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DIA DA MARINHA EM PENICHE – ACTIVIDADES E VISITAS A NAVIOS

O Operacional desta vez apareceu sem avisar! Fomos até Peniche e juntamo-nos aos visitantes que tomavam contacto com as actividades que a Marinha ali mostrava a quem estivesse interessado – e mostra até domingo próximo. Para um dia de semana e numa pequena cidade, a afluência era maior do que seria de esperar. Aqui ficam as nossas impressões e a foto-reportagem!

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Os “batismos de mar” nos LARC 5 dos Fuzileiros foram dos mais concorridos. Não paravam!

Os meios que a Marinha colocou em Peniche eram sobretudo unidades navais ligadas às tarefas de segurança marítima e salvaguarda da vida humana no mar, de vigilância e fiscalização. Sendo certo que todas as missões da Marinha lá estavam representadas, nomeadamente nas exposições estáticas – e estamos a falar dos meios para a defesa militar e apoio à política externa e os que contribuem para o desenvolvimento económico, científico e cultural – na realidade os visitantes podiam tomar contactos, mesmo navegar, sobretudo nos Patrulhas, várias embarcações da Autoridade Marítima e nas viaturas anfíbias LARC-5 dos Fuzileiros.

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No cais da Docapesca o Patrulha Costeiro NRP Douro e a Corveta NRP João Roby.

No Cais da Doca Pesca visitamos os NRP João Roby e o NRP Douro. A visita decorreu acompanhada por um graduado da guarnição, apenas nos espaços exteriores e na ponte de comando. Quer num caso quer no outro a oficial e o sargento que “nos calhou” no grupo em que visitamos estes navios foram competentes e esclareceram todas as dúvidas colocadas pelos visitantes. Sem dúvida que criaram boa impressão quer pelo que disseram, sem C. Estavam bem fardados – de uniforme n.º 1 – e receberam as pessoas com simpatia e educação.

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O convés principal do NRP Douro

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A curiosa ponte dos navios da Classe Tejo (os STANFLEX 300) em que há janelas 360º tendo assim uma visibilidade fora do comum. Foto da esquerda para a proa e foto da direita para a popa.

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Não sendo entre nós um navio combatente não deixou de ser armado com uma metralhadora 12,7mm (e escudo pára-balas) – foto da direita – e várias calibre 7,62mm (esquerda).

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Esta classe de navios já cumpriu em dois anos ao serviço da Marinha Portuguesa missões quer em vários pontos do território nacional incluindo regiões autónomas quer em Espanha e Itália. Foram adquiridos 4 em 2015 mas até agora apenas dois, o Tejo e o Douro estão ao serviço. A passagem ao estado de armamento normal do NRP Mondego, o terceiro da Classe, que estava prevista realizar a 14 de Maio último foi adiada.

Aqui deixamos a descrição e principais características destas unidades navais:

O NRP Douro é o segundo Navio Patrulha Costeiro da classe Tejo. É um patrulha modelar do tipo STANFLEX 300, construído na Dinamarca em 1994 como navio de combate, sendo um dos 14 navios construídos entre 1985 e 1996. Fazia parte de uma esquadra com capacidades polivalentes, dividida por três séries, consoante o tipo de missão principal a que se destinavam.

O NRP DOURO, construído em fibra, foi aumentado ao efectivo dos navios de guerra em 2015, após ter sido alvo de uma exigente revisão nos estaleiros do Arsenal do Alfeite S.A., o NRP Douro recebeu a sua Bandeira Nacional em 07 de Abril de 2017, tendo sido prontamente empenhado no cumprimento de missões de interesse para o pais, quer em águas nacionais quer em águas internacionais. As principais missões do navio são a fiscalização e controlo das águas sob jurisdição Nacional e a Busca e Salvamento Marítimo.​

Deslocamento: 345,8t; Comprimento 54m

PROPULSÃO

2 Motores Diesel 2600hp

GUARNIÇÃO

Oficiais: 4; Sargentos: 4; Praças: 16

ARMAMENTO

Estes navios foram adquiridos sem armamento e foram-lhe aplicadas em Portugal uma metralhadora calibre 12,7mm e várias 7,62mm.

Passagem ao estado de armamento normal do NRP Douro: 12 de maio de 2017.

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Uma das três corvetas que ainda estão operacionais na Marinha cumprem as suas missões enquanto mais Navios Patrulha Oceânico não entram ao serviço. Esta tem 43 anos de mar!

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Em primeiro plano no convés as “peças para salvas de ordenança” já prontas para as cerimónias do Dia da Marinha. Em segundo plano, em ambos os bordos as peças anti-aéreas 40mm (obsoletas, mas…).

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Na ponte o equipamento é naturalmente antigo mas vários sistemas recentes foram sendo introduzidos para melhorar as condições de navegação em segurança e o cumprimento das missões atribuídas.

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Uma vista diferente dos navios, a partir do mar, foi possível para muitos visitantes.

