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DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO DO CURSO « CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL »

INTRODUÇÃO

Com a apresentação gráfica e heráldica do distintivo de qualificação do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL», fica concluída a série dos quatro distintivos aeroterrestres recém-aprovados pelo Despacho Nº166/CEME/11.

É importante referir e assinalar que a sua ordem evolutiva é propositada e regulada, permitindo, somente, que o militar habilitado nesta área use o distintivo de maior grau técnico, impedindo assim a exibição nos uniformes regulamentares de distintivos da mesma área, mas de menor grau técnico, simultaneamente.

Versão metálico do distintivo de qualificação «CHEFE DE SALTO». (Col. Sucena do Carmo) [1]

Versão metálica do distintivo de qualificação «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL». (Col. Sucena do Carmo)

Acresce que independentemente do número de cursos que o militar disponha no seu currículo, o mesmo Despacho determina que o militar só possa usar nos “bolsos superiores dos dólmanes e camisas” cinco distintivos de Cursos, Qualificações ou Funções.

Num futuro artigo (separado), operacional.pt irá divulgar algumas curiosidades da história do “nascimento” destes distintivos de qualificação aeroterrestre, desde o ano 2009 (ano em que um grupo de sargentos do QP se disponibilizou para dar corpo a este projeto), ilustrado com desenhos, imagens e outros rascunhos das diversas ideias sobre estes distintivos e sua evolução. Apresentaremos, ainda, algumas imagens de distintivos propostos, mas não aprovados, e faremos uma breve explicação sobre a controversa “questão da inscrição da denominação dos cursos/letras” no meio-voo dos distintivos, como nasceu, e a sua extrema importância no controlo da futura contrafacção dos mesmos, entre outros factores a considerar, pois as imagens impressas no documento oficial não as reproduzem.

A frequência do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» abrange conhecimentos técnicos sobre os equipamentos (paraquedas; sistemas de segurança; inspeção; consolas; GPS; cargas de acompanhamento), metereologia, planeamento de sessões de saltos, técnicas de largada e lançamentos. [2]

A frequência do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» abrange conhecimentos técnicos sobre os equipamentos (paraquedas; sistemas de segurança; inspeção; consolas; GPS; cargas de acompanhamento), metereologia, planeamento de sessões de saltos, técnicas de largada e lançamentos.

O «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» está habilitado a fazer o controlo das sessões de saltos de abertura manual realizados a altitudes fisiológicas e não fisiológicas. [3]

O «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» está habilitado a fazer o controlo das sessões de saltos de abertura manual realizados a altitudes fisiológicas e não fisiológicas.

SIMBOLOGIA HERÁLDICA DO DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO « CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL »

Descrição:

– uma calote tipo “ASA” de um paraquedas de abertura manual, aberta; ao centro, entre os cordões de suspensão uma espada antiga em pala com meio-vóo, sustida por um ramo de louros, ambos à sinistra; sobreposto na espada, um capacete com máscara de oxigénio, tudo de prata.

Simbologia e alusão das peças:

– A CALOTE de um paraquedas tipo “ASA”, aberta, é o símbolo falante das Tropas Paraquedistas e identifica o domínio da técnica do salto em “Queda-Livre”;

– A ESPADA antiga simboliza o caráter de forças de incursão e o seu elevado estado de prontidão operacional;

– O CAPACETE com MÁSCARA DE OXIGÉNIO faz alusão ao operador “SOGA” e à capacidade de atuação em pequenos grupos, infiltrados por aeronaves de longo alcance, através de saltos realizados a altitudes fisiológicas e não fisiológicas;

– O RAMO DE LOUROS simboliza o mérito técnico do Curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL», penúltimo grau evolutivo no domínio das técnicas aeroterrestres;

– O MEIO-VOO representa a mobilidade estratégica das forças aeroterrestres.

Os esmaltes significam:

– A PRATA, humildade e integridade.


Ser oficial ou sargento do QP, e possuir o Curso de Queda-Livre Operacional são pré-requisitos para a frequência do Curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL». [4]

Ser oficial ou sargento do QP, e possuir o Curso de Queda-Livre Operacional são pré-requisitos para a frequência do Curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL».

ALGUMAS REGRAS DE ATRIBUIÇÃO DO DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO DO CURSO «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL»

ALGUNS PRÉ-REQUISITOS E OBJECTIVOS:

O candidato (oficial ou sargento do QP) antes de iniciar a frequência do Curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL», já deve estar habilitado com o Curso de Queda-Livre Operacional (SOGA).

Após a conclusão, o curso habilita oficiais e sargentos do QP a desempenhar as seguintes funções:

– Controlo de sessões de saltos de abertura manual realizados a altitudes fisiológicas e não fisiológicas;

– Planeamento, supervisão e apoio de infiltrações em paraquedas realizadas a muito grande altitude.

