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FUZILEIROS BLINDADOS (I)

“Fuzileiros Blindados” da autoria de Mário Roberto Vaz Carneiro, director da revista brasileira “Segurança & Defesa [1]“, é mais uma colaboração vinda do outro lado do Atlântico que o Operacional acolhe com orgulho. O seu trabalho fala por si e Mário Carneiro dá-nos aqui a conhecer em profundidade mais um tema do seu país, sendo interessante para Portugal a vários níveis, nomeadamente porque se aproxima a altura em que também o Corpo de Fuzileiros da Marinha Portuguesa irá voltar a usar veículos blindados.

Coluna blindada dos Fuzileiros Navais do Brasil: Kurassier, Piranha e M-113 no decurso de um exercicio [2]

Coluna blindada dos Fuzileiros Navais do Brasil: Kurassier, Piranha e M-113 no decurso de um exercicio

(Nota prévia: No texto optamos por manter a ortografia original usada pelo autor)


BtlBldFuzNav: fuzileiros blindados
Mário Roberto Vaz Carneiro

O Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais (BtlBldFuzNav) foi criado em 2003, a atualmente emprega três dos quatro modelos de viaturas blindadas utilizada pelo Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). O presente artigo descreve as várias facetas desta OM, além de mencionar também o quarto blindado do CFN, o CLAnf.
Visando a atender a constante busca do estado da arte e a atualização doutrinária, o CFN, desde os anos 70, tem adquirido modernos meios blindados. Em janeiro de 1976 chegaram ao então Batalhão de Transporte Motorizado (BtlTrnpMtz) cinco viaturas blindadas Engesa EE-11 Urutu – na época, protótipos.
Em março do mesmo ano foram incorporadas ao acervo do CFN 30 viaturas da família M113, compondo a Companhia de Viaturas Anfíbias (CiaVtrAnf), subordinada ao BtlTrnpMtz. Em dezembro de 1977, a CiaVtrAnf passou a se denominar Companhia de Viaturas Blindadas (CiaVtrBld). Em 29 de fevereiro de 1985, o BtlTrnpMtz passou a se chamar Batalhão de Viaturas Anfíbias (BtlVtrAnf).
Ainda na década de 70, o CFN realizou vários estudos buscando satisfazer as necessidades de emprego de carros de combate nas Operações Anfíbias, principalmente à tarefa de compor o conjugado Carro de Combate (CC)-Infantaria nos primeiros estágios de conquista de uma Cabeça de Praia (CP). Não obstante suas limitações em termos de trafegabilidade em certos tipos de terreno, de blindagem e de poder de fogo, concluiu-se que os CCL-SR (Carros de Combate Leves – Sobre Rodas) seriam capazes de cumprir as tarefas normalmente atribuídas aos CC.
Assim, em novembro de 1979, foi assinado um contrato com a Engesa para o fornecimento de seis veículos EE-9 Cascavel. Em 25 de maio de 1980, a Companhia de Carros de Combate (CiaCC) foi destacada para a Divisão Anfíbia, ficando subordinada ao respectivo Batalhão de Comando, sendo transferida definitivamente em 1º de outubro de 1980. Passados quase sete anos de subordinação da CiaCC ao Batalhão de Comando da Divisão Anfíbia, deu-se sua transferência para o Batalhão de Comando da Tropa de Reforço, em dezembro de 1987.
Em dezembro de 1993, como parte do processo de reestruturação da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), foi extinto o Batalhão de Comando da Tropa de Reforço, sendo criadas as seguintes Unidades: Base de Fuzileiros Navais da Ilha das Flores (BFNIF), Companhia de Carros de Combate (CiaCC) e Companhia de Guerra Eletrônica (CiaGE), todas com sede no município de São Gonçalo (RJ) e subordinadas ao Comando da Tropa de Reforço (ComTrRef). A CiaCC foi criada com semi-autonomia administrativa e com o propósito de prover apoio de CC aos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav).
Em setembro de 1995 foi alterada a subordinação da CiaCC, do ComTrRef para o Comando da Divisão Anfíbia (ComDivAnf), e sua sede transferida para a área da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
No final da década de 90, já com quase 20 anos de uso, os EE-9 Cascavel passaram a exigir manutenção mais intensa. Além disso, o avanço da doutrina de emprego de blindados não permitia ao Cascavel a execução, com eficiência, das tarefas que lhe eram atribuídas. Estava bem claro que o CFN precisava de novos meios. Um estudo sobre a possibilidade de aquisição de CC sobre lagartas foi realizado e, eventualmente, foi aberta uma concorrência para a aquisição desse tipo de viaturas.
Como não havia qualquer modelo feito no país que atendesse aos requisitos operativos identificados para o emprego deste meio em Operações Anfíbias, dentre outras tarefas normalmente atribuídas aos Fuzileiros Navais, apenas veículos estrangeiros participaram, sendo declarado vencedor o Sk105A2S Kürassier, produzido pela empresa austríaca Steyr. Os novos CC chegaram ao porto do Rio de Janeiro no primeiro semestre de 2001, sendo incorporados à então CiaCC. A 26 de março de 2003, a CiaCC e a CiaVtrBld, até então pertencentes ao Batalhão de Viaturas Anfíbias, passaram à subordinação do então criado BtlBldFuzNav. O mais recente modelo de viatura a ser incorporada ao Batalhão é a Viatura Blindada Especial Sobre Rodas (VtrBldEsp SR) 8×8 Piranha IIIC.
A criação do Batalhão teve como objetivo aprimorar a integração das guarnições dos Carros de Combate (CC) com as das Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP), possibilitando uma melhor preparação dos pelotões de Carros de Combate para atuar em conjunto com as frações de Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal.

