasião do 20,º aniversário o Grupo Milícia renovou a sua imagem e introduziu novos logotipos.

 

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