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Os graduados encarregues de receber e acompanhar os visitantes cumpriram bem o seu papel!

A corveta João Roby foi construída nos estaleiros da Factoria de Cartagena, sendo o segundo navio da classe Baptista de Andrade, que compreendia quatro unidades. Foi entregue à Marinha em 18 de Março de 1975 sendo, actualmente, o único navio desta classe ao serviço da Marinha Portuguesa. Navio escoltador oceânico ligeiro do tipo “corveta” e desempenha, principalmente, missões de interesse público no âmbito da segurança e autoridade do estado no mar.

Foi construído em Espanha nos estaleiros de Cartagena sobre planos de construção inteiramente nacionais.

Os navios do tipo corveta actualmente enquadram-se no tipo de missões de segurança marítima e salvaguarda da vida humana no mar – os navios efectuam missões de busca e salvamento marítimo numa vasta área marítima, patrulha e vigilância no espaço marítimo sob jurisdição nacional, ZEE (Capacidade Oceânica), missões de Busca e Salvamento (SAR – Search and Rescue), protecção e fiscalização da pesca e dos seus recursos, execução de acções de socorro e assistência em situações de calamidade ou acidente, em colaboração com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, participação em exercícios nacionais e internacionais, conjuntos e combinados e missões e exercícios de combate à poluição.

Deslocamento: 1380t; Comprimento: 85m

PROPULSÃO

Velocidade Máxima: 23 nós

GUARNIÇÃO

Oficiais: 7; Sargentos: 14; Praças: 50

ARMAMENTO

1 peça de 100mm Creusot-Loire; 2 peças Boffors de 40mm/70

EQUIPAMENTOS

1 radar de navegação KH5000 Nucleus; 1 radar de navegação Racal Decca RM 316P

Entrada ao serviço: 18-Mar-1975

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Junto à Rampa da Estação Salva-Vidas do Instituto dos Socorros a Náufragos e no Cais da Ribeira, o público podiam embarcar nas Viaturas Anfíbias, Lanchas de Fiscalização e Embarcações de alta Velocidade para uns minutos de navegação que em alguns casos incluía mesmo sair do Porto de Peniche. Muita gente interessada e estes meios não tinham descanso!

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Nos Bombeiros Voluntários de Peniche a exposição estática de meios de maiores dimensões ao ar-livre e, em espaço coberto, materiais mais sensíveis e fotografias abrangendo toda a actividade da Marinha. Também aqui nestas duas áreas o pessoal da Marinha com quem contactamos foi prestável e estava devidamente ataviado!

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Em destaque o míssil Seasparrow que está ao serviço nas fragatas das classes Vasco da Gama e Bartolomeu Dias.

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Vista parcial do espaço da Polícia Marítima com algumas das suas capacidades operacionais e de formação e em segundo plano o espaço do “Centro de Conhecimento do Mar” – Aquário Vasco da Gama, Biblioteca Central de Marinha, Museu de Marinha, Fragata D. Fernando e Glória e Planetário Calouste Guulbenkian.

 

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Um simulador de voo do Lynx – Esquadrilha de Helicópteros da Marinha – estava disponível para quem queria testar as suas capacidade para pilotar!

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Na Marinha há muitas tradições que…são para manter.

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Veículo de comando operacional táctico e moto 4 integrados num conjunto mais alargado de meios dedicados ao combate à poluição no mar.

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Estas lanchas rápidas armadas são importantes no combate às actividades criminosas no mar português, mas também em missões militares como o combate à pirataria em vários pontos do globo.

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O espaço dos Fuzileiros onde pontuava algum armamento individual em colectivo, como este lança -granadas automático GMG 40MM da fábrica Heckler & Koch idêntico aos que o Exército Português adquiriu recentemente.

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O Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) é um organismo integrado na estrutura da Direcção-Geral da Autoridade Marítima que tem um importantíssimo papel na salvaguarda da vida humana nas nossas costas.

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Os mergulhadores e o seu tanque e equipamentos que permite os “baptismos de mergulho”. Em segundo plano junto ao “stand” dos fuzileiros a torre de escalada.

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Parte da colecção da Marinha de viaturas clássicas também “navegaram” até Peniche. A história também se conta assim.

Assim, depois em anos anteriores termos visitado em circunstâncias semelhantes actividades do Exército “DIA DO EXÉRCITO 2012”, NO PARQUE D.CARLOS I (CALDAS DA RAINHA) [30] e da Força Aérea 59.º ANIVERSÁRIO DA FORÇA AÉREA EM SINTRA [31] e DIA DE “BASE ABERTA” EM SINTRA [32], desta vez viemos visitar a Marinha. Uma Marinha que pelo aquilo que nos foi dado ver, apostou em Peniche na sua vertente Segurança e autoridade do estado.

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Depois de almoço, pelas 14H00, já havia fila nas inscrições para embarcar num dos meios disponíveis. Imagino no Sábado e no Domingo!

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