Missão
O BtlBldFuzNav tem por missão integrar os Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) com carros de combate e viaturas blindadas, conferindo a estes maior poder de fogo, capacidade de manobra ampliada, proteção blindada, melhores condições de desenvolver a defesa anticarro e meios para realizar ações de reconhecimento e segurança. Para consecução do propósito de sua missão, cabem ao BtlBldFuzNav as seguintes tarefas:
– reforçar as ações da Infantaria com carros de combate;
– prover apoio de transporte blindado para movimentos táticos e/ou apoio logístico;
– integrar a defesa anticarro;
– suplementar os fogos das armas de apoio;
– quando reforçado por tropa de Infantaria, atuar como elemento de manobra dos GptOpFuzNav;
– constituir-se em elemento de manobra de valor unidade, particularmente para o desenvolvimento de ações que exijam as características dos blindados; e
– quando reforçado, realizar ações de reconhecimento, segurança, vigilância e de economia de forças.
Organização
Além do Estado-Maior (EM), tradicional nas Organizações Militares Operativas do Corpo de Fuzileiros Navais, o Batalhão possui: uma companhia de carros de combate (CiaCC), constituída por quatro pelotões a quatro CC Sk105A2S cada (mais um carro para o comandante); uma Companhia de Viaturas Blindadas sobre lagarta (CiaVtrBld), tendo uma seção de comando com duas VtrBld M577 (Comando), uma seção de apoio com duas VtrBld M125A1 (Morteiro) e dois pelotões a doze VtrBld M113A1 TP (Transporte de Pessoal) cada; uma Companhia de Comando e Serviço (CiaCSv), tendo uma seção de manutenção com duas viaturas blindadas Socorro e uma viatura blindada Oficina; e um Núcleo de Implantação da Companhia de Reconhecimento Blindado (NICiaRecBld) que conta com 12 VtrBldEsp SR Piranha IIIC, sendo cinco viaturas de transporte de pessoal na sede e sete unidades (seis tipo Transporte de Pessoal e uma tipo Socorro) no Haiti, em apoio às atividades do contingente de Fuzileiros Navais que integra a missão de paz da ONU naquele país. A organização do BtlBldFuzNav, que é subordinado ao Comando da Divisão Anfíbia, pode ser visualizada no Organograma nº 1.