O planeamento, a supervisão e apoio de infiltrações em paraquedas realizadas a muito grande altitude, são objetivos do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL». [5]

O planeamento, a supervisão e apoio de infiltrações em paraquedas realizadas a muito grande altitude, são objetivos do curso «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL».

DADOS TÉCNICOS PARA O FABRICO DO DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL»

Cores:
– totalmente em prata velha e/ou fosca;

Dimensões:
– altura – 5,5 cm X largura – 3,7 cm

– diâmetro da máscara de oxigénio: 1,6 cm

Desenho gráfico do distintivo de qualificação «CHEFE DE SALTO» com as dimensões oficiais. (Foto de Sucena do Carmo) [6]

Desenho gráfico do distintivo de qualificação «CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL» com as dimensões oficiais. (Foto de Sucena do Carmo)


Versão em metal: o distintivo deve ser produzido a partir de uma liga de cobre (latão ou bronze) com acabamento por “banho de prata velha oxidada” com reverso-liso, e o “cunho” deve ser executado a partir de uma escultura (2) para permitir realçar os baixos e altos-relevos que compõem todos os elementos heráldicos da peça; é fixado nos uniformes com dois fechos tipo “prego” (do tipo norte-americano), dispostos longitudinalmente no reverso para contrariar o seu desalinho nos uniformes. A estampagem em reverso-liso permitirá a gravação (facultativa) do número do distintivo.

Versão em pano / baixa visibilidade (para uso nos uniformes operacionais): o distintivo pode ser produzido a negro, bordado, sob fundo verde oliva e/ou camuflado ou em material vulcanizado nas mesmas cores, confecionado em cloreto de polivinil (PVC) pelo processo de modelagem a quente sobre um retângulo imitando tecido de padronagem camuflada ou verde oliva e/ou ainda em metal de cor totalmente escura (preta) sem brilho.

Para finalizar e como curiosidade não menos importante para os militares e colecionadores, é de realçar que a ordem evolutiva nos distintivos de qualificação aeroterrestre é propositada e regulada, permitindo, somente, que o militar habilitado nesta área use o distintivo de maior grau técnico, impedindo assim a exibição nos uniformes regulamentares de distintivos da mesma área, mas de menor grau técnico, simultaneamente.

Nos quatro distintivos de qualificação aeroterrestres aprovados oficialmente pelo Despacho Nº166/CEME/11, a sua escala evolutiva é a seguinte:

a) INSTRUTOR DE PARAQUEDISMO;

b) SOGA (QUEDA-LIVRE OPERACIONAL);

c) CHEFE DE SALTO DE ABERTURA MANUAL;

d) INSTRUTOR DE QUEDA-LIVRE OPERACIONAL.

NOTAS

(1) A autoria dos esboços e desenhos dos distintivos aeroterrestres devem-se aos seguintes militares: SAJ/PARAQ PEDRO MATOS (desenhos/conceção/composição); 1SAR/PARAQ PADILHA FERNANDES (desenho/Corel Draw); outros instrutores da QLA (Queda-Livre Assistida) também deram o seu contributo em alguns pormenores e no seu aperfeiçoamento. Os textos heráldicos foram elaborados pelo SCH/PARAQ (RES) ANTÓNIO E. S. CARMO.

(2) Com este tipo de fabrico, dificulta-se o processo de falsificação dos distintivos e o seu consequente “sucateamento”, levado a efeito por intermediários/comerciantes, cujo único objetivo é o lucro puro, ignorando a qualidade e beleza heráldica dos distintivos das Forças Armadas.

(*) Oportunamente, e em artigo separado, «operacional.pt» publicará uma resenha histórica sobre o “nascimento” dos novos distintivos de qualificação aeroterrestres das Tropas Paraquedistas, bem como todos os seus discutíveis pormenores, tais como: concepção, desenho, inclusão das letras das designações, medidas, versões diversas e autores.


SUPORTE DOCUMENTAL

– CARMO, António E.S., «DISTINTIVOS E INSÍGNIAS DAS TROPAS PARA-QUEDISTAS PORTUGUESAS», Edição do Autor (em preparação);

– Despacho Nº166/CEME/11;

– Arquivo particular de Miguel Silva Machado & António E. S. Carmo;

– Testemunhos orais recolhidos pelo autor na Escola de Tropas Paraquedistas.


QUERES SABER MAIS SOBRE OS DISTINTIVOS DE QUALIFICAÇÃO AEROTERRESTRE DAS TROPAS PARAQUEDISTAS?

DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO DO CURSO «INSTRUTOR DE PARAQUEDISMO» [7]

DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO «INSTRUTOR DE QUEDA-LIVRE OPERACIONAL» [8]

DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO «SALTADOR OPERACIONAL DE GRANDE ALTITUDE – (SOGA)» [9]