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CARRO DE COMBATE M60 A3 TTS EM PANORÂMICA

Este carro de combate que hoje apresentamos, o M60 A3 TTS (Tank Thermal Sight), começou a chegar a Portugal na sequência dos acordos CFE destinados a reduzir as forças convencionais no continente europeu. Muitos equipamentos blindados tiveram que ser por essa altura destruídos ou retirados da “frente” na Europa Central. Assim a então 1ª Brigada Mista Independente recebeu a partir de 1993, entre outros materiais blindados, oitenta M60 destinados a substituir os M48A5, em Portugal desde 1976. A Lei de Programação Militar de 1993 garantiu os meios financeiros para esta modernização a qual é simultânea com uma reestruturação do Exército então em curso,  que vem alterar a designação da brigada para Brigada Mecanizada Independente. Em 25 de Julho de 1994, por ocasião do Dia das Forças Armadas e do Exército, os M60 são “estrela” no Desfile Militar que se realiza no Porto. O “baptismo de fogo” dos M60 A3 TTS tem lugar ainda antes do fim desse ano como relata Luís Costa no “Jornal do Exército” de Dezembro de 1994: “O Regimento de Cavalaria n.º 4, unidade integrante do Campo Militar de Santa Margarida, levou a efeito, durante o dia 17 e a noite de 18 de Novembro findo, a 1ª sessão de fogos reais com o sofisticado sistema de armas que representa o CC M60 A3 TTS, que equipará, a partir de 31 de Dezembro de 1995, o Grupo de Carros de Combate e Esquadrão de Reconhecimento da Brigada Mecanizada Independente… …Foram executados pela primeira vez em Portugal, percursos de tiro diurnos e nocturnos, utilizando um CC com peça estabilizada, equipado com telémetro laser e sistema térmico de visão nocturna…”. Estes aspectos referidos por Luís Costa representaram sem dúvida um salto tecnológico significativo em relação ao M48A5 e colocaram as unidades de carros portuguesas nesses tempos a um nível tecnológico muito bom. Mas claro que nada é eterno e em termos de sistemas de armas a actualização tem que ser permanente. Passada uma década alguns M60 já apresentavam alguns problemas com o “trem de potência” e com o “sistema de tiro”. Colocou-se em alternativa a possibilidade de fazer a modernização dos M60 ou a aquisição de um novo carro, tendo-se optado por esta última solução. Foi escolhido o Leopard 2A6, adquirido ao abrigo da Lei de Programação Militar que está em vigor e, curiosamente, chegado a Portugal pouco depois de nova reestruturação do Exército que voltou a mudar o nome à brigada de Santa Margarida, agora para Brigada Mecanizada.
Actualmente os M60 estão atribuídos ao Grupo de Carros de Combate e ao Esquadrão de Reconhecimento da Brigada Mecanizada, e ainda, para instrução, à Escola Prática de Cavalaria, num total de pouco mais de sessenta carros.
O M-60 deverá manter-se ao serviço por mais um ano ou talvez um pouco além disso, sendo retirado quando o sistema Leopard, um salto tecnológico sem precedentes no Exército, estiver plenamente operacional.
O M60 foi um excelente carro e como sempre acontece com os bons equipamentos, deixará saudades em Santa Margarida.









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CARACTERÍSTICAS GERAIS
PAÍS DE ORIGEM: EUA
MODELO: M60A3
TIPO: TTS
TRIPULAÇÃO: 4
COMPRIMENTO C/ PEÇA À FRENTE: 9,436 m
COMPRIMENTO DO CASCO: 6,946 m
ALTURA: 3,280 m
LARGURA: 3,631 m
DISTÂNCIA AO SOLO: 0,457 m
PESO BRUTO (EM COMBATE): 51.392 Kg
PRESSÃO AO SOLO: 83.43Kg P
VELOCIDADE MÁXIMA (ALTA): 48 Km/H
VELOCIDADE MÁXIMA (BAIXA): 16 Km/H
VELOCIDADE MÁXIMA (M ATRÁS): 11,3 Km/H
LARGURA MÁX VALA TRANSPONÍVEL: 2,591 m
OBSTÁCULO VERTICAL: 0,914 m
VAU MÁXIMO: 1,219 m
DECLIVE MÁXIMO: 60 %
INCLINAÇÃO LATERAL MÁXIMA: 30 %
ÂNGULO ROTAÇÃO TORRE: 360 º
ÂNGULO DE ELEVAÇÃO DA PEÇA: 20 º
ÂNGULO DE DEPRESSÃO DA PEÇA: -10 º

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