Emprego
Os blindados do CFN são empregados de acordo com as peculiaridades das Operações Anfíbias (OpAnf). Fundamentalmente, os CC propiciam ação de choque a uma Força de Desembarque (ForDbq) e as VtrBld aumentam a mobilidade das Frações de Fuzileiros Navais, bem como sua proteção blindada. Nas OpAnf, o emprego dos blindados deve prever o seu desembarque o mais cedo possível. Assim, os blindados devem desembarcar logo após as vagas de assalto, para propiciar mobilidade e proteção, ao mesmo tempo em que conferem capacidade de Comando, Controle e Comunicações (C3) e poder de fogo ampliados, aumentando as possibilidades da conquista de uma cabeça de praia, com maior rapidez e segurança, diminuindo significativamente as perdas em pessoal e material.
O CC são primordialmente utilizados pelos FN como apoio ao combate conduzido pelas subunidades de infantaria, integrando os chamados Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, que são, normalmente, nucleados por unidade desse tipo, ampliando o poder de combate desses Grupamentos pelo emprego das potencialidades dos CC (o poder de fogo do seu armamento orgânico, a mobilidade, a proteção blindada e sua capacidade de C3). Contudo, em circunstâncias especiais, após criteriosa análise dos fatores da decisão, podem ser empregados como elementos de combate, normalmente atuando em conjunto com viaturas blindadas e elementos de infantaria. Nesses casos, os CC recebem tarefas de destruição de forças e alvos específicos, e ainda podem ser empregados para conquista de objetivos, cabendo a manutenção desses objetivos à infantaria embarcada nas VBTP.
As VtrBld podem ser empregadas no apoio ao combate ou no apoio de serviços ao combate. No apoio ao combate essas viaturas são usadas para transporte tático e para apoio ao assalto a posições inimigas, dependendo da tarefa que lhes for atribuída, contribuindo adicionalmente com a ampliação da capacidade de C3 da tropa apoiada. O apoio de serviços ao combate consiste no transporte logístico de pessoal e material, sendo fundamental na travessia de regiões batidas por fogos intensos de armas automáticas ou de tiro indireto ou passíveis de emboscadas, quando a proteção blindada é fundamental para integridade do pessoal e do material a ser transportado.
O Piranha IIIC vem sendo integrado ao Batalhão com o objetivo de desenvolver uma doutrina de emprego flexível, que propicie ao CFN meios para emprego em todo o espectro de operações, desde operações terrestres ofensivas e defensivas clássicas até o atendimento a necessidades de operações de paz, de garantia da lei e da ordem e, principalmente, no emprego em operações anfíbias. Essa flexibilidade de emprego visa, ainda, a dotar o CFN de meios adequados à realização de operações de reconhecimento, segurança, vigilância e de economia de forças com emprego de blindados.

M113 e variantes
O M113 é provavelmente o blindado mais difundido em todo o mundo. O BtlBldFuzNav conta com 24 VtrBldEsp SL M113A1 na variante de Transporte de Pessoal (VBTP), uma Viatura Socorro XM806E1, uma Viatura Oficina M113A1G, duas Viaturas Comando M577A1 e duas Viaturas Morteiro M125A1.
A variante VBTP é guarnecida por dois militares e pode transportar mais onze homens armados e equipados, sendo armada com uma metralhadora de 12,7mm. O XM806E1 e o M113A1G possuem dois homens na guarnição e transportam um mecânico. A viatura Socorro é empregada para realizar operações de salvamento de viaturas acidentadas ou impossibilitadas de manobrar, que possuam peso e características semelhantes ao de uma viatura M-113, por meio de reboque direto com cabo de aço ou barra de reboque ou com o auxílio do guincho (dotado de cabo de aço de 91,4m, capaz de sustentar até 11.340 kg). Essa versão é empregada, ainda, em apoio a reparos em campanha. Para realização desse tipo de apoio, a viatura conta com guindaste com capacidade de içar material com peso de até 1.360 kg.
O M577A1 é guarnecido por dois homens (comandante e motorista), e pode transportar cinco CN (especialistas em Comunicações Navais). A guarnição do M125A1 também é composta por comandante e motorista, e a viatura transporta um morteiro M29A1 de 81mm e os quatro militares que operam a arma.

O BtlBld dispõe de 24 M113A1 na versão transporte de pessoal, armados com metralhadora 12,2mm na torre. [3]

O BtlBld dispõe de 24 M113A1 na versão transporte de pessoal, armados com metralhadora 12,2mm na torre.

A modernização dos A1 já começou em Novembro de 2009 no Centro de Reparos e Suprimentos Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais. [4]

A modernização dos A1 já começou em Novembro de 2009 no Centro de Reparos e Suprimentos Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais.

Um dos dois M577A1 - viaturas de comando - do Batalhão de Blindados dos Fuzileiros Navais [5]

Um dos dois M577A1 - viaturas de comando - do Batalhão de Blindados dos Fuzileiros Navais

O porta-morteiro 81mm, M125A1 [6]

O porta-morteiro 81mm, M125A1

Além das viaturas oficina os Fuzileiros Navais do Brasil também dispõem desta versão "Viatura Socorro", o XM806E1. [7]

Além das viaturas oficina os Fuzileiros Navais do Brasil também dispõem desta versão "Viatura Socorro", o XM806E1.

Sk105A2S
A CiaCC é equipada com CCL SL (Carro de Combate Leve Sobre Lagartas) Steyr Sk105A2S Kürassier, de procedência austríaca, adicionadas ao acervo do CFN no primeiro semestre de 2001. Na época, foram adquiridos para o Corpo de Fuzileiros Navais dezessete Sk105A2S e uma Viatura Blindada de Socorro (VtrBldSoc) ARRV 4KH7FA Greif. O Sk105A2S é primordialmente empregado no apoio ao combate, quando devem fazer uso de sua ação de choque em proveito da tropa de infantaria apoiada e atuar em coordenação com as demais armas de apoio.
Pronto para o combate o Sk105A2S pesa 17,5t, exercendo pressão de 0,68kg/cm2 sobre o solo. Dotado de um motor Steyr de seis cilindros e 320hp, é capaz de transportar 365 litros de combustível, tem autonomia de 430km em estrada, onde pode atingir velocidade máxima de 70km/h. Pode transpor fossos de 2,40m de largura, obstáculos verticais de 0,98m de altura, vaus de 1,00m e rampas de 75% de inclinação. Seu limite de operação em rampa é de 75%, e a inclinação lateral máxima é de 40%. Sua blindagem protege a guarnição contra estilhaços e tiros de até 20mm de calibre. O armamento principal é um canhão de 105mm, e transporta também, na torre, uma metralhadora de até 12,7mm. Sua guarnição é composta de três militares (comandante, atirador e motorista).
Em relação à primeira variante do Kürassier, o Sk105A2S possui transmissão automática, sistema eletrônico de direção de tiro e carregamento semi-automático do canhão. O carro do CFN pode operar e combater á noite, graças ao equipamento de visão noturna utilizado pelo motorista para navegação e ao sistema térmico de direção de tiro disponível para o atirador e o comandante. No Brasil, foi substituído o sistema de extinção de incêndio, que utilizava o gás halon, por outro que utiliza o gás FM 200, que não provoca danos à camada de ozônio. Forem introduzidas algumas modificações técnicas, das quais a principal foi uma mudança no acionamento do sistema de arrefecimento para evitar o superaquecimento.
Para o canhão, estão disponíveis seis tipos de munição:
– Granada APFSDS (Armor Piercing, Fin-Stabilized, Discarding Sabot) – com projétil perfurante de blindagem, com aleta estabilizadora e disco complementar descartável (sabot). Este projétil é formado por um núcleo de aço maciço que atua como haste de penetração; uma ponteira para prevenir o aquecimento aerodinâmico e a aleta estabilizadora já mencionada, instalada à retaguarda da haste de penetração. Essa munição deve ser utilizada contra blindagens pesadas e principalmente contra blindagens reativas.
– Granada HE (High Explosive) – feita em aço forjado e contendo aproximadamente 2,3kg de alto explosivo, possui espoleta na ponta da granada. É empregada contra alvos com proteção leve, tais como: concentrações de tropas, posição de tiro de armas pesadas e meios de transporte. Seu efeito deve-se ao extraordinário número de fragmentos resultantes da detonação.
– Granada HEAT (High Explosive Anti-Tank) – granada de parede dupla, feita de aço. A parede externa gera o formato da superfície externa da granada e segura a cinta de forçamento. É empregada do contra blindagem pesada.
– Granada HESH (High-Explosive Squat Head) – consiste principalmente de um culote e de um tubo forjado de aço com nariz de alumínio. É empregada contra alvos de blindagem pesada e casamatas.
– Granada Fumígena – possui as mesmas características balísticas da granada HE. Além de ser empregada para gerar cortina de fumaça, pode ser utilizada com granada incendiária.
– Granada de Exercício – feita de aço forjado e carregada com lastro inerte ao invés de alto explosivo, simulando a munição real. Possui as mesmas características balísticas da granada HE. É empregada para adestramento.
Como previsto no contrato, foi realizada a transferência de tecnologia para fabricação da munição e a concessão da licença de montagem por parte do fabricante (a empresa Hirtemberger), porém ainda não foi produzida no país.

Os Sk105A2S Kurassier da firma austríaca Steyr chegaram ao Corpo de Fuzileiros Navais em 2001 [8]

Os Sk105A2S Kurassier da firma austríaca Steyr chegaram ao Corpo de Fuzileiros Navais em 2001

Estes carros de combate, dotados com uma peça de 105mm e metralhadora 12,7mm, conferem poder acrescido às forças desembarcadas [9]

Estes carros de combate, dotados com uma peça de 105mm e metralhadora 12,7mm, conferem poder acrescido às forças desembarcadas

4KH7FA
A VtrBldSoc 4KH7FA Greif é dotada de guindaste giratório e guincho de lança: o guindaste está montado num suporte localizado no lado direito da viatura e possui momento de içamento máximo de 98.100Nm. O guincho de lança está montado na lança do guindaste; seu cabo tem comprimento eficaz de 42m e diâmetro de 14 mm. O veículo transporte equipamento de solda: a está equipado com unidades de solda autógena e elétrica para reparo e manutenção de emergência. O motor, transmissão de força, lagartas e suspensão são iguais ao do Sk105A2S.
A lâmina de apoio (à frente da viatura) atua como âncora quando a viatura está puxando cargas pesadas, ou como apoio, quando ela está levantando cargas pesadas com o guindaste giratório. O guincho principal possui força de tração máxima de 200kN, sendo equipado com um cabo de aço de comprimento eficaz de 100m e diâmetro de 24 mm de diâmetro. Sua guarnição compõe-se de quatro militares (comandante, motorista e dois ajudantes de socorro – um dos quais atua como atirador).
O Greif tem um sistema de extinção de incêndio para os compartimentos do motor e do guincho. Além disso, possui um extintor de incêndio portátil adicional (H6) para combater incêndios fora dos compartimentos do motor e do guincho. Seu amamento consiste de uma metralhadora 12,7 mm Browning M2HB QCB Mk.2, montada num suporte do tipo anel. Além disso, possui um sistema lançador de fumígenos com quatro tubos de descarga. A dotação de munição é de 1.680 cartuchos de 12,7 mm e 12 granadas de fumaça.

O "Greif", versão "socorro" do "Kurassier" [10]

O "Greif", versão "socorro" do "Kurassier"

Organograma 1 [11]

Organograma 1

Veja aqui a 2ª e última parte desde artigo: FUZILEIROS BLINDADOS (II) [12]